O final de semana foi movimentado para o futebol goiano, com os três principais times do estado em campo, na primeira e segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Nas duas competições nacionais, Vila Nova e Atlético precisam reagir com urgência, enquanto Goiás precisa apenas de atenção para se manter longe do risco. Apesar da diferença o esmeraldino se une aos conterrâneos que, com campeonatos afunilando, ainda não convenceram.

Vila Nova

Na sexta-feira, 19, o Vila Nova Esporte Clube – 18º colocado na tabela da Série B do Brasileirão e segundo da zona de rebaixamento, com 24 pontos –, foi a Recife enfrentar o Náutico, lanterna da competição com apenas 21 pontos. Jogando no Estádio dos Aflitos (que aliás, ilustra bem a condição dos dois times) prevaleceu o time goiano, que derrotou os pernambucanos de virada por 2×1

O jogo foi atípico para o já contestado zagueiro Rafael Donato que foi de vilão a herói numa mesma pertida. Foi dele o gol que abriu o placar contra seu próprio time, mas também foi ele quem marcou o gol da virada do Tigrão no último minuto do jogo.

Ainda durante a partida, um fato inusitado. Um maqueiro irritado com a atuação do árbitro protagonizou um momento de falta de profissionalismo. Ele entrou em campo para atender o meia Wagner, do Vila, e aproveitou para reclamar com o juiz, que levou com bom humor o ocorrido. Ao sair com o atleta na maca, porém, o homem simplesmente soltou o seu lado derrubando o jogador. Após o fato, o maqueiro saiu correndo para os vestiários. Torcemos para a queda do jogador vilanovense não seja um prenúncio de uma queda para a Série C.

O Vila precisa reagir com urgência no campeonato e somar pontos, restando somente 13 jogos para o término da competição. Apesar de não estar perdendo desde o começo do returno, com quatro empates e uma vitória, o Tigrão ainda ganha pouco.

O próximo desafio do tigrão será contra o Sampaio Corrêa em Goiânia – no estádio Onésimo Brasileiro Alvarenga, quinta-feira, 25, às 19h. para esse jogo, a diretoria fará uma promoção na tentativa de lotar o estádio: as mulheres não pagaram ingresso, torcedores com a camisa do time pagaram somente R$ 10 na meia entrada no setor B, e para o setor A, quem estiver com a camisa colorada desembolsará apenas R$ 40.

Goiás

O Goiás foi a Belo Horizonte no sábado, 20, enfrentar o Atlético Mineiro no Estádio Mineirão. O time de Minas não está vivendo um bom momento no campeonato e, por isso, mesmo com elenco recheado de medalhões o Atlético não conseguiu êxito. Com a vitória o Goiás soma 29 pontos, ocupando a 11º colocação na tabela. O esmeraldino conseguiu se distanciar um pouco da zona de rebaixamento, mas não pode se descuidar, pois a diferença entre ele o primeiro time da zona é de apenas cinco pontos.

O Verdão, que já vinha de sete partidas sem vencer fora de casa, surpreendeu a todos com um ótimo resultado nas dependências do Galo – pelo placar de 1×0. O gol foi do atacante Pedro Raul, que já é o segundo artilheiro da competição com 12 tentos, estando atrás apenas de Germán Cano do Fluminense com 13. Por outro lado, entre os mineiros, o momento é de baixa para o principal jogador da equipe: Hulk.

A vitória foi muito valorizada pelos jogadores, comissão técnica e diretoria do clube. Para o Presidente do Conselho Deliberativo Edmo Pinheiro, os jogadores estão de parabéns. Ele ainda fez um elogio à arbitragem do jogo: “o juiz não foi caseiro”. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, ele afirmou que o Goiás tem sido prejudicado em muitos jogos e creditou pelo menos 5 pontos que o Verdão deixou de ganhar, na conta da arbitragem.

Contrariando os donos do clube, o técnico Jair Ventura não escalou o recente contratado meia Marquinhos Gabriel, que chegou com a promessa de ser o camisa 10 da equipe. Jair explicou logo após o jogo porque decidiu não colocar o jogador. “Sei que dificilmente teríamos a posse da bola, por isso optei por três volantes”, disse ele. É obvio que com o resultado a favor, ficou fácil para o treinador explicar.

O próximo compromisso do Goiás será o clássico regional contra o que hoje é o seu maior rival no estado, o Atlético Goianiense, sábado, 27, às 16h30, na Serrinha.

Atlético

O Atlético Goianiense vem de uma eliminação humilhante da Copa do Brasil e não está bem no Brasileirão da Série A, segurando a vice lanterna com apenas 22 pontos. No último domingo, 21, recebeu o Cuiabá no Antônio Accioly, naquele que foi seu confronto direto na luta para não cair para a segunda divisão da próxima temporada.

Restando ainda 15 rodadas para o fim do campeonato, o Dragão não pode cochilar, ou o cachimbo cai. O técnico Jorginho está, a cada dia que passa, numa situação difícil no clube. Ele sabe que está uma corda bamba, porém vê isso com naturalidade. “Vou acatar qualquer decisão que for tomada. Enquanto isso, continuo fazendo o meu melhor para o clube”, afirma o treinador.

O presidente do Atlético Adson Batista, conhecido por não ter muita paciência com sequência de resultados negativos, deixou bem claro após o último tropeço que não há mais margens para erro. Para ele, o Dragão precisa fazer jogos perfeito daqui para frente. Quanto à permanência do treinador Adson assegura: “Tudo será avaliado de cabeça fria”.

O rubro-negro, que ainda vai bem na competição internacional Sul-Americana, irá disputar as semifinais do torneio contra outro gigante do futebol brasileiro: o São Paulo. Pelo Brasileirão, o Atlético visitará, no próximo sábado, 27, seu grande rival regional Goiás Esporte Clube, no estádio Hailé Pinheiro. Nos últimos dois confrontos entre as equipes, em jogos válidos pela Copa do Brasil, o Dragão eliminou o rival com uma vitória de 3×0 na Serrinha e um empate sem gols no Accioly.