Com início das chuvas, consumo de energia cresce até 16% em Goiás
11 novembro 2024 às 11h10
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A Equatorial Goiás registrou um crescimento de quase 16% no consumo de energia elétrica pelos clientes residenciais em relação ao mês de setembro. Se comparado com o mesmo período de 2023, o aumento foi de 14%, destacando a crescente pressão sobre o sistema de energia devido à alta demanda, em meio às condições climáticas adversas.
Embora o mês de outubro tenha sido marcado por chuvas em Goiás, as temperaturas permaneceram altas em todo o estado, com máximas alcançando os 40ºC. Esse calor extremo, aliado às precipitações, resultou em um aumento significativo no consumo de energia elétrica.
De acordo com Marcos Aurélio Silva, executivo de faturamento da Equatorial Goiás, a combinação de chuva e calor tem um grande impacto no consumo de energia elétrica, especialmente devido ao aumento na demanda por aparelhos de climatização. Ele destaca que o ar-condicionado, por exemplo, é um dos aparelhos mais sensíveis às variações climáticas.
Quando as temperaturas externas estão muito altas, o aparelho precisa trabalhar com mais intensidade para resfriar o ambiente. Além disso, com a umidade proveniente das chuvas, o ar-condicionado não só refrigera o ar, mas também tem a função de remover a umidade, o que eleva consideravelmente seu consumo de energia.
Bandeira vermelha
Até o final de outubro, a bandeira tarifária, definida pela ANEEL, era vermelha, devido às chuvas abaixo da média, o que afetou diretamente os reservatórios das hidrelétricas do Brasil. Esse cenário de seca, combinado com temperaturas acima da média em todo o país, fez com que as termelétricas, que geram energia mais cara que as hidrelétricas, fossem acionadas com mais frequência.
Para novembro, a ANEEL anunciou que a bandeira tarifária será amarela. A mudança ocorreu devido ao aumento no volume de chuvas registrado em outubro. Com isso, a cobrança extra por cada 100 kWh consumidos passa de R$ 7,877 para R$ 1,885. As concessionárias de energia seguem as determinações do Governo Federal e não têm influência sobre as medidas adotadas.
Tarifa social
A Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE) é destinada aos beneficiários do Cadastro Único do Governo Federal que se enquadram em situações de baixa renda (com uma renda mensal por pessoa de até meio salário-mínimo), além de quilombolas, indígenas, pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ou famílias com rendimento mensal de até três salários-mínimos, quando há membros que necessitam do uso constante de aparelhos ou equipamentos elétricos devido a condições de saúde. O programa oferece descontos de até 65% na conta de energia elétrica. Atualmente, mais de 510 mil moradores estão cadastrados no estado.
Dicas para reduzir o preço da tarifa
Com pequenas mudanças no uso diário de aparelhos, como o chuveiro, é possível notar uma redução na conta de energia. Quando essas medidas são combinadas com outras ações para um consumo mais consciente, a economia pode ser ainda maior. Mas como aplicar isso de forma prática e eficaz? Ao desligar dispositivos quando não estão em uso, optar por eletrodomésticos mais eficientes e aproveitar ao máximo a luz natural, os consumidores ajudam a garantir a estabilidade e a eficiência da rede elétrica.
Segundo Marcos Aurélio Silva, executivo de Faturamento da Equatorial Goiás, algumas atitudes simples podem evitar o desperdício de energia elétrica e impactar positivamente a fatura no final do mês. “Em períodos de calor, há um aumento no uso do chuveiro elétrico, que é o equipamento que mais consome energia devido à sua alta potência. A recomendação é reduzir o tempo de banho e ajustar o seletor de temperatura para a posição ‘verão’, o que diminui a potência do chuveiro e contribui para uma redução no consumo”, afirma o executivo.
Uma maneira de economizar ainda mais é diminuir o tempo no chuveiro. Por exemplo, dois banhos diários de quinze minutos com a potência máxima (modo inverno) custam, em média, R$ 66,90 por pessoa ao mês. Ao reduzir a temperatura para o modo verão e limitar o banho a sete minutos, o custo cai para R$ 15,60 por pessoa. Em uma casa com quatro moradores, a economia mensal pode chegar a cerca de R$ 205,00.
É importante também ter cautela com o uso do ar-condicionado. Um modelo split, com potência entre 10.001 e 15.000 BTUs, consome aproximadamente R$ 196,38 por mês quando utilizado 8 horas diárias em condições normais de temperatura. Durante períodos de calor intenso, esse gasto pode dobrar. Uma alternativa mais econômica é o ventilador de teto, que consome cerca de R$ 17,76 mensais com o mesmo tempo de uso, resultando em um custo 11 vezes menor do que o do ar-condicionado.
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