Confira os efeitos de duas semanas no horário eleitoral gratuito na TV em Goiânia
08 setembro 2024 às 00h00
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A campanha eleitoral na televisão para as eleições de 2024 teve início na última sexta-feira, 30 de agosto, marcando o começo de uma intensa disputa pelos votos dos eleitores. A propaganda gratuita na TV, que permite que candidatos a prefeito e vereador apresentem suas propostas, seguirá até o dia 3 de outubro no 1º turno, e nos municípios onde houver 2º turno, a exibição continuará entre os dias 11 e 25 de outubro.
Os programas dos candidatos a prefeito serão transmitidos de segunda a sábado, na televisão nos seguintes horários: das 13h às 13h10 e das 20h30 às 20h40.
Além dos blocos fixos, os partidos políticos têm direito a 70 minutos diários de inserções ao longo da programação, que podem ser veiculadas entre 5h e meia-noite. Deste tempo, 60% devem ser reservados aos candidatos a prefeito e 40% aos candidatos a vereador. Essas inserções são uma oportunidade importante para que os partidos alcancem um público ainda maior e consolidem suas mensagens eleitorais.
A campanha na TV desempenha um papel crucial nas eleições para prefeito por várias razões. Em primeiro lugar, a televisão é um dos meios de comunicação mais abrangentes, atingindo uma ampla parcela da população em diferentes faixas etárias, classes sociais e regiões. Isso permite que o candidato tenha uma exposição massiva, essencial para alcançar eleitores que podem não ter acesso a outros meios de informação, como redes sociais ou jornais. Essa visibilidade é particularmente importante em cidades grandes, onde a proximidade entre candidatos e eleitores é mais difícil.
Em segundo lugar, a televisão oferece um formato visual e auditivo que facilita a comunicação de mensagens políticas de forma mais impactante. Através de imagens, vídeos e trilhas sonoras, os candidatos podem criar uma narrativa emocional e convincente, reforçando sua identidade e propostas. A TV permite uma conexão mais direta com o eleitor, pois o visual transmite confiança, carisma e empatia, elementos que são difíceis de replicar em outros formatos de mídia.
Outro aspecto relevante é a credibilidade associada à televisão. Embora o consumo de mídia digital esteja crescendo, a TV ainda é vista por muitos eleitores como um meio mais confiável e profissional. Campanhas bem-produzidas em horário nobre passam a ideia de seriedade e preparo, enquanto debates e entrevistas ao vivo oferecem uma oportunidade de o eleitor avaliar diretamente o comportamento e a capacidade dos candidatos sob pressão.
Além disso, a propaganda eleitoral gratuita na televisão é uma oportunidade valiosa para candidatos com menos recursos financeiros. Ela nivela o campo de batalha, permitindo que todos os candidatos, independentemente de seu orçamento, possam apresentar suas propostas ao público. Isso é especialmente importante em eleições locais, onde o financiamento pode ser limitado e a exposição na mídia paga é restrita a candidatos com mais poder econômico.
Por fim, a campanha na TV é essencial para construir uma imagem sólida e controlar a narrativa. Diferente das redes sociais, onde a mensagem pode ser diluída ou distorcida, a televisão oferece um espaço onde o candidato pode transmitir suas ideias de forma clara e estruturada, com menos interferências. Isso permite que os eleitores conheçam melhor o plano de governo e as propostas, influenciando diretamente sua decisão nas urnas.
Analistas avaliam que a propaganda eleitoral gratuita na TV tem um impacto significativo sobre os candidatos em vários aspectos. Aqui estão os principais efeitos:
Alcance e visibilidade
A televisão é um dos meios de comunicação mais acessíveis, especialmente para pessoas que vivem em áreas onde o acesso à internet é limitado. Para os candidatos, aparecer na TV significa atingir um público vasto, incluindo aqueles que não acompanham campanhas nas redes sociais.
Tempo de exposição
O tempo que cada candidato tem no horário eleitoral é um fator decisivo. Partidos com mais representação no Congresso Nacional ganham mais tempo, dando vantagem aos candidatos de coligações maiores. Isso aumenta a capacidade de apresentar suas propostas com mais profundidade.
Formação da imagem
A propaganda na TV permite que os candidatos moldem suas imagens públicas. A televisão oferece a oportunidade de aparecer de forma visual, criando conexões emocionais e transmitindo confiança e competência de maneira mais eficaz do que apenas em plataformas escritas.
Conquista de eleitores indecisos
Muitos eleitores que não seguem de perto a política tendem a se decidir perto da eleição. A propaganda eleitoral, especialmente na TV, é uma forma de falar diretamente com esses eleitores, apresentando propostas e tentando conquistar sua confiança.
Efeito sobre candidatos menores
Para candidatos de partidos menores, que têm pouco tempo de TV, o impacto pode ser limitado. No entanto, com uma boa estratégia, até mesmo candidatos com menos exposição podem usar esse espaço para ganhar notoriedade, concentrando-se em mensagens impactantes e diretas.
Legitimação e credibilidade
A presença na TV também tende a legitimar os candidatos. O fato de aparecerem em um meio de comunicação tradicional e amplamente consumido faz com que sejam vistos como concorrentes sérios e com alguma estrutura, o que pode aumentar sua credibilidade.
Em suma, a propaganda eleitoral na TV continua sendo uma ferramenta valiosa para os candidatos, ajudando a aumentar a visibilidade, moldar sua imagem pública e influenciar eleitores, apesar da crescente influência das plataformas digitais.
Para compreender o impacto do horário eleitoral gratuito e da propaganda na TV nas campanhas dos candidatos à prefeitura de Goiânia, o Jornal Opção entrevistou especialista, candidatos e eleitores.
O cientista político Josimar Gonçalves fez uma análise sobre os resultados da primeira semana do programa eleitoral na campanha dos sete candidatos à prefeitura de Goiânia:
O candidato à reeleição, Rogério Cruz, do Solidariedade, tem compartilhado um pouco de sua história de vida e associado sua imagem à de Maguito Vilela, que faleceu em decorrência da COVID-19 após as eleições municipais de 2020.
“Rogério Cruz está trabalhando para desconstruir a imagem negativa que acumulou ao longo de seu mandato, o que lhe gerou uma alta rejeição. Apesar desse desgaste, sua campanha busca mostrar quem é Rogério como pessoa, o que pode resultar em uma votação surpreendente nas urnas”, destacou Josimar.
Sandro Mabel tem utilizado seu tempo na propaganda de rádio e TV para apresentar seu currículo e destacar sua experiência como deputado estadual e federal por Goiás. Sua campanha foca em questões relevantes e desafios a serem resolvidos na cidade.
“Sandro Mabel enfrenta uma tarefa complexa, já que é o candidato do governador, que tem alta aprovação em Goiás, mas historicamente nunca conseguiu eleger um candidato na capital. Mabel entrou na disputa de última hora, após anos sem concorrer, e sua campanha ainda parece carecer de firmeza e segurança.”
Matheus Ribeiro, por sua vez, tem enfatizado sua experiência como jornalista e comunicador, aproveitando o espaço para divulgar seus canais de comunicação digital.
“O candidato tem uma comunicação fluida, mas representa um grupo pequeno, formado apenas pelo PSDB e Cidadania. Enfrentando adversários mais experientes, falta-lhe solidez política. Embora tenha sido bem votado como candidato a deputado federal em 2022, sua estrutura atual não oferece a força política necessária para competir com os demais.”
Vanderlan Cardoso tem usado seu tempo na TV e no rádio para apontar problemas críticos da capital, como mobilidade urbana, transporte público e saúde.
Vanderlan está entrando de fato na campanha apenas agora. Sua propaganda ainda precisa ganhar força para conquistar votos de indecisos e disputar os eleitores dos outros candidatos.
A candidata Adriana Accorci tem utilizado seu espaço para contar sua história de vida e sua experiência como deputada estadual e federal, além de apresentar algumas soluções para os problemas de Goiânia.
Adriana tem a vantagem de estar sozinha no espectro da esquerda, sem fragmentação política. No entanto, ela ainda está buscando o tom certo para sua campanha. Carregando a marca do governo do PT, precisa construir sua própria imagem para os eleitores. Se conseguir se afastar da imagem tradicional do partido, poderá atrair votos de outros grupos, principalmente daqueles cujos candidatos não forem para o segundo turno.
Fred Rodrigues, por sua vez, falou pouco sobre sua história de vida, concentrando-se em discutir os problemas da cidade e suas propostas de solução.
Percebo que os candidatos ainda estão tentando definir a melhor estratégia de comunicação política e apresentando suas propostas. Alguns estão em uma zona de conforto, conforme indicam as pesquisas de intenção de voto, enquanto outros parecem não saber seu papel na campanha.
Segundo Josimar, muitos candidatos não estão aproveitando seu espaço no rádio e na TV de maneira eficaz. Ele enfatizou que, apesar do avanço do marketing digital, o papel do rádio e da televisão ainda é fundamental. Dizer que o rádio e a TV perderam relevância é um erro.
Ele conclui que, tecnicamente, todos os candidatos precisam melhorar sua performance nas propagandas eleitorais.
É interessante observar que os atores políticos de direita terão que formar alianças no segundo turno. Com a pulverização de votos, um dos candidatos da direita deve ir para o segundo turno junto com Adriana Accorci, da esquerda, caso os números das pesquisas de intenção de voto não mudem drasticamente.
Josimar também destaca que, embora os hábitos de consumo de mídia tenham mudado, a TV ainda desempenha um papel crucial na formação da opinião pública e na divulgação das propostas dos candidatos.
Avaliação dos candidatos:
O candidato a prefeito de Goiânia, Matheus Ribeiro (PSDB), destaca que tem observado uma melhora em seu desempenho no contato direto com os eleitores, mas reconhece a importância da TV nesse processo. “Percebo a mudança todos os dias quando ando pelas ruas, vou às feiras e visito as sete regiões de Goiânia, além de aparecer diariamente na tela de milhares de goianienses. As pessoas estão cada vez mais conscientes de que é hora de mudar a forma de fazer política, trazendo inovação e humanidade para a administração de nossa capital”, diz.
Para Matheus Ribeiro, os primeiros programas já mostram um aumento na aceitação de seu nome. “Há um crescimento perceptível. Muito mais pessoas entram em contato pelas nossas redes, querendo saber mais sobre nossas ideias e planos para uma prefeitura mais próxima dos cidadãos. Principalmente pelo WhatsApp, onde eu mesmo respondo cerca de 100 mensagens por dia”, ressalta.
Matheus Ribeiro reforça que o impacto positivo é visível, pois a TV o conecta com pessoas de todas as regiões de Goiânia. “Há um reconhecimento de que o trabalho está sendo visto e aprovado; mais pessoas estão conhecendo minha trajetória e entendendo minhas ideias para construir uma cidade melhor.”
Na análise do candidato do PSDB, a campanha na TV tem um papel relevante. “No nosso caso, a TV serve como meio de me apresentar como candidato e destacar o que proponho para tornar Goiânia uma cidade mais alinhada com o presente. Através da TV, convido as pessoas para conhecerem melhor nossas ideias, propostas e a nova visão de gestão participativa que proponho.”
Matheus Ribeiro, que construiu sua carreira na TV como jornalista, reforça que ela sempre foi importante durante o período eleitoral, mas, no cenário atual, serve como uma vitrine. “No meu caso, o tempo de TV é curto porque decidimos não aceitar coligações ao custo de politicagem, ao contrário do que outros candidatos fazem. Buscamos ter o máximo de transparência possível, então nosso tempo na TV, embora curto, serve para me apresentar e convidar todos a conhecerem nossas redes e o trabalho que estamos mostrando diariamente lá”, afirma.
O candidato reconhece que os debates na TV também são importantes, pois proporcionam um espaço para apresentar o plano de governo em sinal aberto. No entanto, Matheus revela que grande parte de sua campanha está na internet, onde, segundo ele, consegue alcançar a maioria da população.
Para Sandro Mabel (UB), candidato do governador Ronaldo Caiado, a população começou a conhecer melhor suas propostas e sua candidatura, e, segundo ele, a receptividade tem sido das melhores. “Estamos recebendo muitas novas sugestões, que nossa equipe está analisando para incluir no nosso plano de governo, se forem viáveis. Mas, principalmente, temos recebido inúmeras manifestações de apoio de eleitores e maior engajamento da nossa militância”, disse.
Mabel, no entanto, avalia que sua candidatura já havia iniciado seu crescimento na pré-campanha. Porém, como afirma, as pesquisas indicam um forte avanço já no início da campanha. “Temos menos de três semanas de campanha, sendo apenas uma semana de programa eleitoral, e já estamos empatados na liderança com adversários mais conhecidos. Acreditamos que, em até duas semanas, devemos estar liderando as pesquisas de forma isolada na capital”, observa.
O candidato pondera que, apesar do avanço das novas tecnologias e das redes sociais, a TV e o rádio continuam sendo ferramentas importantes de comunicação com o eleitorado. “Graças à aliança que construímos com o governador Ronaldo Caiado, temos o maior tempo de propaganda eleitoral, o que nos proporciona melhor oportunidade para tornar nossa candidatura e propostas mais conhecidas por uma grande parcela do eleitorado”, avalia.
Mabel considera que a campanha na TV tem grande importância, mas não é determinante por si só, sendo parte de um conjunto de ações. “Estamos trabalhando intensamente, de 18 a 20 horas por dia, em contato direto com a população e com segmentos organizados. Temos também um trabalho criativo nas mídias sociais e estamos recebendo cada vez mais apoio de influenciadores, como cantores sertanejos. Nossas propostas estão sendo bem recebidas pela população, pois atendem às principais demandas dos goianienses.”
Mabel destaca a importância do apoio do governador Ronaldo Caiado, que, segundo ele, é a maior liderança política de Goiás. “Temos o maior exército de candidatos a vereador, todos engajados em defender nossa candidatura. Ou seja, a campanha na TV é muito importante, mas sozinha não determina o sucesso de uma candidatura.”
Fred Rodrigues, candidato do PL e apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro, reconhece que a TV é importante, mas, com o advento das redes sociais, a internet se torna protagonista no processo. “Não vejo a TV como o veículo principal de uma campanha, como era antigamente. Mesmo assim, não podemos desprezá-la, pois ela tem um alcance considerável”, afirma.
Por isso, o prefeitável conta que tem gravado vários programas com suas propostas, sabendo que a população terá acesso a eles. Para ele, o programa eleitoral oferece a oportunidade de mostrar seus projetos para a cidade e criticar candidatos oportunistas. “Vamos aproveitar para fazer as duas coisas”, diz.
Segundo o candidato, com apenas uma semana de programa eleitoral e sem nenhuma pesquisa para aferição, ainda é difícil analisar o impacto. “Todavia, já notamos, andando pelas ruas, que a nossa aceitação melhorou significativamente. Algumas pessoas nos dizem que viram nosso programa na TV e gostaram das nossas propostas e da forma como mostramos os outros candidatos”, reflete.
O candidato argumenta que, ao contrário dos adversários que têm investido em megaproduções, ele tem optado por se comunicar de forma simples e na linguagem que o eleitor entende. Na avaliação de Fred, todas as etapas de uma campanha são determinantes em uma eleição, e entre elas está a TV.
Adriana Accorsi (PT) reconhece que os programas eleitorais na televisão, no rádio e nas redes sociais são um marco nas campanhas, pois, segundo ela, geralmente é a partir do início deles que a população percebe que a disputa começou de fato. “Nossa campanha está sendo feita com muita alegria, com um trabalho pautado pelo respeito aos adversários e, principalmente, aos cidadãos”, frisa.
Adriana ressalta que, apesar de estar apenas no início, o principal objetivo da comunicação é apresentar propostas concretas para a cidade. “Este é o meu jeito de fazer política: em contato direto com as pessoas, que já começaram a nos avaliar e nos colocaram em primeiro lugar, de acordo com as últimas pesquisas, tanto no levantamento espontâneo quanto no estimulado”, observa.
Para a candidata, todos os instrumentos utilizados para informar são muito importantes durante o processo eleitoral, mas a televisão, segundo as pesquisas, ainda é o veículo de maior importância.
Por meio de sua assessoria, o prefeito de Goiânia e candidato à reeleição, Rogério Cruz (Solidariedade), afirmou considerar o programa eleitoral um espaço importante para a apresentação de propostas aos eleitores. Entretanto, disse ele, ainda é cedo para avaliar o impacto desses programas na percepção do eleitorado; no entanto, a campanha percebe um crescimento da candidatura.
O candidato Vanderlan Cardoso (PSD) classificou como notável a percepção sobre os efeitos da propaganda na TV. “Tenho sido abordado nas ruas pelas pessoas, que comentam sobre nossas propostas, especialmente para resgatar a saúde pública, que já foi boa em Goiânia e hoje é um desastre. Falam também sobre o Anel Viário, tema que tratamos na propaganda”, analisa. Vanderlan destaca que o impacto do rádio e da TV é notório nos bons números apresentados nas pesquisas.
O candidato avalia que o balanço da primeira semana do programa eleitoral indica um crescimento exponencial, não apenas pelos números das pesquisas, mas também pela identificação com a candidatura nas ruas, durante caminhadas e carreatas. “O eleitor tem comentado abertamente e positivamente sobre nossas propostas. Elas têm repercutido espontaneamente também nas redes sociais, apesar do período curto e do pouco tempo da propaganda. Não apresentamos sequer uma fração de tudo que temos planejado para Goiânia. Faremos isso ao longo dos dias”, ressalta Vanderlan Cardoso.
Para ele, o programa eleitoral na TV é essencial, pois atinge determinados públicos avessos às mídias digitais e auxilia no estímulo de uma onda positiva. “As pílulas pegam o eleitor de surpresa, uma boa surpresa, gerando uma identificação imediata. A linguagem objetiva ajuda a traduzir propostas complexas em mensagens de fácil compreensão. Temos percebido com clareza o impacto positivo da TV.” Vanderlan sinaliza que a TV será fundamental e pode ser determinante para que o eleitor faça sua escolha.
O professor Pantaleão, candidato a prefeito da capital pelo partido Unidade Popular (UP), disse que, devido à falta de acesso ao tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV, sua campanha segue centrada nas ruas e nas redes sociais. Pantaleão avalia que, mesmo assim, sua campanha está crescendo tanto qualitativamente quanto quantitativamente. Para ele, as sabatinas na TV têm contribuído para esse crescimento.
O candidato critica a regra eleitoral: “Essa regra é totalmente descabida. Os grandes partidos recebem milhões, enquanto os pequenos recebem quase nada.” Pantaleão acredita que a propaganda eleitoral na TV é importante, pois alcança todas as camadas sociais e faixas etárias da sociedade.
O que dizem os eleitores sobre a propaganda eleitoral na TV
João Barbosa, 48, morador do Residencial Recanto do Bosque, na região Noroeste de Goiânia, afirma que nunca gostou de assistir a esse tipo de programação. Para ele, é uma perda de tempo. “Nunca assisti e, quando vejo que vai começar, desligo a TV. É só briga e nada de propostas; é um atacando o outro. Não voto baseado em propaganda de TV”, conclui.
José Silva de Souza, 75 anos, aposentado e residente no setor Bueno, revela que, apesar de não ter a obrigação de votar, gosta de exercer a cidadania. José Silva, contudo, diz que não escolhe seu candidato com base no programa eleitoral na TV. “Às vezes assisto, mas eles são muito incoerentes com o que falam; prometem coisas mirabolantes e fantasiosas que jamais vão cumprir. O programa eleitoral é mais um meio para eles divulgarem suas mentiras. Justiça Eleitoral, fique de olho!” denuncia o eleitor.
Para a aposentada Sônia Dias, 65 anos, e moradora do setor Bueno, pouco se aproveita do que os candidatos falam nesses programas. “Acompanho muito pouco justamente porque isso não irá me influenciar. Eu escolho meus candidatos observando a trajetória política deles, se são corretos e honestos. Na verdade, falam muita besteira nesses programas, e pouco se aproveita”, justifica.
Patrícia Alves, 47 anos e moradora do Residencial Alice Barbosa, na Região Norte da capital, avalia que o programa eleitoral gratuito não determina em quem ela irá votar. “Costumo votar nos candidatos que, ao longo do tempo, mostram quem são e suas propostas. Esses programas são só baixaria, um acusando o outro, e esquecem de apresentar seus projetos. Já faz algum tempo que não perco meu tempo precioso assistindo a isso”, diz.
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