Sabe aquele ritual de votar no bairro onde você conhece as pessoas e, depois de muito tempo sem ver os amigos, aproveitar o momento do voto para colocar a conversa em dia? Pois o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) recomenda que não se perca tempo depois de encarar a urna.

Também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele votou às 9h05 no colégio Madre Alix, no Jardim Paulistano, área nobre da zona oeste da capital de São Paulo. Na saída, falando rapidamente com a imprensa e embora citando “tranquilidade e segurança no começo das eleições”, ele demonstrou preocupação em mensagem direcionada à população. “Eu peço ao eleitor que compareça, vote e volte para casa”, disse, sem responder a perguntas.

Inicialmente, a previsão era de que Moraes votasse uma hora antes, assim que fosse iniciada a votação. A imprensa teve acesso ao local para registrar o voto. Com o veículo escoltado por outros dois carros, ele entrou diretamente no estacionamento da escola sob esquema de segurança.

De terno e gravata, um integrante da equipe dele o aguardava 30 minutos antes, próximo à escada que dá acesso ao local de votação. Após votar, o ministro se deslocou ao aeroporto de Congonhas para embarcar em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) rumo a Brasília. Às 14 horas, Moraes concederá coletiva no TSE para dar um panorama das eleições.

O ministro tem sido alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL). Em live nesta semana, o presidente o chamou de “patife” e o acusou de vazar informações sobre a quebra de sigilo bancário de seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. “Seja homem uma vez na vida”, atacou Bolsonaro, durante a transmissão.

Reportagem da Folha de S.Paulo revelou que mensagens encontradas pela Polícia Federal no celular de Cid levantaram suspeitas a respeito das movimentações financeiras da família do presidente, em especial da primeira-dama, Michelle. Moraes determinou a abertura de um procedimento administrativo interno para apurar o vazamento de informações sobre a quebra de sigilo de Cid.

* Com informações da Folha de S.Paulo