Alunos de Direito da Universidade Federal de Goiás (UFG), campus Goiânia, venceram o 2º Júri Simulado da Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). A competição começou no final de setembro, com a participação de 16 equipes de faculdades de Goiás, e foi concluída nesta terça-feira, dia 5, com a final entre alunos da UFG e da Faculdade Aphonsiano, de Trindade. Vale destacar que esta foi a primeira vez que alunos da UFG ganharam um concurso dessa magnitude.

A equipe foi composta por Mateus Custódio Teixeira, Luis Henrique Teixeira Abreu, Lucas Pavan Viana, Gustavo Henrique Araújo, Samira França Calixto e Julia Mota.

Alan Cabral Jr., advogado e professor responsáveis pelo time da UFG, explica que a única exigência é que os participantes sejam estudantes e não graduados, sem restrição de período. “O objetivo é familiarizar o futuro advogado e operador do Direito com o ambiente do júri. Ou seja, quem ganha é o aluno que adquire experiência”, avalia.

Alan destaca que foi apresentado casos reais, e as melhores defesas foram avançando de fase, até que a equipe da UFG venceu, consagrando-se campeã. O evento aconteceu no Tribunal do Júri da Capital, no Park Lozandes, em Goiânia. Vale ressaltar que todos os casos apresentados nas etapas do torneio são reais e foram defendidos pela DPE-GO em júri.

A estudante Samira França Calixto, de 22 anos e no sexto período de Direito, comenta que foi uma experiência única. Ela explica que praticamente a mesma equipe participou, no início do ano, do júri promovido pela Escola Superior de Advocacia da OAB-GO; porém, foram desclassificados ainda na primeira fase pela Universidade Estadual de Goiás (UEG), que terminou em segundo lugar.

Samira relata que essa derrota foi muito dolorosa, mas motivou a equipe a se preparar melhor para o torneio da DPE. “A fase mais difícil foi a primeira, pois já carregávamos o trauma da desclassificação anterior. Foi muito emocionante, pois encaramos todas as fases como uma final”, pontua.

Estudante Samira França Calixto l Foto: Arquivo pessoal

Ela também menciona os desafios, como conciliar a semana de provas com o torneio. “Encaramos tudo com muita responsabilidade. Foi muito gratificante e considero que evoluímos até com as críticas que recebemos dos jurados durante o processo”, avalia. Samira destaca que foi uma experiência enriquecedora, pois os estudantes não têm muito contato com o tribunal do júri.

Lucas Pavan Viana, 20 anos e cursando o sexto período de Direito na UFG, destaca que a participação e a vitória são importantes para a formação dos acadêmicos em relação ao conhecimento e ao processo do júri, mas, segundo ele, a formação humana é o que mais se sobressai. “A formação humana que o júri nos proporcionou é imensurável, e, com certeza, saímos preparados para enfrentar as realidades que nos esperam como profissionais do Direito”, enfatiza.

estudante Luan Pavan l Foto: Arquivo pessoal

O futuro advogado também ressaltou a unidade do grupo como essencial para a conquista. Luan Pavan lembra que, para a UFG, a vitória representa um marco, uma vez que a UFG, campus Goiânia, nunca havia vencido um torneio de júri simulado ou sequer chegado a uma final. “Nós quebramos esse tabu”, afirma.

A sessão final foi conduzida pelo juiz de Direito Thiago Castelliano. O júri técnico foi composto pelos defensores públicos Salomão Rodrigues da Silva Neto, Rafael Mourthé Starling Terra Santos e Luiz César dos Santos. O júri leigo contou com a participação da defensora pública Cecília Dantas Ribeiro, além de servidores e colaboradores da instituição.

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