Edição 2020

de 23 a 29 de março de 2014
Encontramos 121 resultados
João Vitor de Paiva | Foto: divulgaçaõ/redes sociais
Jovem goiano com síndrome de Down ultrapassa marca de 700 mil visualizações no TikTok

João Vitor de Paiva ficou conhecido por mostrar sua rotina nas redes sociais; ele cursa Educação Física na PUC-GO

Deus não estava na Marcha “da Família”

Sequer em São Paulo conseguiram levar mais do que 100 à marcha dos fascistas. E Deus não foi um deles. Não o Deus cristão em que quase 90% dos brasileiros acreditam. Esse Deus não apoia torturadores sanguinários

O Filho da Preta

Menino alvinho, cabelo escorrido. Mãe dizia que: “é porque o pai era branco feito leite.” Sangue dela era forte, tinha até mistura de índio. Mas raleou no Menino. “Pai macho! Deixa a mãe ver se meu branquinho saiu macho também.” E fazia menção de bulinar nas partes dele. Depois era aquela risada curtida no fumo. Primos, muitos, não gostavam do Menino. “Branquinho invocado!” Primas gostavam. Generosas, compreendiam tudo: que o pai era branco, sangue grosso, coitadinho não tinha culpa. A Wanda, que já era mãe, iniciava o Menino na sua carne rija de mulata: “Quero um filho branquinho assim. Mas deixa mais pra frente. Agora só pode é na brincadeirinha.” “Menino!” Era seu Simão, da venda, chamando. “Esse Vicente, primo do teu pai, quis te conhecer.” Vicente mulatão, forte já quase fraco: “Sou teu tio, assim de consideração.” Menino: “E de consideração é primo do meu pai?” Vicente: “Primo de sangue.” Menino: “E ele, como era?” Vicente: “Mais preto, mais forte e muito mais bom do que eu. Que eu, pra pegar menino na zona e dizer que é meu, isso não faço. Nem que fosse filho da rapariga mais bonita do mundo, como era o caso.” Seu Simão ensaiou despedida: “Seu Vicente, dê lembrança aos meus”. Vicente abraçou o menino como se abraçasse o primo de sangue e saiu. Menino: “Seu Simão, minha mãe era bonita?” O comerciante mirou o horizonte e pensou que a verdade e a beleza não servem pra nada, a não ser pra virar palavra: “Rapariga mais bela do que qualquer rainha, meu rapaz.” Mãe preta do Menino não gostava de Seu Simão: “Passa longe. Velho danado pra inventar conversa.” Mas Menino precisava contar, saber: “Mãe, conheci, lá no seu Simão, um Vicente primo do pai.” E a mãe: “Menino nojento cão do diabo! Eu não falei pra não dar conversa pr’aquele velho ladrão?” E pegou o chicote de bater em cavalo, que era pro Menino aprender. Lapada: “Não tem primo de pai nenhum.” Menino: “Tem, mãe, e é preto.” Lapada: “Se é preto não é primo.” Menino: “É primo, mãe, e o pai era mais preto.” Lapada: “Se era preto não era teu pai.” Menino: “Era, mãe, e a mãe era branca.” Lapada: “Quer ser filho da preta ou da puta?” Menino: “Das duas, mãe.”

Vice-governador José Eliton é uma aposta tanto para o Tribunal de Justiça quanto para o Tribunal de Contas do Estado

[caption id="attachment_534" align="alignleft" width="620"]José Eliton: prestigiado pelo governador Marconi Perillo, o vice pode ir tanto para o TJ quanto para o TCE ou para o TCM José Eliton: prestigiado pelo governador Marconi Perillo, o vice pode ir tanto para o TJ quanto para o TCE ou para o TCM[/caption] Pergunta que não quer calar-se: o que a base aliada vai fazer com o vice-governador José Eliton (PP)? O governador Marconi Perillo aprecia o advogado e gostaria de mantê-lo como seu vice. Chega-se a falar, até, que, se o tucano-chefe não for candidato, o presidente do PP pode disputar o governo de Goiás. Porém, nos bastidores, há outra discussão, que passa ao largo de apreço pessoal e lealdade: o que, de fato, José Eliton acrescenta à chapa majoritária em termos de votos? O Jornal Opção ouviu dezenas de integrantes da base governista e todos, exceto uma política e um político, teceram os maiores elogios ao vice, mas disseram que “não tem votos”. Em 2012, transformou Posse em sua Ítaca, passando a despachar na cidade, mas não conseguiu eleger o pai a prefeito (perdeu para o amador José Gouveia). Entretanto, se não permanecer na vice, José Eliton não ficará desguarnecido. Cogita-se quatro coisas. Primeiro, pode disputar a vaga do desembargador Geraldo Gonçalves — se este decidir mesmo se aposentar —, possivelmente com o apoio de Marconi e do presidente da OAB-Goiás, Henrique Tibúrcio. Há quem diga, especialmente no meio advocatício, que a maior ambição do vice é se tornar desembargador. Segundo, pode “ganhar” uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE). A vaga do TCE, a do conselheiro Milton Alves, estaria “reservada” para o presidente da Assembleia Legis­lativa, Helder Valin (PSDB). José Eliton “atropelaria” o amigo? Improvável. Terceiro, entre 2014 e 2015, dois conselheiros do Tribunal de Contas dos Mu­nicípios (TCM), Sebastião “Caroço” Monteiro e Vir­mondes Cruvinel, devem se aposentar. O deputado Daniel Messac (PSDB) e o secretário de Articulação Institucional, Joaquim de Castro, são os nomes mais cotados para substitui-los. Mas um acordão pode reservar uma vaga para José Eliton. Quarto, José Eliton é “candidato” a assumir a coordenação geral da campanha do governador Marconi Perillo.

Grupo goiano leva o inferno do escritor e filósofo Sartre ao teatro

A Cia Theatral Gradiva adapta e encena “Huis Clos” no Centro Cultural Martim Cererê