Goiás quer baixar preço do ônibus no Entorno

23 agosto 2023 às 13h06

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*Com informações de Nielton Soares
A secretária do Entorno, Maria Caroline Fleury, afirmou que tem se reunido com a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal e com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para tratar de subsídio tarifário para a região. Nos últimos seis meses, preço do ônibus na região acumulou aumento de 27%. E, além disso, a ANTT prevê novo reajuste em fevereiro de 2024 afetando mais de 1,5 milhão de habitantes da região. Se isso se concretizar, o aumento total será de 37% em menos de um ano.
Maria Caroline conta que um estudo está sendo realizado pela ANTT para analisar os gastos com o transporte, a fim de chegar a um preço ideal para a tarifa. Com isso, o passageiro que já gasta mais de 7% do salário mínimo mensalmente, desembolsará um valor menor com as viagens.
“Já fizemos a votação para entrar no PPA, para que essa região do consórcio interfederativo exista, e assim, subsidiar essa passagem em definitivo. É inaceitável, a população não consegue absorver isso. Goiânia e Região Metropolitana tem o subsídio, Brasília tem o subsídio deles. Essa região integrada não tem nada e além de pagar caro, o passageiro tem um péssimo serviço”, afirmou.
Terceiro aumento
As linhas do Distrito Federal e do Entorno podem sofrer um terceiro reajuste em menos de um ano. A previsão é de que a alta ocorra em fevereiro de 2024. O novo preço, conforme a Associação Nacional das Empresas de Transporte Rodoviário Interestadual de Passageiros (Anatrip), faria parte de um acordo entre o órgão e a ANTT.
O primeiro reajuste ocorreu em março desde ano, elevando o preço pago pelos passageiros em 12%. Já o segundo aumento que começou a valer no último dia 13 faz com que a passagem ficasse ainda 15% mais cara.
Gestão ANTT
A ANTT é responsável, desde fevereiro de 2023, pela gestão das mais de 400 linhas de ônibus que realizam um transporte diário de cerca de 175 mil passageiros entre os trechos. O transporte semiurbano entre o Distrito Federal e o Entorno não é subsidiado pelo governo e os recursos para manutenção do serviço vêm integralmente das tarifas pagas pelos usuários, conforme o órgão.
Logo após assumir o comando das linhas, a ANTT optou por não conceder reajuste imediato de 40%, a fim de evitar um grande impacto no bolso da população. Desse modo, a readequação recente dos preços serve para evitar uma instabilidade no sistema de transportes.
Os índices de reajuste, como elevação nos valores de combustível, óleo lubrificante, pneus e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado dificultaram, na visão da ANTT, a manutenção do preço das tarifas.
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