Endividados em Goiânia têm pelo menos duas contas em atraso

20 junho 2023 às 17h07

COMPARTILHAR
Dados de uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, indicaram que, em média, a cada pessoa endividada na capital, existem pelo menos duas contas em atraso para quitar.
O número exato para cada inadimplente é de 2,175 débitos na capital goiana, número que é maior em relação à região Centro-Oeste, 2,153, e mais alto também em relação à média nacional, 2,087.
Além disso, o levantamento também apontou que o número de inadimplentes em Goiânia cresceu 6,07% em 2023, em comparação com 2022. Entre os meses de abril e maio, esse aumento foi de 1,94%. Ainda nesse período, a pesquisa revelou alta de 3,69% nas dívidas em atraso.
Outro resultado apontado é a quantidade de homens inadimplentes, a maioria, com 50,64%, o que deixa o número de mulheres em 49,36%. As pessoas entre 30 e 39 anos representam 26,47% do total de endividados goianienses. Ao interpretar esse dado, é possível afirmar que a população economicamente ativa tem desafios mais significativos ao cumprir suas obrigações financeiras.
Em Goiânia, a média da dívida total de cada consumidor negativado é de R$ 4.617,11. Os dados indicam que 30,38% dos inadimplentes da cidade possuem dívidas de até R$ 500, e esse percentual aumenta para 44,03% quando consideramos débitos de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso para os devedores negativados em Goiânia é de 27 meses, e 33,73% deles têm dívidas há um período entre 1 e 3 anos.
Credores
Os dados revelam a distribuição dos setores com maior participação no número de dívidas em atraso na cidade de Goiânia. Destaca-se o setor bancário, que representa 64,90% do total de dívidas registradas.
Em seguida, temos as comunicações, com 9,90%, seguido pelo setor do comércio, com 8,69%. Outros setores respondem por 8,63% das dívidas em atraso, enquanto os serviços de água e luz representam 7,88%. Felipe Teles, Coordenador da CDL Goiânia, ressalta que situações como os juros altos têm um impacto significativo na capacidade de pagamento das dívidas.
“Muitas vezes o pagamento de contas básicas, como água ou energia se tornam prioridade, enquanto dívidas com crédito vão sendo deixadas para outro momento, principalmente pela alta dos juros, no entanto, há uma boa expectativa para a estagnação da inadimplência ainda nesse ano, principalmente com o aumento de emprego, aumento dos programas de distribuição de renda e com a possível queda dos juros”, argumenta.