O programa Auxílio Brasil deve ser repaginado nos moldes do Bolsa Família durante o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O programa, que mudou de nome na gestão de Jair Bolsonaro (PL), vai ser rebatizado pelo petista e voltará a exigir condições para o beneficiário ter acesso à transferência de renda.

A informação foi confirmada pela coordenadora do grupo de assistência social no governo de transição, Tereza Campello, ao UOL News na semana passada. “Não vamos fazer alterações bruscas. O presidente vai assumir, chamar prefeitos, chamar a rede de assistência social, conversar com a sociedade para retomar esse processo de reconstrução do Bolsa Família, seja do ponto de vista da equidade, olhando a composição da família. Agora, as condicionalidades, vamos retomar imediatamente”, afirmou. Ela foi ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff (2011 a 2016).

Quando o Auxílio Brasil foi instalado no final de 2021, deixou de exigir comprovação de vacinação infantil e de frequência escolar. A versão que será retomada deverá reincorporar iniciativas como essas e também levar em conta a estrutura familiar, como, por exemplo, se é um homem que mora sozinho ou se é uma mulher com crianças, mas sem cônjuge ou companheiro.

“Os R$ 600 serão mantidos. Vamos fazer construção para começar a retomar a cara do Bolsa Família, que olhava também a composição familiar. Tivemos um problema de destruição do desenho do Bolsa Família”, disse Campello.