Em jogo de estreia do Grupo C, a Argentina entrou em campo como favorita absoluta nas bolsas de apostas contra a Arábia Saudita. Entre vários outros fatores, a presença do gênio Messi em campo favorecia nossos hermanos.

Poucos imaginariam uma derrota dos sul-americanos, mas, como o futebol é jogado, o lambari é pescado, e dentro de campo são 11 contra 11. Nesse cenário, às vezes os favoritos não passam de cachorrinhos acuados, e foi exatamente isso que aconteceu com os argentinos.

Mesmo sendo ajudado pelo VAR, em uma penalidade contestadíssima – aquilo não é pênalti em lugar nenhum do mundo, só no Catar. O pênalti foi cobrado e convertido por Messi, que, aliás, só fez isso no jogo todo. Foi um jogador apático, sem motivação, parecia estar jogando uma pelada qualquer, sem postura de um grande jogador, que almeja um título de tamanha expressão para fechar com chave de ouro sua participação em Copa do Mundo.

O que vi foi uma Argentina sem vida, os outros jogadores pareciam refletir a imagem do seu referencial, Lionel Messi. O resultado foi uma virada dos sauditas, que foram melhores todo o jogo. Zebra? Talvez.

Com a derrota, a Seleção Argentina perde uma invencibilidade de 36 jogos e deixa escapar a possibilidade de se igualar a um feito que somente uma seleção possui até hoje. A Itália é a única seleção a alcançar a marca de 37 jogos sem perder.

A derrota, porém, não significa que Messi e companhia deixaram de ser favoritos ao título. Lembremos que, em 1990, eles perderam o primeiro jogo para Camarões e, no entanto, disputaram a grande final contra a Alemanha Ocidental, perdendo pelo placar de 1×0. Para isso, Messi precisa acordar e fazer o que ele sabe muito bem, que é jogar futebol. Seus companheiros precisam dele, são dependentes dele.

*Cilas Gontijo é estagiário do Jornal Opção em convênio com a UniAraguaia, sob a supervisão do editor PH Mota.