Confira o que o jogador Pelé veio fazer em Goiânia em 1963
21 fevereiro 2024 às 23h31
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A história do Estádio Pedro Ludovico Teixeira se confunde com a história de Goiânia. Getúlio Vargas esteve presente no lançamento da pedra fundamental do estádio durante sua visita em 1941. O campo foi construído ao lado de uma das pistas de pousos do primeiro aeroporto da capital. Isso atrapalhou bastante não apenas o andamento das partidas de futebol, mas também o desenvolvimento da própria estrutura do estádio. Por conta dos pousos e decolagens, não se podia construir arquibancadas para abrigar o público.
A situação do estádio mudou logo após a mudança do aeroporto para o Santa Genoveva em 1955. Enquanto o Setor Aeroporto tomava forma nas antigas pistas dos aviões, o governo estadual pode fazer alguns projetos no Estádio Pedro Ludovico Teixeira. Foi no mandato de Mauro Borges, filho do homem que batizou o estádio, que um desses projetos saiu do papel para se transformar em realidade. Para se ter uma ideia do investimento na reforma do estádio, o garoto propaganda foi ninguém menos do que Pelé. Em dezembro de 1963, o Rei do Futebol esteve aqui em Goiânia para fazer campanha em prol da reforma do Estádio Olímpico Pedro Ludovico. O empreendimento iria não somente construir novas arquibancadas, mas construir quadras de vôlei, de basquete e de tênis, além de uma ampla área de lazer com piscinas, saunas e duchas.
A ideia do projeto era cada torcedor goiano doar uma quantia pela construção do estádio. Em troca, o doador teria uma cadeira cativa para assistir aos jogos sem precisar enfrentar filas e os familiares se divertiriam na área de lazer ao lado do estádio. Com certeza a presença de Pelé nas propagandas e a sua visita a Goiânia no final de 1963 iriam chamar a atenção de todo mundo e garantir a arrecadação necessária para que o Estádio Olímpico Pedro Ludovico se tornasse, como dizia a propaganda da época, “o maior Centro Social e Esportivo da América Latina”.
O problema é que o ano de 1964 muita coisa aconteceu como as deposições de João Goulart da Presidência da República em março e Mauro Borges do governo de Goiás em novembro. O homem que batizou o primeiro estádio da capital fora cassado pelos militares cinco anos depois. Já Pelé voltaria outras vezes a Goiânia, mas não como garoto propaganda do Estádio Pedro Ludovico Teixeira e sim como jogador do Santos e sempre Rei do futebol.