Pixinguinha ganha nova vida com músicas inéditas e parceiros inovadores

15 agosto 2023 às 15h57


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Pixinguinha, uma lenda da música brasileira, continua a surpreender e encantar, mesmo após 50 anos de sua partida. Seu legado como mestre do samba e do choro se mantém imortal através de suas composições atemporais, e agora, uma descoberta emocionante está prestes a adicionar um novo capítulo à sua história musical. Com a recente descoberta de 48 músicas inéditas, algumas em colaboração com artistas contemporâneos renomados, o mundo tem a oportunidade de se reconectar com a genialidade de Pixinguinha de uma maneira completamente nova.
O legado de Pixinguinha é indiscutivelmente marcado por obras-primas como “Carinhoso”, uma joia da música brasileira. No entanto, sua criatividade inesgotável e seu compromisso com a arte resultaram em uma coleção impressionante de composições que permaneceram escondidas até recentemente. O tesouro musical foi desenterrado por Marcelo Vianna, cantor e neto de Pixinguinha, que dedicou anos de pesquisa e esforço para trazer à luz essas preciosidades.
Segundo Marcelo Vianna:
“O período abrange desde a década de 1920 até a década de 1960, o auge de suas composições. É um tesouro musical”,
Foram seis anos de pesquisas intensivas para trazer à tona esse acervo impressionante de 48 músicas inéditas que contou com o apoio do Instituto Moreira Salles. A princípio, a pesquisa revelou 36 composições instrumentais que capturam a essência única do compositor.


Como resultado de toda essa pesquisa, sob a direção musical de Henrique Cazes, Marcelo Vianna tomou a decisão de dar vida a doze das músicas inéditas por meio da adição de letras. O resultado é o tão aguardado álbum intitulado “Pixinguinha: Canção”, que marca uma jornada íntima e emocional através das colaborações entre Pixinguinha e artistas contemporâneos.
O álbum não só traz à luz composições esquecidas, mas também inaugura uma nova era de colaborações, onde artistas que nunca tiveram a chance de compartilhar o palco com Pixinguinha agora tiveram a oportunidade de dar vida às suas visões musicais únicas. Arnaldo Antunes, Leila Pinheiro e Paulinho Moska são apenas alguns dos nomes proeminentes que se uniram ao legado de Pixinguinha.
Arnaldo Antunes assim se expressou:
“Eu fiquei muito honrado e feliz com o convite. Ao mesmo tempo, um pouco temeroso. Será que eu vou dar conta? Por conta do peso que a tradição do nome dele já traz pra gente”,
Paulinho Moska, por sua vez, explicou como sua jornada criativa o levou a uma viagem imaginária no tempo, resultando na emocionante composição “Modinha: a dor traz o presente”.
A música é um testemunho do poder de conexão entre gerações através da música, transcendendo barreiras temporais.
Leila Pinheiro, cuja voz cativante deu vida à música “Poética (Chuvisco na Telha)”, refletiu sobre a importância de perpetuar o legado de Pixinguinha para as gerações futuras:
“Fiquei muito feliz porque, de fato, é isso: perpetuando a obra desse gênio para as novas gerações”.


Após meio século da partida de Pixinguinha, não é apenas um momento de reflexão sobre sua obra, mas também uma oportunidade de celebrar seu espírito criativo contínuo. A obra inédita de Pixinguinha chegou às plataformas de streaming, com quatro álbuns notáveis: “Pixinguinha Virtuose”, músicas tecnicamente mais sofisticadas, “Pixinguinha na Roda”, as mais comunicativas, “Pixinguinha Internacional”, composições fora de seu habitat musical e, enfim, “Pixinguinha Canção”, músicas que tinham uma vocação para canção.
Ao se tornar parceiro póstumo de artistas como Guinga, Moacyr Luz e Nei Lopes, Pixinguinha abre as portas para uma colaboração entre gerações, lembrando-nos da atemporalidade da música e da capacidade de unir pessoas através das eras. É o legado de Pixinguinha brilhando mais do que nunca.
Ouviremos “Poética (Chuvisco Na Telha)” Pixinguinha Como Nunca · Leila Pinheiro
Observe as diversas facetas desse gênio musical.