Papa Francisco, que mais atualiza do que muda a Igreja Católica, aponta suas doenças
27 dezembro 2014 às 12h42
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O surpreendente papa Francisco apresenta-se, ao dizer que a Cúria sofre de “Alzheimer espiritual”, como uma espécie de psicanalista ou psiquiatra dos homens da Igreja Católica.
Há doenças incrustadas nas estruturas da Igreja Católica, sempre perniciosas, frisou o papa. Francisco fala em 15 doenças, apontando o “terrorismo do falatório”, “esquizofrenia existencial”, “exibicionismo mundano”, “narcisismo falso” e “rivalidades pela glória”.
Setores conservadores da Igreja Católica começam a atacar o papa, às vezes não de maneira frontal. Os mais cautelosos sugerem que as ideias de Francisco têm sido distorcidas, para torná-lo, junto com a Igreja, mais progressista do que, de fato, é. Um religioso chegou a dizer que a Igreja está uma “bagunça”.
Porém, o que parece caos, caos não é. O papa Francisco está implantando uma mentalidade mais arejada na Igreja Católica, atualizando-a, mas sem mudá-la nos seus valores básicos, que são religiosos e humanistas.