Trecho pouco honesto de Janio de Freitas, em artigo na “Folha de S. Paulo” do dia 27 de abril: “A exploração política e eleitoreira que a oposição e meios de comunicação fazem do caso Petrobrás está prejudicando mais a empresa, patrimônio nacional com imensa importância externa, do que alcançando os fatos e respectivas responsabilidades. Registrem-se também certas contribuições sorrateiras da Polícia Federal”.

Não poderia haver comentário mais petista. A culpa, segundo Janio, da deterioração da empresa, “patrimônio nacional”, é da oposição, da imprensa (sempre ela) e da Polícia Federal. A trinca, e não o aparelhamento da empresa, é que seria responsável pela queda da petroleira do 12º para 120º lugar na lista das congêneres. Como seria responsável pela queda de 50% no valor acionário da mesma. Ora, uma coisa e outra ocorreram antes dos escândalos de Pasadena.

Tenha paciência, Janio. A Pe­trobrás não está sendo tratada pelo governo e petistas como patrimônio nacional, mas como propriedade do partido e dos partidos acumpliciados. Até o fundo de pensão dos funcionários da empresa, o Petrus, está de tal modo aparelhado e gerido de maneira lesiva e suspeita, que o Conselho Fiscal, por unanimidade, rejeitou suas contas de 2013.