A obsessão da esquerda pelo desarmamento social e por ignorar a voz do povo

18 abril 2021 às 00h00

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As tentativas do governo do presidente Jair Bolsonaro de promover uma abertura que permita a legítima defesa têm sido combatidas até o delírio pelo establishment
O leitor por certo já terá percebido o quanto o establishment esquerdista (colunistas dos grandes jornais, deputados e senadores dos partidos de extrema esquerda, elementos do STF, artistas, ONGs suspeitas etc.) se encarniça para o desarmamento da sociedade correta, sem se preocupar em desarmar os bandidos.
Desde o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) até o final do governo Dilma Rousseff (PT), houve um bombardeio de ações no sentido de impedir que alguém legalmente pudesse adquirir uma arma para defesa de sua família.
Essas ações ficaram extremamente visíveis quando a maior rede da mídia nacional ocupou não só o seu noticiário, mas até os programas de lazer, como as telenovelas, na pregação desarmamentista.
O auge da campanha se deu na antevéspera do Natal de 2003, quando o Congresso, chefiado pelo notório Renan Calheiros fez aprovar, na calada da noite, por acordo de lideranças e num plenário conspurcado pelo mensalão, a famigerada Lei 10.827/2003, que ficou conhecida como Estatuto do Desarmamento.
Um referendo realizado em 2005 mostrou que quase dois terços dos brasileiros repudiavam a tentativa de controle social, medida autoritária inserida no Estatuto. Debalde, a campanha teve continuidade, e até hoje está em pleno vapor.
As tentativas do governo do presidente Jair Bolsonaro de promover uma abertura que permita a legítima defesa têm sido combatidas até o delírio pelo establishment. Quais os motivos alegados pela esquerda para promover a gigantesca campanha? A redução das mortes por armas de fogo — dizem seus adeptos.
Simples alegação, falácia cínica ou apalermada, pois existem não só uma vasta literatura como extensas estatísticas mostrando que desarmar quem é correto só dá confiança aos bandidos e concorre para o aumento da criminalidade.
Como esse vasto contingente esquerdista nunca é apalermado, como mostra sua voracidade pelo dinheiro público, seu apego a cargos bem remunerados e seu entusiasmado engajamento nas tribunas parlamentares, nos palcos e nas redações, fica restando o cinismo. Que é facilmente comprovado por alguns fatos que o leitor pode comprovar, como o de, em três décadas desarmando quem é decente, nunca se viu a menor preocupação dos governos ou de qualquer desses engajados da esquerda em fazer uma campanha para coibir o contrabando de armas para as facções criminosas.
Nunca, jamais, em tempo algum, nesses anos de governos marxistas houve uma sequer ação, mínima que fosse, para desarmar bandidos, enquanto se gastaram rios de dinheiro em desarmar a população que cumpre as leis. Outra mostra do despudor dessa gente está no fato, também indiscutível, de que sua atuação resulta em sentido contrário de sua pregação: No final do regime militar, em meados da década de 1980, tínhamos menos de 20.000 homicídios por ano, enquanto, no final do governo Dilma Rousseff, eram mais de 60.000. Impressionante, não? A desfaçatez fez também com que os desarmamentistas ficassem cegos para o fato de que as vendas de armas de pequeno calibre despencaram com o Estatuto do Desarmamento, as lojas de armas fecharam e os desportistas de tiro passaram a ter enormes dificuldades na prática do esporte, enquanto o contrabando corria solto, e a polícia apreendia armas de grosso calibre e alto preço nas mãos de traficantes, inclusive metralhadoras .50. Chegaram, para amedrontar a população, a usar argumentos aterradores, como o de que a proibição de armas era necessária para evitar as mortes acidentais de crianças por arma de fogo. Se o leitor consultar uma estatística de acidentes domésticos, verá que nossas crianças se acidentam por trânsito de veículos (nem por isso proibiremos os carros), afogamento (os esquerdistas adoram uma piscina e não vão propor proibi-las), sufocação, queimaduras (vamos banir fogões e abolir a eletricidade?), quedas, intoxicação por ingestão de medicamentos (vamos proibi-los?). Acidentes por arma de fogo são praticamente inexistentes, embora que a mídia faça um enorme estardalhaço, se ocorre algum.

Até hoje se promovem nas televisões entrevistas e debates com “especialistas” em segurança, que estão ali apenas para coonestar os argumentos do desarmamento, logo do controle social. Os verdadeiros especialistas em segurança, com larga experiência no setor, como o professor Bené Barbosa ou o advogado Fabricio Rebelo, jamais são chamados para uma entrevista ou um debate. Esse fato já gerou até anedota, nos meios dos CACs (colecionadores de armas, atiradores e caçadores): quando surge um gabola contando suas façanhas de difícil credibilidade na caça, no tiro ao alvo ou na pescaria, é uso dizer que ele mente mais que “especialista” da Rede Globo. E por falar nela, no domingo passado, dia 11, dando sempre continuidade à campanha pelo desarmamento social (nunca dos criminosos) no programa chamado “Fantástico”, foi apresentada uma reportagem de enorme parcialidade, visivelmente ofensiva aos CACs, mostrando-os como responsáveis por atos criminosos, algo a merecer um processo. O que essa mídia não mostra, até porque não tem como contrapor:
Em 2017 tínhamos registradas no SINARM (registro para cidadãos comuns) 637 mil armas. Em 2019, com a flexibilização do governo Bolsonaro, esses registros passaram para 1.056 mil. Um aumento de 66%. Tivemos, em 2017, mais de 65 mil homicídios. Uma Sra. Isabel Seixas de Figueiredo, de um tal Fórum Brasileiro de Segurança Pública afirmava, com a pompa ignorante dos ditos “especialistas”, que um aumento de 1% na venda de armas correspondia a 2% de aumento no número de homicídios. Deveríamos ter, então, pelos cálculos de Isabel, um salto de 65 para 107 mil assassinatos, em 2019. Tivemos uma queda dos 65 para 45 mil. Que sábios são esses “especialistas” da categoria de Isabel!
Em qualquer lugar do mundo (como em Portugal, onde aliás o governo é socialista) não há limitação de munição para os atletas do tiro esportivo. No Brasil, desde o Estatuto, essa limitação é severa. Tem-se um limite anual, que não pode ser ultrapassado, mesmo se o atleta estiver perto de disputar uma olimpíada. O presidente resolveu flexibilizar as quantidades de armas e munição passíveis de serem adquiridas, via de decretos voltados para CACs, policiais, membros do ministério público e magistrados. Foi um Deus nos acuda! Estava promovendo um aumento da criminalidade e facilitando a queda de munição na mão dos bandidos! – Gritavam os esquerdistas, logo eles, que também nunca se preocuparam com as munições traçantes que abundam nos morros cariocas, responsáveis pelos espetáculos pirotécnicos dos traficantes, e que não são vendidas no comércio.

A ministra Rosa Weber, do Supremo, acionada pelo PT, pelo PSOL, pelo PSB e pela Rede, partidos de extrema esquerda, mais que depressa os atendeu e mutilou os decretos presidenciais, prejudicando atiradores, magistrados, procuradores e policiais e não beneficiando ninguém, a não ser meia dúzia de deputados extremistas. A rapidez da ministra em atender o PSOL contrasta com a catatonia da Corte quando se trata de julgar suspeitos de avançar no dinheiro público, como Renan Calheiros, alvo de uma dúzia de processos há anos engavetados ali. E Lula, promete, se eleito em 2022, confiscar as armas que foram vendidas para os honestos. Quanto às armas dos bandidos, evidentemente, ele se cala.
Dan Gross é um ativista norte americano antiviolência, desde que teve um irmão gravemente ferido, em 1977, num tiroteio em New York. É por um controle inteligente das armas, coisa que nossos ativistas (que são também extremistas) não querem. São pelo coletivo, por definição: proibir armas para todos, menos para a divindade, o Estado. Dan Gross dizia, em reportagem no “New York Times”, no início do mês, ativista nem apalermado nem cínico que é: A questão não é proibir certas armas para todas as pessoas, mas proibir todas as armas para certas pessoas – aquelas que na verdade não podem ter armas. Nossos ativistas, nunca obtusos, mas sempre malandros, nunca dirão isso. E como os bandidos continuam facilmente se armando, quem cumpre a lei tem que se defender primeiro do establishment esquerdista para só então se defender dos sicários.