Governo enfrentada com sucesso, ou ao menos com grandes possibilidades de sucesso na Economia, na Segurança e na Infraestrutura

O ministro da Economia, Paulo Guedes | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

A deficiência generalizada no serviço público brasileiro, que não é segredo para ninguém, nos afeta principalmente na Economia, na Segurança, na Infraestrutura, na Saúde e na Educação. Em quase tudo, enfim. No atual governo, a sinalização é de que estas deficiências estão sendo enfrentadas com sucesso, ou ao menos com grandes possibilidades de sucesso na Economia, na Segurança e na Infraestrutura.

As medidas tomadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes já apresentam os primeiros resultados, traduzidos por uma lenta, mas segura, recuperação da atividade econômica e do emprego, mas de aceleração dificultada pela tramitação legal das medidas no Congresso. Um Congresso pouco afeito à rapidez e ao conhecimento dos problemas econômicos.

Quando em exercício de mandatos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, pude constatar que mais de 90% dos nossos congressistas tinham pouquíssima ou nenhuma noção da natureza dos problemas macroeconômicos e de como enfrenta-los. E pior: poucos tinham a humildade de reconhecer a própria ignorância.

O ministro Paulo Guedes começa a superar essa deficiência via do diálogo com o Congresso, que de alguma forma está percebendo a necessidade e a urgência das medidas propostas, embora algumas ainda se arrastem pelo Senado. O problema é que o tempo urge. E os reflexos de algumas medidas, como a reforma da Previdência, demandam também tempo para serem sentidos. Aquelas tomadas até agora têm sido apropriadas, mas somente daqui a um ou dois anos produzirão resultados práticos mais robustos.

 

Segurança

Na Segurança, os resultados já aparecem no primeiro ano do governo Bolsonaro. Houve dificuldades no setor, é verdade. O pacote anticrime do ministério da Justiça foi desfigurado no Congresso, a prisão em segunda instância foi derrubada no Supremo. Mas a credibilidade e a respeitabilidade do ministro Sérgio Moro, aliadas ao afastamento do “politicamente correto” que reinou nos governos Fernando Henrique, Lula e Dilma e que nos levou ao absurdo número de mais de 60 mil assassinatos por ano (além dos outros crimes em números astronômicos e do domínio dos presídios por facções criminosas), começam a refletir na queda dos índices de criminalidade.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro | Foto Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Ainda persistem a impunidade em muitos setores com a corrupção, a leniência de parcela da justiça e a lentidão do processo penal, mas dificilmente tudo muda da noite para o dia. A imprensa de esquerda ainda faz a bandidagem de vítima e persegue com virulência o policial. Mas bastou uma mudança de atitude do governo para com a criminalidade para que tivéssemos uma queda de 25% no número de assassinatos em 2019, resultado nada desprezível.

Quanto à Infraestrutura, já falaremos. Antes, devemos notar, no que respeita à Saúde e à Educação, que a coisa vai mais devagar. O ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, passou um ano bem apagado. Não demonstrou, até agora, o entusiasmo e a criatividade que dele se aguardam. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, não só está sob a artilharia pesada de toda a esquerda nacional exterior ao ministério, como sob a sabotagem da máquina educacional contaminada por 30 anos de degenerescência ideológica e patrulhamento marxista.  Não foi em um ano e nem será em dois que vai conseguir pôr ordem na casa.

Infraestrutura

Por outro lado, se examinarmos o que se passou durante 2019 no ministério da Infraestrutura, temos que reconhecer que há décadas não surgia na pasta um ministro como Tarcísio Gomes de Freitas, com tanta criatividade, empenho e otimismo. E que, além disso, presta contas do que faz, sempre claro e seguro em suas aparições na mídia (aquela que lhe dá espaço, é claro!). Sua formação educacional e profissional inteiramente militar projeta na sua atuação a correção, o planejamento, a disciplina e persistência que adquiriu na carreira. Tem uma visão clara dos problemas da pasta, que repercutem na economia como um todo, e sabe como resolvê-los. Quando não tem essa visão, vai busca-la in loco.

Os obstáculos são muitos, mas é otimista. Já começou a tomar medidas efetivas, já há resultados, e mais reflexos visíveis virão dentro de um ou dois anos, no máximo. Os resultados começam na retomada das obras paradas. O melhor exemplo é o da conclusão da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém). A conclusão da estrada, em dezembro de 2019, com o encabeçamento de pontes e pavimentação de cerca de sessenta quilômetros, aguardou por quase quarenta anos. Custou o sacrifício de muitos caminhoneiros, que por vezes, na estação chuvosa, impedidos de prosseguir pelos atoleiros, faziam filas de até 50 quilômetros, por até dez ou quinze dias.

Ministro da Infraestrutura, Tarcisio Gomes de Freitas | Foto: Wilson Dias / Agência Brasil

Com o concurso do Exército, as obras foram concluídas sem delongas, sem desculpas e sem corrupção. Ponto para o Ministério da Infraestrutura e para o Exército. Ponto também para a infraestrutura portuária, pois fica liberado o acesso ao porto de Miritituba, no Pará e desafogado o de Santos. O ministério promoveu, em 2019, 27 concessões, de ferrovias, rodovias e aeroportos, destacando-se a concessão do trecho da ferrovia Norte-Sul (trecho Porto Nacional – Anápolis-Ouro Verde – Estrela do Oeste).

Esta concessão é de muita importância na mais rápida operação da ferrovia, que além de ser importante por si, o é também pela integração de nossa malha ferroviária que tanto deixa a desejar. Além de ser uma obra que se arrasta desde 1985, e que já deu margem a muito aproveitamento e muita corrupção. O ministro informa, e não temos porque duvidar, que no presente ano deverão ser feitas mais de 40 concessões, entre aeroportos, portos, ferrovias e rodovias. Nossa matriz de transporte, inteiramente (ou quase) voltada para as rodovias, deverá, gradativamente, ir se equilibrando com os modais ferroviário, de navegação fluvial e de cabotagem.

Norte-Sul

Quem percorre os EUA ou a Europa por terra percebe o quanto perdemos por falta de ferrovias adequadas. Um trem de carga que normalmente leva 50 vagões, retira das rodovias pelo menos 60 caminhões, a preços bem mais baixos, com maior rapidez e segurança, além de aliviar as rodovias do trânsito pesado. Os trens de passageiros, desconhecidos no Brasil, são a opção de viagem mais barata, pontual, segura e confortável de que dispõem, por exemplo, os europeus. O ministro Tarcísio pretende, agora que fez a concessão da Norte-Sul, conceder a Leste-Oeste e a EF-170, a chamada Ferrogrão (Rondonópolis-Cuiabá-Sinop-Miritituba). Quer, nos próximos dois anos, dobrar a oferta de caminhos de ferro da malha paulista. Caso consiga atingir essas metas, será ele o primeiro a dar um passo importante no rumo de corrigir nossa inegável deficiência em estradas de ferro.

Não fica só nas ferrovias a ambição otimista do ministro. Como a concessão da via Dutra vence em 2021, ele já planeja a nova concessão desde 2019, algo alvissareiro, depois de 30 anos de governos que não planejavam, desde Fernando Henrique. Na nova concessão, quer o ministério da Infraestrutura não só conceder o trecho atual, como agregar a ele um trecho 200 km da Rio-Santos, que vai de Ubatuba (SP) até Itaguaí (RS). As melhorias na mais importante rodovia brasileira serão muitas, com passarelas, marginais e iluminação.

Os investimentos privados previstos ultrapassam os 15 bilhões de reais, cifra importante para um pais que esgotou a capacidade de investimento do setor público. Além disso, o valor dos pedágios, pelos primeiros estudos, devem baixar cerca de 8%. Inusitado? Sim. Impossível? Evidentemente, não. Que o ministro Tarcísio consiga cumprir suas metas. O Brasil agradecerá.