A “grande” imprensa não mostra a atuação do ministério da Infraestrutura
09 fevereiro 2020 às 00h00
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Governo enfrentada com sucesso, ou ao menos com grandes possibilidades de sucesso na Economia, na Segurança e na Infraestrutura
A deficiência generalizada no serviço público brasileiro, que não é segredo para ninguém, nos afeta principalmente na Economia, na Segurança, na Infraestrutura, na Saúde e na Educação. Em quase tudo, enfim. No atual governo, a sinalização é de que estas deficiências estão sendo enfrentadas com sucesso, ou ao menos com grandes possibilidades de sucesso na Economia, na Segurança e na Infraestrutura.
As medidas tomadas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes já apresentam os primeiros resultados, traduzidos por uma lenta, mas segura, recuperação da atividade econômica e do emprego, mas de aceleração dificultada pela tramitação legal das medidas no Congresso. Um Congresso pouco afeito à rapidez e ao conhecimento dos problemas econômicos.
Quando em exercício de mandatos na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, pude constatar que mais de 90% dos nossos congressistas tinham pouquíssima ou nenhuma noção da natureza dos problemas macroeconômicos e de como enfrenta-los. E pior: poucos tinham a humildade de reconhecer a própria ignorância.
O ministro Paulo Guedes começa a superar essa deficiência via do diálogo com o Congresso, que de alguma forma está percebendo a necessidade e a urgência das medidas propostas, embora algumas ainda se arrastem pelo Senado. O problema é que o tempo urge. E os reflexos de algumas medidas, como a reforma da Previdência, demandam também tempo para serem sentidos. Aquelas tomadas até agora têm sido apropriadas, mas somente daqui a um ou dois anos produzirão resultados práticos mais robustos.
Segurança
Na Segurança, os resultados já aparecem no primeiro ano do governo Bolsonaro. Houve dificuldades no setor, é verdade. O pacote anticrime do ministério da Justiça foi desfigurado no Congresso, a prisão em segunda instância foi derrubada no Supremo. Mas a credibilidade e a respeitabilidade do ministro Sérgio Moro, aliadas ao afastamento do “politicamente correto” que reinou nos governos Fernando Henrique, Lula e Dilma e que nos levou ao absurdo número de mais de 60 mil assassinatos por ano (além dos outros crimes em números astronômicos e do domínio dos presídios por facções criminosas), começam a refletir na queda dos índices de criminalidade.
Ainda persistem a impunidade em muitos setores com a corrupção, a leniência de parcela da justiça e a lentidão do processo penal, mas dificilmente tudo muda da noite para o dia. A imprensa de esquerda ainda faz a bandidagem de vítima e persegue com virulência o policial. Mas bastou uma mudança de atitude do governo para com a criminalidade para que tivéssemos uma queda de 25% no número de assassinatos em 2019, resultado nada desprezível.
Quanto à Infraestrutura, já falaremos. Antes, devemos notar, no que respeita à Saúde e à Educação, que a coisa vai mais devagar. O ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde, passou um ano bem apagado. Não demonstrou, até agora, o entusiasmo e a criatividade que dele se aguardam. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, não só está sob a artilharia pesada de toda a esquerda nacional exterior ao ministério, como sob a sabotagem da máquina educacional contaminada por 30 anos de degenerescência ideológica e patrulhamento marxista. Não foi em um ano e nem será em dois que vai conseguir pôr ordem na casa.
Infraestrutura
Por outro lado, se examinarmos o que se passou durante 2019 no ministério da Infraestrutura, temos que reconhecer que há décadas não surgia na pasta um ministro como Tarcísio Gomes de Freitas, com tanta criatividade, empenho e otimismo. E que, além disso, presta contas do que faz, sempre claro e seguro em suas aparições na mídia (aquela que lhe dá espaço, é claro!). Sua formação educacional e profissional inteiramente militar projeta na sua atuação a correção, o planejamento, a disciplina e persistência que adquiriu na carreira. Tem uma visão clara dos problemas da pasta, que repercutem na economia como um todo, e sabe como resolvê-los. Quando não tem essa visão, vai busca-la in loco.
Os obstáculos são muitos, mas é otimista. Já começou a tomar medidas efetivas, já há resultados, e mais reflexos visíveis virão dentro de um ou dois anos, no máximo. Os resultados começam na retomada das obras paradas. O melhor exemplo é o da conclusão da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém). A conclusão da estrada, em dezembro de 2019, com o encabeçamento de pontes e pavimentação de cerca de sessenta quilômetros, aguardou por quase quarenta anos. Custou o sacrifício de muitos caminhoneiros, que por vezes, na estação chuvosa, impedidos de prosseguir pelos atoleiros, faziam filas de até 50 quilômetros, por até dez ou quinze dias.
Com o concurso do Exército, as obras foram concluídas sem delongas, sem desculpas e sem corrupção. Ponto para o Ministério da Infraestrutura e para o Exército. Ponto também para a infraestrutura portuária, pois fica liberado o acesso ao porto de Miritituba, no Pará e desafogado o de Santos. O ministério promoveu, em 2019, 27 concessões, de ferrovias, rodovias e aeroportos, destacando-se a concessão do trecho da ferrovia Norte-Sul (trecho Porto Nacional – Anápolis-Ouro Verde – Estrela do Oeste).
Esta concessão é de muita importância na mais rápida operação da ferrovia, que além de ser importante por si, o é também pela integração de nossa malha ferroviária que tanto deixa a desejar. Além de ser uma obra que se arrasta desde 1985, e que já deu margem a muito aproveitamento e muita corrupção. O ministro informa, e não temos porque duvidar, que no presente ano deverão ser feitas mais de 40 concessões, entre aeroportos, portos, ferrovias e rodovias. Nossa matriz de transporte, inteiramente (ou quase) voltada para as rodovias, deverá, gradativamente, ir se equilibrando com os modais ferroviário, de navegação fluvial e de cabotagem.
Norte-Sul
Quem percorre os EUA ou a Europa por terra percebe o quanto perdemos por falta de ferrovias adequadas. Um trem de carga que normalmente leva 50 vagões, retira das rodovias pelo menos 60 caminhões, a preços bem mais baixos, com maior rapidez e segurança, além de aliviar as rodovias do trânsito pesado. Os trens de passageiros, desconhecidos no Brasil, são a opção de viagem mais barata, pontual, segura e confortável de que dispõem, por exemplo, os europeus. O ministro Tarcísio pretende, agora que fez a concessão da Norte-Sul, conceder a Leste-Oeste e a EF-170, a chamada Ferrogrão (Rondonópolis-Cuiabá-Sinop-Miritituba). Quer, nos próximos dois anos, dobrar a oferta de caminhos de ferro da malha paulista. Caso consiga atingir essas metas, será ele o primeiro a dar um passo importante no rumo de corrigir nossa inegável deficiência em estradas de ferro.
Não fica só nas ferrovias a ambição otimista do ministro. Como a concessão da via Dutra vence em 2021, ele já planeja a nova concessão desde 2019, algo alvissareiro, depois de 30 anos de governos que não planejavam, desde Fernando Henrique. Na nova concessão, quer o ministério da Infraestrutura não só conceder o trecho atual, como agregar a ele um trecho 200 km da Rio-Santos, que vai de Ubatuba (SP) até Itaguaí (RS). As melhorias na mais importante rodovia brasileira serão muitas, com passarelas, marginais e iluminação.
Os investimentos privados previstos ultrapassam os 15 bilhões de reais, cifra importante para um pais que esgotou a capacidade de investimento do setor público. Além disso, o valor dos pedágios, pelos primeiros estudos, devem baixar cerca de 8%. Inusitado? Sim. Impossível? Evidentemente, não. Que o ministro Tarcísio consiga cumprir suas metas. O Brasil agradecerá.