Vanderlan chega ao PSD para disputar qual eleição?
16 fevereiro 2020 às 00h00
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Sem espaço para se candidatar ao governo em 2022 no PP, senador abre espaço no PSD para consolidar alianças. Resta saber em qual pleito Vanderlan estará
Vanderlan Cardoso (PP) chega a 2020 com possibilidades eleitorais que muitos políticos goianos gostariam de ter. Senador eleito em 2018, foi prefeito de Senador Canedo reeleito em 2008. Deixou a gestão na Região Metropolitana para ser duas vezes candidato a governador (2010 e 2014).
Em 2016, o goiano de Iporá chegou ao segundo turno nas eleições municipais em Goiânia. Quatro anos depois, o político de 57 anos, mesmo após três derrotas em pleitos executivos, consolidou força eleitoral para ser cotado novamente como pré-candidato na capital.
Tanto que ver seu nome bem cotado em Goiânia por adversários despertou interesse no pepista em migrar para o PSD e ter o apoio do partido para entrar na corrida, possivelmente mais uma vez contra o prefeito Iris Rezende (MDB). É claro que nem tudo é tão óbvio, fácil e bem resolvido.
Disputa interna
Vale lembrar que o PSD já tem um pré-candidato a prefeito. E é justamente o deputado federal Francisco Júnior, que entrou na disputa pela Prefeitura de Goiânia como um nome relativamente desconhecido.
Ao final do primeiro turno, o parlamentar atingiu um crescimento eleitoral que surpreendeu os adversários. E por pouco não terminou a corrida pelos votos no terceiro lugar. Tanto que Francisco Júnior recebeu 63.712 votos.
Ficou logo atrás do deputado federal Delegado Waldir (PSL), que estava no PR e começou as pesquisas empatado com Iris no primeiro lugar. Waldir acabou o primeiro turno na terceira colocação e os votos de 71.727 eleitores da capital.
Quem vai
Hoje sem partido, a vereadora Sabrina Garcez, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Câmara, já deixou claro que pretende seguir os passos partidários de Vanderlan.
Para parlamentar, acompanhar o senador no PSD é um caminho natural. “Se ida dele está definida, a minha também está”, disse a representante do Legislativo da capital.
Sabrina também conversa sobre uma possível filiação ao PDT, da deputada federal Flávia Morais. O partido tem como pré-candidato a prefeito em Goiânia o vereador Paulinho Graus. Inclusive, o parlamentar pedetista recebeu o apoio do presidente nacional, o ex-ministro Carlos Lupi, em passagem pela capital na semana passada.
Outro caminho
Com isso, a ida de Sabrina para o PDT a afastaria dos planos de apoiar Vanderlan na pré-candidatura a prefeito. Por outro lado, a chegada do senador e da vereadora de oposição ao prefeito Iris Rezende ao PSD pode ocasionar algumas saídas.
Se a chegada de Vanderlan e Sabrina podem fortalecer o PSD, presidido em Goiás pelo ex-deputado federal Vilmar Rocha, a filiação representa um empurrão daqueles para que Francisco Júnior busque outra freguesia. Isso se o senador levar adiante os planos de ser candidato a prefeito em 2020.
Caso o deputado federal queira mesmo manter a pré-candidatura, Francisco Júnior não teria espaço diante do interesse de Vanderlan na disputa pelo cargo majoritário a capital. Além de Francisco, a entrada do senador no jogo pode forçar a saída da vereadora Priscilla Tejota.
Adeus, PSD?
No PSD por questões familiares, Priscilla foi lançada pelo marido, o então deputado estadual Lincoln Tejota, que também estava no partido, a vereadora em 2016. Eleita, a parlamentar viu o vice-governador deixar o PSD e migrar para o Pros.
Como Lincoln se filiou na semana passada ao Cidadania, partido em que assumirá a presidência estadual, os planos políticos do casal se separam. Enquanto o vice-governador declarou apoio à pré-candidatura a prefeito do deputado estadual Virmondes Cruvinel (Cidadania), a vereadora tem se afastado dos projetos do marido.
Expoente da oposição nos primeiros anos de atuação na Câmara, Priscilla está cada vez mais próxima do prefeito Iris Rezende (MDB). A própria vereadora disse em entrevista ao Jornal Opção no ano passado que tem muito carinho pelo emedebista, que também demonstra gostar muito da vereadora.
E 2022?
Se os planos de Vanderlan estiverem focados apenas em 2022, sem passar pela disputa da Prefeitura de Goiânia, o senador pode ganhar em Francisco Júnior um aliado. O fato estreitaria a relação política com o presidente do PSD, Vilmar Rocha, e talvez não afaste Priscilla Tejota da sigla.
A construção da aliança em torno no nome de Francisco Júnior daria apoio e fortalecimento ao projeto eleitoral de Vanderlan ao governo do Estado.
Se faltou espaço no PP após a aliança administrativa entre o presidente pepista, o ex-ministro e secretário estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, e a gestão do governador Ronaldo Caiado (DEM), o caminho no PSD parece interessante aos planos do senador.
Tudo depende das decisões Vanderlan que tomar, o grupo que conseguir formar e os adversários que criará nos próximos dois anos.