Tocantins

Qualquer que for o governador eleito terá um grande desafio pela frente: aplicar um choque de gestão que leve o Estado a recuperar a sua capacidade de investimento e assumir a condição de indutor de um novo ciclo de desenvolvimento
Após quase um mês de debate interno e organização da estrutura, a campanha finalmente toma o caminho das ruas. A partir de agora começa a temporada de comícios, principal suporte do palanque eletrônico que pode ter influência decisiva no pleito
João Ribeiro Júnior, o JR, derrapa feio na largada da campanha para deputado federal. O todo-poderoso herdeiro do senador João Ribeiro sofreu intervenção no comando do PRTB regional por desobedecer a orientação quanto à aliança. O partido decidiu lançar candidato próprio a ter que coligar com o governo. O jovem líder não poderia iniciar pior uma carreira política promissora.
Novamente o deputado José Bonifácio (PR) acertou. O deputado alertou que o julgamento político na rejeição das contas do ex-governador Marcelo Miranda (PMDB) pela Assembleia Legislativa não teria efeito legal e que além de diminuir o Parlamento contribuiria para aumentar o prestígio político do peemedebista. Bonifácio já tinha denunciado a manobra da bancada do governo na “fabricação” de um decreto que tinha como objetivo criar subterfúgios para caracterizar inelegibilidade de Miranda. O decreto por si só já é uma aberração
A senadora Kátia Abreu (PMDB) prevê que a campanha vai começar mesmo de verdade a partir de agosto, mas observa que os candidatos que não querem perder tempo vão manter contato com o povo visitando as praias. Revela que esta vai ser a sua agenda e a do candidato a governador Marcelo Miranda durante o mês de julho. “Vamos fazer visitas às cida
Os candidatos Marcelo Miranda, da coligação A experiência é que faz a mudança (PMDB-PV-PT-PSD), Sandoval Cardoso, da coligação A mudança que a gente vê, (SD-PSDB- PTB-PDT-DEM-PPS-PSB-PRB-PP-PR-PTC-PEN-PHS-PSL-PRP-PSC), Ataídes Oliveira, da coligação Reage Tocantins (Pros-PTN-PCdoB- PMN-PPL-PSDC-PTdoB), Carlos Potengi (PCB) e Joaquim Rocha (PSol) cumprem agenda de campanha, cada um ao seu modo. Sandoval Cardoso nas ações do governo e os candidatos de oposição na ausência das ações do governo.
Desde o dia 6 que os candidatos estão liberados para fazer campanha. No Tocantins a impressão é que a campanha eleitoral ainda não começou. Na verdade a campanha já começou. É certo que meio truncada e restrita aos bastidores, onde acontece uma verdadeira guerra declarada. A campanha de rua só começa mesmo a partir do início de agosto. No Tocantins a campanha tradicional começa no dia 1º agosto, quando se encerra a Romaria do Senhor do Bonfim, em Natividade.
A disputa é dramática. Se não bastasse o número elevado de candidatos, ao todo 274, o nível também subiu nesta eleição. Disputam as 24 cadeiras da Assembleia Legislativa, 2 ex-senadores, 4 ex-deputados federais, mais de 20 ex-prefeitos além dos atuais detentores das cadeiras que são candidatos à reeleição e levam certa vantagem na disputa. Ainda assim tem espaço para os novos. O nível de desgaste do Parlamento coloca os jovens na preferência dos eleitores.
O ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB) desistiu da candidatura à Câmara Federal, mas vai se manter na disputa. Quintanilha anuncia que agora é candidato a deputado estadual. Pela carreira e militância que ainda exerce Quintanilha tem chances reais de se eleger. Exerceu dois mandados de deputado federal e dois de senador. É o atual presidente da Federação Tocantinense de Futebol(FTF).
A rejeição a qualquer associação com a imagem do ex-governador Siqueira Campos (PSDB) está levando os marqueteiros que atuam nas campanhas no Tocantins a desconfiar que o eleitor não está julgando só a falta de resultado do governo, que é flagrante, mas também está reprovando uma prática política que parece eficiente, mas que fere a opinião pública. O problema é que Siqueira sempre priorizou os conchavos em detrimento de entendimentos em torno de propostas.
O ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão (PT) está na briga por uma cadeira na Assembleia Legislativa. Mourão é o nome mais cotado para ocupar a primeira suplência da senadora Kátia Abreu, mas perdeu a indicação para o suplente de deputado e ex-presidente do PT Donizeti Nogueira. Se der tudo certo como está planejando disputa com Eduardo Siqueira Campos a presidência da Assembleia.
A coligação A mudança que você vê, encabeçada pelo governador Sandoval Cardoso, perde mais um partido. Desta vez ficou sem o PRTB que decidiu lançar candidato próprio. Antes já tinha perdido o PCdoB, que voltou atrás e fez coligação com a coligação Reage Tocantins, encabeçada pelo senador Ataídes Oliveira (ProsS). A coligação governista agora soma “só” 16 siglas.
A senadora Katia Abreu informa que acaba de empenhar recursos da ordem de R$ 1,5 milhão junto ao Ministério do Turismo, para pavimentação da via de acesso ao Santuário do Senhor do Bonfim. O pedido havia sido feito à presidente Dilma Rousseff pela senadora em audiência no Palácio do Planalto no dia 7 de maio. Segundo Kátia Abreu, os recursos serão aplicados no asfaltamento da estrada dos romeiros (paralela à rodovia estadual) e na instalação de estações definitivas de apoio aos fiéis no percurso. A senadora ainda solicitou infraestrutura para o povoado de Bonfim, onde será construído o novo santuário.
A senadora Kátia Abreu (PMDB) enviou nota à população repudiando o que classificou de prepotência e arrogância do advogada Juvenal Klayber, do Solidariedade, ao reputar como fraudulentas e de enganação do eleitor as candidaturas do ex-governador Marcelo Miranda e deputado Marcelo Lelis. “Além de desrespeitar o Poder Judiciário, com declarações intempestivas e fazendo uso de expediente não compatível com o que se exige de um operador do direito, em fórum completamente inadequado, demonstra o advogado arrogância, especialmente quanto ao menosprezo ao Tribunal Superior Eleitoral que tem jurisprudência pacificada sobre o assunto, com reiterados acórdãos dos Ministros do TSE e posicionamentos de Ministros do STF, lugar competente para dirimir questões jurídicas, que garantem a candidatura de Marcelo Miranda em função de sua condição de elegibilidade em 5 de outubro, posto atender ao disposto na Lei do Ficha Limpa”, esclarece a senadora em trecho da nota.

Candidato a governador afirma que a eleição indireta que levou Sandoval Cardoso ao Palácio Araguaia não afastou os Siqueira do poder. Para ele, Eduardo continua dando as ordens como no governo do pai