Opção cultural

Atores e produtores no Rio de Janeiro, eles propõem a realização de um projeto cultural No sábado, 26, os atores e produtores Anna Sant´Ana e Rogério Garcia ministram o Workshop de Produção Cultural, no Sesc Centro. Com duração de 4 horas, o objetivo do encontro é introduzir conhecimentos para a realização de um projeto cultural, incentivando artistas a terem autonomia na produção e realização de seus projetos, para que possam colocar em prática as suas ideias. Dentre os temas abordados estão a criação e o desenvolvimento de uma ideia; passo a passo na produção de um projeto; introdução a leis de incentivo e editais; produção e realização de um espetáculo entre outros assuntos relacionados a proposta do workshop. O curso é direcionado para atores, estudantes, artistas em geral e produtores. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas na Central de Atendimentos do Sesc Centro. As vagas são limitadas. Serviço Workshop de Produção Cultural Data: sábado, 26 de setembro Horário: 13h30 às 18h30 Inscrição gratuita no Sesc Centro Emissão de certificado

[gallery type="slideshow" size="large" ids="46060,46061"] Após uma longa turnê na Europa, Herz mistura ritmos brasileiros e africanos com a improvisação de jazz “Aqui é o meu Lá”, com Ricardo Herz Trio, lembra o resfolego da sanfona, parece o ronco da rabeca, mas é violino. E da mais alta qualidade. Com a influência de Dominguinhos, Luiz Gonzaga, Egberto Gismonti, Jacob do Bandolim, entre outros, eles misturam ritmos brasileiros, africanos e o sentido de improvisação do jazz. O trio, formado por Herz, Pedro Ito (bateria e percussão) e MichiRuzitschka (violão 7 cordas), se apresenta no Centro Cultural da Universidade Federal de Goiás (CCUFG), na sexta-feira, 18. As composições são próprias e se dividem entre o repertório do disco “Aqui é o Meu Lá” com músicas ainda inéditas, que estarão no próximo disco do trio, “Torcendo a Terra”. Destacando-se por seu suingue, originalidade e energia, o trio acaba de chegar de uma turnê de 18 shows na França. Desde que lançou seu mais recente trabalho solo, o “Aqui é o meu Lá”, o grupo tem se apresentado nos principais teatros e festivais do Brasil e exterior, com uma contagiante presença de palco. Músico Graduado em violino erudito pela USP, sua sólida formação vem da renomada Berklee College of Music, nos Estados Unidos, e da Centre des Musiques Didier Lockwood, escola do violinista francês Didier Lockwood, uma lenda do violino jazz. Com Lockwood, Herz tocou nas principais capitais brasileiras durante as celebrações do Ano da França no Brasil. Após viver nove anos na França, o violinista levou sua música para os quatro cantos do mundo: tocou em Festivais na Malásia, no México, na Holanda, em clubes de Jazz na Rússia, em Israel, na Dinamarca e gravou com músicos de diversos países. De volta ao Brasil em 2010, Herz tem participado de muitos projetos e colaborado com músicos de todo o país. Em 2011, se apresentou como solista ao lado de Dominguinhos, abrindo a temporada anual da Orquestra Jazz Sinfônica no Auditório Ibirapuera. Formou um duo com o vibrafonista, multinstrumentista e compositor mineiro Antonio Loureiro (com quem acaba de lançar um CD) e foi selecionado no Rumos Música 2010-2012, do Itaú Cultural, onde nasceu mais um duo, dessa vez com o gaúcho Samuca do Acordeon. Com a camerata Cantilena Ensemble, tem tocado o repertório do seu disco infantil. Herz também tem dedicado parte de seu tempo no ensino e difusão do violino popular. Serviço “Aqui é o meu Lá” com Ricardo Herz Trio Data: sexta-feira, 18 de setembro Horário: 20h Local: Centro Cultural UFG Entrada Franca

[caption id="attachment_45993" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
Natânia Carvalho
Especial para o Jornal Opção
A minha ingratidão vale mais do que todos os seus sorrisos juntos, porque agora, só agora, sei que devia ter te procurado mais cedo. Deveria ter gritado seu nome na rua, ter levantado naquele feriado, deveria ter te seguido, te intimidado, te assustado.
Você veio tarde. Tarde como seus meios risos tortos, quebrados, incompletos, sempre atrasados.
E, então, você gritou. Jogou coisas fora. Esmurrou o próprio peito. Brincou com as veias do pescoço. E eu não me mexi. E você ficou vermelha. E quebrou as coisas que havia jogado fora. E arrancou os cabelos. E eu só pisquei duas vezes, embora você não tenha notado.
Senti a porta fechando atrás de mim. Com força. Sua raiva controlava o vento, batendo a maçaneta de novo e de novo e de novo, como uma balada furiosa. E eu não fiz nada, por que era a primeira vez que eu via sua alma; ela era vermelha, quente, salgada e ficara presa no fecho, perto da maçaneta que ainda vibrava.
Empurrei a porta, puxei a alma e vi o momento exato em que sua fina membrana se partiu. Eu vi a dor, o tecido, o pulsar, mas eu queria o
quente,
o vermelho,
o sal.
Natánia Carvalho é jornalista.

Olha quem já está por aqui? A Playlist Opção, que reúne as músicas mais embalam os foninhos da equipe do Jornal Opção. É só dar play e relaxar. Black Alien – Babylon By Gus Dalida e Alain Delon - Paroles Paroles Iron Maiden – Hallowed Be Thy Name Mapei – Don't Wait Naughty Boy - Runnin' (Lose It All) feat. Beyoncé e Arrow Benjamin O Rappa – Hey Joe Skank – Ela Me Deixou The Neighbourhood – R.I.P. 2 My Youth Tom Jobim – Copacabana Tourniquet – Fed by Ravens, Eaten by Vultures Violator – Futurephobia While She Sleeps – Four Walls Wilson Simonal - Tributo a Martin Luther King

[caption id="attachment_45812" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
Yago Rodrigues Alvim
"Necessário, somente o necessário, o extraordinário é demais", cantava o menino-lobo, acompanhado de Baloo e Bagheera. A canção marcou a infância de muito marmanjo, fosse pela alegria-ingênua de Mogli, por quão estabanado era o urso Baloo ou, ainda, pela proteção carinhosa-rabugenta e mais que demais da pantera Bagheera. Muitos VHSs e sessões da tarde com os primos todos eram embalados pela história do menino-lobo, que acaba de ganhar uma nova produção, dirigida por ninguém menos que Jon Favreau, de Homem de Aço.
A versão traz apenas Neel Sethi (Mogli) para os sets. Com os efeitos especiais assinado por Rob Legato, de Avatar, o longa traz Bill Murray (Baloo), Christopher Walken (Rei Louie, o chefe da trupe de macacos e orangotangos da selva), Giancarlo Esposito (Akela, líder da matilha de lobos), Ben Kinglsey (Bagheera), Scarlett Johansson (a cobra píton Kaa), Lupita Nyong'o (loba Rakcha) e Idris Elba (tigre Shere Khan) no elenco.
Com o título "The Jungle Book" (ou Mogli - O Menino Lobo) estreia em abril de 2016. Assista abaixo o trailer.

Festival foi reprovado no último edital da Lei de Incentivo à Cultura sob o argumento de que o projeto não demonstrou “o impacto e a relevância cultural suficiente”

[caption id="attachment_45695" align="alignleft" width="300"] Divulgação[/caption]
Em sua 5ª edição, a Mostra de Dança Contemporânea do Basileu França (Itego) tem início no sábado, 19. Com oficinas e apresentações, a mostra, que continua no dia seguinte, tem como objetivo difundir as diversas expressividades da dança contemporânea e propor um diálogo, afim da descoberta do que tem sido desenvolvido e proposto nos demais espaços. Segundo o professor Eurim Pablo, a intenção é que grupos e cias de dança e artistas possam trocar suas experiências, discutirem as linguagens, além da exposição/apresentações. Os ingressos custam R$ 10, antecipados.

Atualmente residindo no Canadá, o escritor e médico volta a Goiás para registrar sua saudade

O Jornal Opção publica, nesta edição, o prefácio do livro “Os Vira-Latas da Madrugada”, de Adelto Gonçalves, escrito pelo jornalista Marcos Faerman (1943-1999). Sob intervenção do BNDES, o livro foi publicado em 1981, mas teve seu prefácio cortado pela editora, que receava represálias do governo militar. Após 34 anos, a obra ganha sua segunda edição pela Associação Cultural LetraSelvagem (Taubaté/SP), trazendo um texto até então desconhecido: o prefácio de Faerman. Confira a entrevista feita com o autor do livro, Adelto Gonçalves.
[caption id="attachment_45431" align="alignright" width="620"] Com diversos trabalhos na chamada “imprensa alternativa”, Marcos Faerman (1943-1999) tornou-se conhecido pela prática do jornalismo literário[/caption]
Marcos Faerman
“Os Vira-Latas da Madrugada”, de Adelto Gonçalves, é um romance de sons delicados e de histórias tristes. Em suas páginas, sopra o vento, bate a chuva, se ouve a ressaca do mar — e as vozes dos homens, sempre as vozes, construindo penosamente a narrativa e a vida de personagens que nos desafiam pela sua não-linearidade: marinheiros, prostitutas, malandros do cais, gente que vive no porto de Santos e que é subitamente cercada por um desses momentos-limites da História, como foi o ano de 1964 nessa cidade.
Como é difícil o mundo para alguns homens! Como nosso planeta, nosso país, não parecem feitos para os homens — mas contra os homens, principalmente para os heróis e anti-heróis de Adelto. Nas conversas do cais, dos bares, nas luzes vermelhas e nas sombras dos cabarés as vozes murmuram “sempre seremos uns fracassados”. E como não se entender que flua com tanta insistência e consistência o sentimento de que ser humano é uma vergonha, quando os homens perdem até o direito ao sonho? Nessa história, nos comove o desejo de seu autor de reconstruir um circuito da vida de nossa Nação, da vida de alguns homens em certo espaço. A memória de Adelto se abre para o abismo do momento em que o autoritarismo se implanta violentamente no país.
E a memória do autor passa a ser também a memória dos outros, personagens de uma história densa como o mitológico Nego Orlando, célebre no porto por sua arte na dança e na briga; homem que as grã-finas de São Paulo buscavam para algumas horas de amor, porque também nisso ele era bom, famoso... Por onde passava no porto, se abriam alas de reverência... “Lá vai o Nego Orlando”, aquele que participou da revolta da Ilha Anchieta e deixou de lado os colegas bandidos na hora em que eles ameaçaram matar crianças, mulheres... “Lá vai o Nego Orlando...”.
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A ilustração, de Enio Squef, compõe a obra de Adelto Gonçalves, “Os Vira-Latas da Madrugada”[/caption]
Esta é uma história de muitas histórias e algumas confissões. O contraponto à narrativa é um discurso tímido do autor; breve interferência na vida que sopra aqui e ali, nos desenhos do cenário e personagens; e é assim que um tempo vai se construindo para os que o viveram e não o viveram. Adelto, como um Jorge Semprún, se coloca na postura de quem usa a linguagem para cavar no poço da memória.
“Eu era muito pequeno”, conta Adelto, “quando algumas dessas histórias aconteceram. Mas, enquanto as escrevia, ouvi vozes. Vozes de pessoas que já não estão mais entre nós — perdidas por aí, por este mundo imenso, numa cova rasa e sem lápide, ou no fundo do mar”. Personagem e autor vasculhando a memória fazem do romance uma obra contemporânea, implicada no discurso que busca resgatar o tempo e a possibilidade até de sermos humanos.
Porque se Merleau-Ponty tem razão quando diz que “uma sociedade vale pelo que nela valem as relações do homem com o homem” — o que valerá a nossa sociedade? Envoltas na neblina (é beira-mar), caminham essas vidas confusas em que o antigo militante comunista é hoje, ontem, recolhedor de apostas do jogo do bicho e os homens parecem caminhar para algum lugar indefinido, sem forma. É nesse aparente caos que emerge, poderoso, o golpe militar de 1964, e a Ordem se impõe e carrega os anônimos, os anti-heróis para a perplexidade e o horror de uma silhueta cinzenta que se vê da beira do cais; signo do Novo Estado é esse navio-calabouço e limite, cheirando a “mijo, suor e merda”.
E quando a existência passa a ser um calabouço, não pensem que o mundo se torna um reino de heróis. “Os homens maldiziam o dia em que haviam entrado naquela merda de política e o que queriam era só uma oportunidade para voltar ao lar, conseguir um novo emprego e sobreviver”. Olhares que se alternam bruscamente, a geografia política ou a política geográfica penetram na alma de cada um. Já não olham para o mar, com as suas múltiplas formas e linhas; já não veem navios flutuando para algum lugar, qualquer lugar.
Os prisioneiros do navio-calabouço estão condenados a olhar para a cidade onde viviam, a ver silhuetas da natureza, das casas, dos bondes correndo pelas ruas em que construíram as suas vidas. E o que pode ser mais comovente do que esses homens caminhando pelo navio e olhando essa cidade — história brasileira, próxima e perdida em umas poucas vidas que vão desaparecendo, assim como a lembrança dessa época?
Adelto Gonçalves é um dissidente brasileiro. A sua história não vai agradar àqueles que venceram em 64. Não por acaso, no começo dos anos 1960, um dos generais vencedores disse que a história era escrita por quem ganhava. Mas para os nossos e outros dissidentes, num mundo em que a palavra se concentra em círculos cada vez mais restritos, o Poder se fecha, a palavra é negada aos intelectuais e aos homens comuns.
Mas as coisas não ficam aí. No campo da memória, da história, das frases, há uma guerra que nunca termina. Não disse um dissidente tcheco, Milan Kundera, que “a luta do homem contra o Poder é a luta da memória contra o esquecimento”? Não nos diz um personagem de Adelto, em obscuro manuscrito encontrado depois de sua morte (no qual poderia falar com toda a sinceridade), que, “às vezes, penso que essa capacidade de discordar é a única possibilidade que a humanidade tem de não ser levada irremediavelmente para o abismo obscurantista”?
E tudo isso ganha uma irremediável grandeza, pensem o que pensarem de nosso tempo os vencedores, os que querem monopolizar o ser e o pensar de nossa História. De vozes que alguns ouvem e outros falam emerge o contratempo, o contraponto, o resgate, a palavra não-oficial. É o poderoso terreno da linguagem em que flutuam (como aquele sórdido navio) — “a história, as histórias — estamos citando Semprún —, as narrativas, as memórias, os testemunhos, a vida, o texto, a própria textura, o tecido da vida”.

Em novo livro acadêmico, organizadores reúnem artigos que discutem os problemas que envolvem o ensino de literatura

A frase acima é do personagem Marambaia, do livro “Os Vira-latas da Madrugada”, de Adelto Gonçalves, que ganhou, recentemente, sua 2ª edição

“Você gasta a maior parte do tempo/Procurando pelo amor que está à procura do seu amor/Você ama guardar seu amor para o amor/Passe mais tempo amando”, canta Tiago Iorc, em tradução livre do inglês. O trecho é apenas um de tantos que encantam por sua simplicidade e clareza, como quem limpa os óculos e enxerga diferente a vida. Se não bastasse, são mais que versos. São canções em voz, violões e demais instrumentos. O cantor e também compositor volta a Goiânia para apresentação de seu novo álbum, “Troco Likes” –– o quarto de estúdio. Ele ainda leva para Brasília “Story of a man”, “Alexandria”, “Coisa Linda” e tantas outras. Com realização da Giral Projetos, a apresentação, em Goiânia, será no Centro Cultural Oscar Niemeyer, às 20h do sábado, 19. No domingo, às 17h, o show será no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Os ingressos custam R$ 50, a meia.

[caption id="attachment_45677" align="alignnone" width="620"] Reprodução[/caption]
Após um final de semana badalado com mais de 50 artistas, que se apresentaram nos palcos do Oscar Niemeyer, dentre eles, Tulipa Ruiz, Rollin Chamas, Emicida, Cone Crew Diretoria, Carne Doce e muitos outros, o Vaca Amarela está de volta com o Drops da banda alemã Kadavar. Com 5 anos de história, Kadavar é nome constante no circuito mundial desde o lançamento de seu álbum homônimo, em 2012. Além do Kadavar, os grupos Hellbenders, Overfuzz, Dry, Dogman, Almirante Shiva, de BSB, Revengers e Sheena Ye se apresentam pelo Drops, que acontece na noite da sexta-feira, 18, no Centro Cultural Martim Cererê. Os ingressos custam R$ 20, antecipados.

[caption id="attachment_45678" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
A Monstro Disco realiza mais um #MonstroRocks. Desta vez, com a banda paulista Velhas Virgens, como headline. Os grupos Sheena Ye, Woolloongabbas, Shakemakers e The Galo Power completam o line-up. Há 28 anos, inspirados em Mazzaropi, Alexandre Dias e Paulo de Carvalho criaram Velhas Virgens, a banda mais desbocada, divertida e bêbada do Brasil. A apresentação é no sábado, 19, no Centro Cultural Martim Cererê. Os ingressos custam R$ 20, primeiro lote.

[caption id="attachment_45685" align="alignnone" width="620"] Divulgação[/caption]
A banda paulista Beatles Abbey Road se apresenta no Bolshoi Pub. Considerada na Inglaterra, por três anos consecutivos, como a melhor banda Beatles do mundo, Abbey Road não é um simples cover do grupo de Liverpool. Além de recriar a atmosfera da época, destacam-se por seu comportamento nos palcos e por sua competência musical. Com vinte anos de estrada, a Abbey Road se tornou a banda “Beatles Official Brazil”. A apresentação é na sexta-feira, 18, às 21h. Os ingressos custam R$ 40.