Economia

Alta ocorreu principalmente no etanol, que subiu 12,24% no acumulado dos três primeiros meses do ano

Alimentação externa da capital subiu 5,67% nos últimos 12 meses. Goiânia teve a maior alta do país em março

O grupo Casas Bahia ingressou com pedido de recuperação no final de abril. O objetivo é estender o prazo para pagar R$ 4,1 bilhões em dívidas.

Proposta do governo e aprovado pela Câmara dos Deputados altera nome do imposto e tira alguns reembolsos de atendimentos médicos; confira

De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou nesta quinta-feira, 9, que o setor industrial goiano registrou um crescimento acumulado de 10,9% no primeiro trimestre deste ano. Esse índice é significativamente superior ao nacional para o mesmo período, que teve uma alta de apenas 1,9%. Em relação a março de 2023, o setor industrial goiano apresentou uma variação positiva de 7%, enquanto no Brasil houve um recuo de 2,8%.
Amaury M. Esberard, empresário em Anápolis e presidente do Conselho Empresarial para o DAIA (Consedaia), destaca o significativo crescimento da indústria goiana em 2024, conforme relatado pelo IBGE. As perspectivas para os próximos anos são positivas, com previsão de o PIB industrial do estado atingir R$ 18 bilhões em 2024. "A diversificação produtiva da indústria goiana é impulsionada por investimentos e programas governamentais, e a localização estratégica do estado no Centro-Oeste do Brasil a torna uma importante plataforma logística para o país", observa.
No entanto, Amaury pondera que a indústria goiana enfrenta desafios significativos que afetam diretamente seu crescimento e sustentabilidade no mercado global. "A necessidade crucial de inovação se destaca, com o objetivo de aumentar a eficiência e a qualidade dos produtos, mantendo a competitividade frente a concorrentes nacionais e internacionais", frisa.
Um desafio primordial, pontua o empresário, está na necessidade de infraestrutura moderna e na adoção de tecnologia de ponta, essenciais para o aprimoramento dos processos industriais. "Além disso, as empresas do estado precisam estabelecer parcerias estratégicas com outras empresas e o governo, acessando recursos e suporte técnico necessários para avanços significativos."
Para Amaury Esberard, além da transformação interna, a competitividade no cenário externo está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento sustentável e à adoção de práticas ambientais e socialmente responsáveis, garantindo conformidade com normativas internacionais e agregando valor aos produtos goianos no mercado externo.
Amaury destaca que, com o término programado dos incentivos fiscais nos próximos anos, espera-se que as empresas intensifiquem a busca por regiões que ofereçam não apenas infraestrutura robusta, mas também uma localização estratégica para facilitar o acesso aos principais mercados. Neste contexto, o estado de Goiás se destaca como uma opção promissora. "O estado já é reconhecido pelo contínuo crescimento de sua infraestrutura e pela posição geográfica vantajosa, que permite um alcance eficiente tanto no mercado interno quanto nos mercados internacionais adjacentes, já que tem acesso direto à Ferrovia Norte-Sul", destaca.
O empresário ressalta que a expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis (DAIAPLAM) exemplifica o esforço do governo estadual em atrair novas empresas e promover o desenvolvimento industrial na região. "Essa iniciativa, juntamente com o moderno programa PRO-Goiás, reforçam a estratégia do estado em fortalecer sua posição como um polo industrial de destaque no Brasil, demonstrando um compromisso contínuo com a expansão e modernização do setor industrial goiano", reforça.
"As perspectivas para a indústria goiana nos próximos anos são otimistas, caracterizadas por um cenário de recuperação e expansão impulsionado por elementos estruturais e conjunturais. A expectativa para o período de 2023 a 2025 sugere que a indústria do estado passará por um processo de diversificação e expansão, com um crescimento econômico gradativo."
De acordo com o empresário, este cenário, aliado às estratégias estaduais e à localização estratégica do estado, promete consolidar Goiás como um importante centro industrial e logístico no Brasil, liderando em produção e inovação nacional. "O futuro da indústria goiana parece promissor, marcado por um crescimento sólido e sustentável, abrindo portas para investimentos e progresso industrial contínuo", conclui.
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Nesta terça-feira, 7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o país pode precisar importar arroz e feijão para equilibrar a produção e conter o aumento dos preços

Cresce o número de pessoas que declararam ter tido algum problema financeiro, assim como a dificuldade de solucionar essa questão

Atualmente bastante concentrado na China, os minerais críticos têm gerado uma busca mundial por fornecedores

O Bem Dito, um queijo goiano de casca levemente firme e massa extremamente cremosa, alcançou reconhecimento internacional ao ser premiado em um campeonato mundial. Originário de Piracanjuba, esse queijo é fruto do aprimoramento de uma receita ancestral, transmitida de geração em geração na família do criador.
Utilizando técnicas francesas, o Bem Dito é elaborado a partir de leite "cru" e passa por um processo de maturação em câmara fria, mantida a cerca de 12°C por até 45 dias.
“O Bem Dito é um queijo autoral, receita de família, de massa mole e leite cru, maturado por até 40 dias sob refrigeração. Como era produzido pela família, não era comercializado. Foi então que surgiu a ideia de maturar o queijo para agregar valor ao produto. Comecei a fazer cursos de maturação, primeiro em Minas Gerais, e depois na França, que foi o divisor de águas para a nossa produção. Com esses ensinamentos, conseguimos chegar no Bem Dito", explicou Fabiano Dias Martins, criador do queijo, em entrevista ao Jornal Opção.
O compromisso com o bem-estar do gado é um dos pilares fundamentais para garantir a qualidade do leite utilizado na produção. Adotando a abordagem da "cultura do gado feliz", os animais são tratados com cuidado e não são separados das vacas, recebendo acompanhamento veterinário regular e cuidados específicos.


Desde sua criação em 2017, o "Bem Dito" acumula prêmios em competições nacionais e internacionais. Recentemente, recebeu medalhas de prata e bronze no 3º Mundial do Queijo do Brasil, realizado em São Paulo, destacando-se tanto na versão maturada por 30 dias quanto por 45 dias.
“Recebemos medalha de bronze em 2019 no mundial do queijos em Araxá-MG, medalha de prata para queijo frescal e bronze para maturação 30 dias no mundial de queijos em São Paulo, em 2024”, comemorou Fabiano.

Fabiano Dias, responsável pelo sucesso do queijo, investiu em cursos e intercâmbios nacionais e internacionais para aprimorar a receita familiar. Colaborando com outros produtores e buscando constantemente a excelência, ele refinou a textura, cor e sabor do "Bem Dito", atendendo aos paladares mais exigentes.
“A França é famosa por seus queijos, conhecidos no mundo inteiro. Então, procuramos trazer um pouco dessa técnica e tradição para aprimorar nosso queijo, e o resultado foi fantástico. Uma combinação de temperatura e umidade, aliado a técnicas de maturação, podem nos surpreender”, detalhou Fabiano.
A produção do "Bem Dito" é uma empreitada familiar, com Fabiano Dias trabalhando ao lado de sua filha e outros colaboradores. O cuidado com o gado, a ordenha diária e a manutenção da pastagem, combinada com técnicas de intercalação com árvores para promover o bem-estar animal, são aspectos essenciais do processo.
“São os queijos fabricados artesanalmente, a partir de leite recém-ordenhado e não pasteurizado. Tem características próprias, a partir do terroir da região, que envolve desde a pastagem, clima, temperatura, e época do ano. São diversos fatores que o tornam mais rico”, disse Fabiano.

Rigorosas técnicas
A maturação do queijo segue rigorosas técnicas francesas, com controle preciso de temperatura na câmara fria. Embora o período ideal seja de até 45 dias, o "Bem Dito" já pode ser apreciado após 30 dias de maturação. O uso de leite recém-ordenhado confere um diferencial notável ao produto, realçando seu sabor e qualidade.
“Não se faz um bom queijo de leite cru se não tiver um leite de excelente qualidade. Se o leite não for bom, você não terá um “queijo”, terá problemas durante a maturação. Então, é muito importante os cuidados com a saúde dos animais, a higiene durante a ordenha e a produção”, explicou Fabiano.

O compromisso com o bem-estar animal é em todas as etapas do processo de produção, desde o curral até os cuidados veterinários regulares. Essa atenção aos detalhes resulta em um produto final excepcional, apreciado por consumidores exigentes.
Com um preço médio de R$ 50 por peça, o "Bem Dito" está pronto para ser desfrutado. Fabiano Dias orienta os clientes sobre as melhores formas de apreciar esse queijo premiado, destacando sua versatilidade e sabor único.

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