A análise antecipada da inflação em Goiânia, calculada pelo IPCA-15, desacelerou pelo segundo mês consecutivo, registrando uma alta de 0,23% em agosto de 2024. Esse aumento foi 0,08 ponto percentual (p.p.) menor que o de julho (0,31%). Com esse resultado, a inflação acumulada em Goiânia no período de janeiro a agosto de 2024 ficou em 2,70%. No Brasil, o índice subiu 0,19% em agosto, menos que em Goiânia, mas o acumulado no ano foi maior, chegando a 3,02%.

Ao analisar os diferentes grupos de produtos e serviços, sete dos nove grupos tiveram aumento na prévia da inflação em Goiânia. O maior destaque foi o grupo de Transportes, com alta de 1,07%. Este grupo tem um peso significativo na cesta de compras das famílias que ganham entre 1 e 40 salários mínimos. Dentro desse grupo, os preços da gasolina subiram 4,21%, o etanol aumentou 5,56%, e o óleo diesel teve alta de 0,51%.

Educação foi outro grupo que apresentou um aumento expressivo, de 1,09%. Essa variação se deve ao encarecimento dos Cursos Regulares, que subiram 1,29%, com destaque para o ensino superior (2,26%), ensino fundamental (1,04%), pré-escola (0,28%) e creches (1,15%).

Por outro lado, o grupo Alimentação e bebidas, que também tem grande impacto na cesta de compras das famílias de Goiânia com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos, registrou uma queda de 0,94% nesta prévia de agosto. Entre os itens com maior queda estão o arroz (-0,86%), leite longa vida (-1,31%), tomate (-31,77%), frango inteiro (-0,93%) e batata-inglesa (-15,04%).

Nos índices regionais, oito das áreas analisadas apresentaram aumento em agosto. Recife teve a maior alta, com 0,50%, puxada pelo aumento de 6,01% no preço da gasolina. Já Salvador teve o menor resultado, com uma queda de -0,11%, influenciada pelas reduções nos preços do tomate (-30,33%) e da cebola (-13,73%). No Brasil, o índice ficou em 0,19%, enquanto em Goiânia foi de 0,23%.

O Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor (SNIPC) realiza a produção contínua de índices de preços ao consumidor. O IPCA-15, que começou a ser divulgado na internet em maio de 2000, é semelhante ao IPCA, diferenciando-se apenas no período de coleta, que vai do dia 16 do mês anterior até o dia 15 do mês de referência, e na cobertura geográfica.

Atualmente, o IPCA-15 engloba famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos, independentemente da fonte de renda, que vivem em 11 áreas urbanas das regiões abrangidas pelo SNIPC. Essas áreas incluem as regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e o município de Goiânia.

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