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[caption id="attachment_38245" align="alignnone" width="620"] Fernando Cunha é o quadro do PSDB que enfrentará a máquina eleitoral do PT | Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption]
O martelo está batido: o vereador e superintendente do Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás (Produzir), Fernando Cunha, é o pré-candidato do PSDB à Prefeitura de Anápolis nas eleições deste ano. Depois de uma reunião com a executiva tucana municipal foi decidido que ele deverá entrar na disputa com o prefeito João Gomes (PT), na esperança de reunir em torno de sua candidatura os partidos que compõem a base aliada do governador Marconi Perillo no governo estadual.
Apesar da quase oficialização de Fernando Cunha como pré-candidato tucano a prefeito, o partido deu um prazo até o final desta semana, para que qualquer outro filiado se apresente como postulante a pré-candidato. Caso isso não ocorra, a homologação do vereador será oficializada. A estrela maior do partido em Anápolis, o deputado federal Alexandre Baldy, já declarou que desistiu da postulação, abrindo espaço ao vereador licenciado.
Fernando Cunha, que está em seu segundo mandato de vereador aos 34 anos de idade, afirma que a sigla trabalha neste momento em um projeto político que será apresentado ao eleitor no decorrer da pré-campanha. Ele diz que este projeto será com base nos anseios populares, ou seja, a legenda vai ouvir a população para que as bandeiras e as propostas sejam elencadas e apresentadas aos eleitores. “Paralelamente a isso, há conversações em curso com alguns partidos para que possamos formar uma ampla aliança consistente visando as eleições”, informa.
Fernando Cunha não cita quais são os partidos, porém deixa claro que são todos os que compõem a base aliada do governo estadual. Ele diz que ainda são diálogos preliminares, levando em consideração que a deliberação do PSDB anapolino em favor de seu nome como pré-candidato foi tomada recentemente. A questão do vice também será conversada com as siglas que deverão integrar a aliança. “A expectativa é muito boa, porque todos sabem do projeto do PSDB em Anápolis, que é de alternância de poder”, diz.
Fator Marconi
Fernando Cunha espera contar com a presença de Marconi na pré-campanha e campanha em Anápolis. Ele afirma que será de fundamental importância para a empreitada política, uma maior presença do governador no pleito em Anápolis, seu tradicional reduto eleitoral que sempre lhe rendeu expressivo número de votos. Porém, é bom lembrar que Marconi também mantém ligações políticas e pessoais com o prefeito João Gomes.
Mas se o inquilino do Palácio das Esmeraldas marcar presença em Anápolis, não haverá dúvida sobre quem ele apoiará. “Anápolis é uma cidade importante que sempre rendeu votação expressiva para o governador. Além disso, faço parte de uma família tradicional da política que ajudou a criar o governo do Tempo Novo e temos chances reais de nos elegermos”, diz Fernando Cunha.

[caption id="attachment_58633" align="alignnone" width="620"] João Gomes em reunião com diretor da ANTT, Jorge Luiz Bastos para discutir as obras na rodovia BR-060, trecho de Anápolis[/caption]
O prefeito João Gomes, acompanhado do deputado federal Rubens Otoni (PT), se reuniu em Brasília, no início deste mês, com o diretor da Agência Nacional de Trânsito e Transportes (ANTT), Jorge Luiz Bastos, para tratar de obras a serem realizadas no contorno viário da BR-060, pela empresa que administra a concessão da rodovia, a Triunfo-Concebra. O intuito da reunião foi cobrar celeridade no andamento dos projetos.
Entre as ações, estão a realização de obras de infraestrutura, que configuram na construção de três viadutos no perímetro rodoviário da cidade e ainda a instalação de iluminação em todo o trecho, com destaque ao viaduto do Daia. O prefeito, que já apresentou a documentação e projeto a Bastos e sua equipe, formada por engenheiras e advogadas, espera as providências para o andamento do projeto. “Recebi a notícia de as intervenções já estão sendo estudadas. Anápolis espera por isso”, disse João Gomes.
A ação deve ser desenvolvida junto à empresa que adquiriu a concessão da rodovia que, há mais de seis meses, iniciou a cobrança de pedágio. Para o deputado Rubens Otoni, a importância de Anápolis no cenário regional e brasileiro é determinante para a conquista de investimentos do setor. “Nossa cidade é respeitada e é vista como ponto estratégico para investimento. Abrir mais espaços com maior fluidez é contribuir diretamente para o crescimento e escoamento da produção”, avalia Otoni.
Jorge Luiz Bastos se manifestou a favor das intervenções e solicitará de sua equipe empenho para que as providências legais sejam adotadas.

Reunião de trabalho foi realizada na semana passada, no gabinete municipal, entre o prefeito João Gomes (15) e 15 dos 23 vereadores de Anápolis. Em pauta, as demandas da cidade que serão tema de discussões no início do trabalho legislativo em 2016. “Vamos priorizar os interesses da cidade”, disse João Gomes. Dentre as prioridades citadas, está a revisão do Plano Diretor Participativo que deverá ser apreciada pela Câmara Municipal ainda nas primeiras sessões ordinárias. Outras demandas mais recorrentes também foram tema da reunião. O secretário municipal de Assuntos Parlamentares, Luiz Lacerda, definiu que a relação entre os poderes é importante para a cidade. “É por meio do diálogo entre o Executivo e o Legislativo que revemos as responsabilidades com a cidade”, disse Luiz Lacerda.
O prefeito João Gomes recebeu em seu gabinete, há duas semanas, a secretária da Fazenda do governo de Goiás, Ana Carla Abrão. A secretária veio à Anápolis cumprir agenda e na oportunidade agradeceu a parceria com a Prefeitura. “Temos uma equipe na cidade que acompanha de perto as arrecadações e apoia os investimentos feitos no município”, comentou. Gomes falou sobre as ações para conseguir aumentar o ICMS do município. Há seis a cidade não recebe novas indústrias que, segundo a prefeitura, tem inviabilizado a criação do Distrito Agroindustrial de Anápolis 2. “O projeto foi apresentado para a equipe da secretária e ressaltamos que temos propostas de áreas e empresários da cidade que estão interessados nesta estrutura”, diz. Ana Carla Abrão, informou que sabe da importância do Daia 2 para a cidade e que irá trabalhar junto à Prefeitura de Anápolis. “É uma boa proposta que a nossa equipe recebe com atenção para garantir o crescimento econômico do município”, observou.

[caption id="attachment_58129" align="alignnone" width="620"] Ernani de Paula ressurge na cena política anapolina à frente do nanico PSDC [/caption]
Agora é definitivo. O ex-prefeito de Anápolis, Ernani de Paula, deixou o Pros e anunciou que é pré-candidato ao Executivo municipal pelo PSDC. Além da postulação à prefeitura, o empresário também é o novo presidente da legenda e promete formar chapa forte tanto na proporcional quanto para a majoritária.
O convite para desembarcar na sigla social-cristã e liderá-la em Anápolis veio do presidente estadual do partido, o empresário goianiense Alexandre Magalhães. Ernani de Paula reconhece que sua missão não será fácil, ou seja, formar uma frente política tendo como base uma legenda pequena, principalmente se comparado aos “players” do quilate do PT do prefeito João Gomes, e o PSDB do vereador e pré-candidato a prefeito Fernando Cunha Neto.
Apesar da circunstância desfavorável, Ernani de Paula afirma que o PSDC é uma legenda organizada. Segundo ele, a casa ajustada facilitará o trabalho de construção do zero, de uma nova força política em Anápolis. “Vamos passar uma borracha naquilo que houve no passado e criar um novo grupo político, sem a dependência dos interesses de terceiros”, diz.
O ex-prefeito afirma que antes de assumir a presidência municipal do PSDC e anunciar sua pré-candidatura a prefeito, chegou a conversar com demais lideranças. Segundo ele, a pauta das conversas sempre restringiu à formação de aliança para o pleito deste ano. Ernani de Paula revela que dialogou com o deputado federal Alexandre Baldy (PSDB), com o deputado estadual Carlos Antonio (SD) e com lideranças do PRB, PR e PEN. “Esses partidos estão procurando suas bases e seus quadros para lançarem candidaturas proporcionais com o objetivo de eleger o maior número possível de vereadores. Este é um processo natural da democracia”, afirma.
O ex-prefeito visitou o Jornal Opção e concedeu uma entrevista. O pré-candidato discorreu sobre seus planos e projetos para Anápolis e não poupou críticas ao cenário político da cidade, sem fugir de pontos polêmicos acerca de sua controversa carreira na vida pública:
Como o sr. observa a atual gestão e o que pretende implementar caso seja eleito?
Anápolis precisa de gestão, de um projeto estruturado a longo prazo e com metas.
Atualmente passamos por um momento de crise. As prefeituras estão com pires na mão e sem recursos. Qual será o maior desafio para o próximo prefeito de uma cidade como Anápolis?
Primeiro é um planejamento bem feito e colocado em debate com a sociedade. Além disso, uma economia em escala dos órgãos administrativos. A gestão atual, por exemplo, não sabe quantos imóveis estão alugados pela prefeitura. Anápolis arrecada bem atualmente. No meu tempo, o orçamento era de R$ 96 milhões por ano, hoje são R$ 96 milhões por mês. Eu municipalizei a saúde, e a cidade recebe R$ 80 milhões por ano vindo do governo federal, graças a minha ação. Por que a saúde não funciona? Falta gestão. A máquina pública municipal está inchada. Há três coisas fundamentais na cidade: água, água e água. Eu municipalizei a água em 2003. Não fui adiante porque houve o problema da intervenção estadual, que foi em função da água. Fui vítima daquela palhaçada na Câmara, aquilo foi um circo. Fui absolvido pelo Tribunal de Justiça sobre o caso das aposentadorias. Na verdade fui vítima de um complô político que não admitia alguém novo fazendo uma administração inovadora e eficiente. Temos que acabar com o caciquismo em Anápolis, destes grupos que ainda querem dominar a política local.
O sr. preside um partido pequeno. Como fará para montar uma estrutura e agregar aliados?
Nós precisamos unir pessoas com novas ideias para Anápolis e o partido vai ajudar nisso. Temos que juntar uma coleção de ideia e novas propostas, sem criar feudos. Vamos romper com a polaridade entre PT e PSDB. Ninguém aguenta mais. Venho para isso, para mostrar um projeto consistente para a cidade, e tenho certeza que vou ter bastante sucesso porque conheço a cidade, não sou mais um neófito, como outros pré-candidatos. Tenho projeto para saúde, educação e principalmente segurança. Não podemos ser como Goiânia, uma das cidades mais violentas do Brasil. É preciso também fazer alguma coisa na questão da água, que é o ponto fraco de Anápolis.
O que mudou do Ernani de Paula da época em que foi prefeito para hoje?
Muita coisa mudou. Hoje estou mais consciente, pés no chão e humilde. Estou ouvindo mais os amigos e a população. Sei e entendo os problemas de Anápolis. O que precisamos, e que não existe atualmente, é uma oposição responsável. Temos 23 vereadores e nenhum deles é oposição.
A Câmara Municipal está cooptada pela atual gestão?
Sim, porém com raras exceções. A partir de agora com esta crise nacional do PT, muitos vão debandar porque sabem que não vão se reeleger. Agora é a hora de ver quem é quem. A cidade precisa de serviços: saúde, água e segurança. O restante pode esperar um pouco para que seja possível fazer um caixa melhor.
Caso o sr. seja eleito prefeito de Anápolis mais uma vez, como ficaria sua relação com o governador Marconi Perillo (PSDB)?
Normal. A intervenção é uma página virada. Não dou esta entrevista para provocação, mas para registro histórico. Já estive com o governador e ele esteve na minha fazenda em 2008, pedindo apoio ao Ridoval Chiareloto, e eu o apoiei. Agora recentemente ele me chamou ao Palácio das Esmeraldas para uma conversa que foi muito cordial, diga-se de passagem. Tudo que passou foi superado. Não existem mágoa e rancor. Ninguém governa olhando o retrovisor.
O prefeito João Gomes acompanhou o governador Marconi Perillo (PSDB) no dia 29 de janeiro, no anúncio da retomada das obras do prédio do centro de convenções de Anápolis, paralisadas desde dezembro de 2014. Com 75% da obra física executada, a previsão é de que o espaço fique pronto ainda este ano. Segundo Marconi, a obra vai transformar Anápolis num grande destino para a realização de feiras e eventos. “Além de referência para o Brasil Central, será um importante centro para a movimentação econômica da cidade”, disse o governador. A visita contou com a presença do vice-governador José Eliton, do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, do diretor da CCBB, consórcio responsável pelas obras, Wilton Machado, e do deputado estadual Carlos Antonio (SD). João Gomes agradeceu o governador pela retomada da obra e destacou que, por meio de uma parceria com o Estado, Anápolis também vislumbra a construção de um novo distrito agroindustrial. “Temos já uma terceira opção. O governo do Estado vai entrar com incentivos. Anápolis tem perdido receita pela falta de lotes no distrito industrial,” disse João Gomes. O prefeito tem buscado parcerias para garantir a qualidade de vida da população. “O cenário brasileiro é de dificuldades, mas temos nos aproximado dos governos estadual e federal para que Anápolis continue crescendo. Aguardamos a inauguração desta obra e de outros benefícios.”
Anápolis se destaca pelas ações desenvolvidas pela prefeitura na área da Ciência, Tecnologia e Inovação, principalmente pela inclusão digital, como o serviço de internet móvel gratuita e os telecentros digitais. Estes assuntos foram pautas do encontro realizado na terça-feira, 2, em Brasília, no encontro do prefeito João Gomes com o secretário nacional de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social, Edward Madureira — ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG). Na audiência, que contou também com a presença do deputado federal Rubens Otoni (PT), e do secretário municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, Fabrízio Ribeiro, foram apresentados os relatórios que garantiram o reconhecimento de Anápolis como um dos municípios brasileiros mais digitais do país e que foram elogiadas pelo secretário nacional. O projeto Praças Digitais existe desde 2011 e oferece acesso gratuito com tecnologia wireless/wi-fi (sem fio). São quase 30 pontos de acesso, suportando 100 conexões simultâneas, num total de 2 mil usuários conectados simultaneamente. São cerca de 10 a 15% da população atendida.

[caption id="attachment_58136" align="alignnone" width="620"] Jornalista goiano residente em Porto Alegre usa exemplos cotidianos para falar da falta de empatia no mundo de hoje[/caption]
Marcelo Igor de Sousa
O que está mais em falta neste mundo? Pensei nessa pergunta quando já tinha a resposta na cabeça: empatia. Parece-me que ela está em falta. Duas cenas me chamaram a atenção neste fim de semana em Porto Alegre. 1) Depois do temporal que fez tremendos estragos na cidade, fui atrás de um vidraceiro. No caminho, vi uma árvore derrubada e fiquei olhando e fotografando — como foi o esporte dos moradores da capital neste fim de semana. Foi quando um rapaz passou por mim e me disse: “Imagina para mim, que estou na rua”. Como não havia imaginado isso até aquele momento? Nas praças estão tantas pessoas; e nessas praças estavam dezenas de árvores caídas. A colocação do rapaz me tirou o ar e me fez entender que meu drama era um tanto relativo. E foi assim, que, no domingo à tarde, depois de amenizadas as chuvas e as intempéries, um grande grupo de pessoas se aglomerou na entrada do Banco Bradesco. Vizinhos, não sei bem, se juntaram para reclamar: “Imagina se alguém precisa sacar um dinheiro, não há como!”. Talvez, no domingo à tarde, depois de sexta e sábado, esse seria o primeiro momento de sono daquelas pessoas. Aquilo me fez recordar da fala do rapaz que andava com a mochila quase que procurando um lugar seguro que ainda restasse, pois ter a casa atingida vai ser sempre menos que ter a rua toda atingida. Quiçá os amigos do banco pudessem ser tocados um dia a pensar como é se colocar no lugar do outro, a estar ao lado de pessoas concretas. Como faz bem dispor-se a enxergar o mundo a partir do outro. Enfim, há a chance de, em algum momento, abrir-se à alteridade. 2) Após alguém postar um curto vídeo de uma abordagem violenta por parte de agentes militares, uma pessoa, em poucos minutos, coloca o comentário: “Se está apanhando é porque não deve ter feito coisa boa. Se os pais não souberam educar, então um dia vai levar o que mereceu. Não vejo erro nenhum dos policiais aí”. A generalização tremenda mostra a incapacidade de parar ao menos para pensar que num Estado que se apresenta como democrático a cena não pode ser aceitável. A separação fictícia “cidadão de bem”, sabe se lá por quais motivos, e criminosos (pela cara, pela condição social etc.) impede qualquer empatia. Creio que a mensagem é que, antes de qualquer esbravejamento, determinação ou ditação de regra, cabe aquela pausinha que ensina muito: “E se fosse comigo?” É textão? É. É lição de moral? Não. É preocupação comigo e com o mundo? É. Creio que escrever isto me ajuda a pensar no meu compromisso com este mundo. Em como posso ser mesquinho, egoísta. E como preciso melhorar a cada dia. Marcelo Igor de Sousa é jornalista, doutorando em Comunicação na Unisinos (RS) e servidor público federal na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).“A vida de um professor se prolonga em outras vidas”
Tom Coelho Minha paixão pela banda Supertramp, ainda quando garoto, levou-me a apreciar um instrumento musical em particular: o saxofone. Tanto que decidi comprar um, usado mesmo, e busquei um instrutor na expectativa de, um dia, tocar “The Logical Song” [um dos maiores hits da banda]. Mas para atingir este estágio, descobri que teria de aprender escalas musicais, além de ler partituras. Meses se passaram e, frustrado, descobri-me absolutamente desprovido de talento musical. Olhar para um pentagrama com claves de sol, semibreves, colcheias, bemóis e sustenidos era um atestado de ignorância plena. Era o mesmo que vislumbrar a fórmula do tolueno sem entender nada de química orgânica. Resignado, no auge de minha adolescência, aposentei meu sonho. E, desde então, o sax passou a ser um mero adorno. Aproveitando sua beleza estética, passei a afixá-lo na parede de escritórios e, mais tarde, na sala de estar de minha casa. Quase duas décadas depois, numa daquelas fases da vida que decorrem de uma crise existencial, experimentei o meu “momento da virada”. Dentre diversas deliberações, estabeleci como meta aprender a tocar ao menos uma canção que fosse com o instrumento. Foi quando conheci Alexandre Pena, um jovem professor que, de tão apaixonado por música, desenvolveu seu próprio método. E ele, com ponderação e tolerância, fez-me compreender que eu poderia não ter talento, mas tinha inteligência musical suficiente para aprender a tocar saxofone. Escala por escala, acorde por acorde, rompi o bloqueio mental que se instalara e aprendi a apreciar a música e a estudá-la rotineiramente. Dizem os dicionários que professor é aquele que professa, seja uma crença ou uma religião. E você só pode professar algo em que acredita, confia e segue... Shakespeare, por sua vez, dizia que “heróis são pessoas que fizeram o que era necessário, arcando com as consequências”. Quando elegemos um guru, e muitos professores assumem este papel, em verdade estamos vislumbrando um herói, que ao longo de toda uma trajetória de erros e acertos pavimentou uma trilha pela qual o aprendiz transita com segurança e conforto. O tempo passa e cada um de nós também abre clarões por entre a mata. E nos descobrimos igualmente como heróis, em especial quando dispostos a arcar com as consequências. Como educadores, esta é nossa maior e talvez única missão: inspirar nossos alunos. Ajudá-los a se descobrirem, a desenvolverem suas múltiplas inteligências. Trabalhar habilidades técnicas, mas também comportamentais e valorativas. Proporcionar-lhes a oportunidade de caminhar pelo chão batido ou asfaltado de terrenos abertos e sinalizados pelo prazer ou pela dor de nossas experiências. Muitos já devem ter sido os alunos que capitularam em seus anseios, expectativas e sonhos por conta de maus mestres que, consciente ou inconscientemente, regaram sementes com fel ou as lançaram em terreno infértil. Mas, felizmente, há também aqueles que promoveram o entusiasmo e despertaram vocações. Porque a vida de um professor se prolonga em outras vidas. Tom Coelho é educador, escritor e palestrante em gestão de pessoas e negócios. E-mail: [email protected].
ANTÔNIO LOPES
O Campeonato Goiano toma gosto novamente pela bola e corre, a partir deste fim de semana, de pé em pé e no gramado. O mercado da bola corre atrás do gol que dita quem perde, a equipe que vence e, num piscar de olhos, qual ser humano se (des)qualificará, nesta temporada, para a fama efêmera capaz de gerar o lucro — segundo os marxistas —, a mais valia incontável além da superexposição e projeção da imagem, que a partir deste momento, se torna mais um fetiche destinado ao mercado.
A interação humana proporcionada pelo esporte gera consequências saudáveis da necessidade básica de todo sujeito que, ao alcançar e exercer seu direito constitucional destinado ao lazer, promove “per si” a agitação da massa de trabalhadores que balança bandeiras, retratada numa arquibancada dividida entre sonhos e a própria história. Um time é capaz de mover e articular toda a cidade e seu povo através da milionária vertente desportiva (engolida pelo sistema capitalista), à qual os ingleses nominaram “futebol”.
A filosofia revela que, pelas vias da alma, expressam-se mente e corpo. Coletivizados, desaguam numa arrancada movida a forças físicas e mentais, semente da possibilidade — hoje remota — da convivência em paz e pela paz promotora do Estado de bem-estar social o qual gera inclusão, move a massa, o mercado e muita moeda. Os fatos policiais retratados nas diferentes formas de violência fotografados, falados e impressos por diferentes formas de mídias local e internacional acusam uma sociedade fora de foco, com comportamento histérico, quando o senso comum abrange e suprime a ética e a moral das cidades, segundo a polícia: a paz urbana. A ordem política que determina o homem, incapaz de se (re)ordenar, nada mais faz que seguir os princípios da natureza, o (re)aproximando das leis que regem o universo.
A decisão das autoridades estatais pós-modernizadas ligadas à questão do esporte que determina o jogo entre duas equipes, mas com uma torcida só, abrange também a logística de polícia e revela os bastidores de um poder de força o qual, apesar do nome, não se impõe pela ordem pura e simples, natural. Ao contrário, denuncia sua falta de força moral e mais ainda, “um amontoado de loucos”, sem nexo tampouco juízo, ditos torcedores (in)capazes de enxergar no outro não um adversário no campo do esporte saudável, mas o inimigo mortal e que deve ser combalido, dentro e fora dos limites do campo, até mesmo fora dos alcances do estádio.
Primordial — tal qual o gol que a define —, uma partida determina a alegria efêmera de uma torcida ou a frustração saudável e desportiva de outra. No desenrolar das reuniões entre dirigentes e atletas, burocratas e patrocinadores, devidamente assistidas pelas gestões privada e estatal torna-se essencial (tal qual os times, o juiz e bandeirinhas, a bola e o gol numa partida) que estes atores permitam sentar à mesa de negociações também a ética e a moral.
Na promoção da paz no futebol caminha os passos estreitos da segurança do avô que leva ao estádio o filho e neto. O desenrolar da história e da economia de mercado ali estão representados no vigia de carros que nos conta histórias, na compra do ingresso para as cadeiras ou arquibancada que gera impostos, no saquinho de pipoca com ou sem sal, e ainda na figura do vendedor dos rádios de pilha os quais anunciam as vozes de quem narra mais um gol gritando que “é nosso, é nosso... é nosso!”.
Goiás detém inúmeras representatividades sócio-históricas, econômicas e políticas, em sua grande maioria, de umbigo colado ao coldre, às esporas e ao latifúndio delimitado pela última pegada do gado. O tempo se encarrega de tudo e, segundo a Psicologia Social, de todos. A sociedade moderna, segundo Lyotard [Jean-François Lyotard, filósofo francês], tornou-se “um coletivo destinado e dominado pelos signos” que valoriza marcas que ditam a moda, o comportamento e também o consumo.
Aos humanos, com aquilo que ainda lhes sobra de humanidade (sentada e aguardando no banco de reservas), resta a certeza concreta e, talvez por isso mesmo, de profundo teor filosófico que prega e avisa que as cidades ainda são o palco e “lugar simbólico para sua imaginação, o que sugere a subida para a melhor parte de nós, ou seja, aquela que ainda acredita que o mundo, hoje, precisa de novas ‘acrópoles’, feitas não de pedra, mas de seres humanos. Erguida no seio de nossas cidades, onde as pessoas podem crescer internamente e restabelecer os laços profundos que nos conectam com os outros e com a natureza”.
Se o futebol se expressa com gingado, malícia, imaginação, força física e trabalho em equipe, a vida não foge à risca e sempre é bom lembrar que, mesmo do canto do quadrado, ali dentro da marca do escanteio, existe a possibilidade de se fazer um gol de placa, a conhecida “folha seca” ou, segundo o adversário, uma jogada de mestre e de sorte, impossível de ser ensaiada.
A educação e o respeito ao próximo não dependem do manto nem da cor de que este se reveste. O princípio é tudo, primordial como o gol que decide, alegra, enfeitiça e entorpece. Princípio que (co)existe nas mais variadas acepções. De acordo com Aristóteles: “É o elemento primeiro e imanente do futuro, ou de algo que evolui ou se desenvolve (as fundações de uma casa, o coração ou a cabeça dos animais)”.
Lembrando que os animais irracionais só matam por instinto e fome, jamais enquanto gangue ou falange, por causa da cor da bandeira ou vitimados pela ignorância e o ódio/demência urbano-coletiva, subproduto da falta de educação e da mazela socioconjuntural. Mas o pulso... ainda pulsa!
Antônio Lopes é assistente social e mestrando em Serviço Social pela PUC-GO.
“O grande desafio do Brasil é achar um governo comprometido com o povo”
GREICE GUERRA Sobre o Editorial “Ideias de Dani Rodrik, Francis Fukuyama e Armínio Fraga para melhorar o governo de Dilma Rousseff” (Jornal Opção 2116), vejo que todas as três análises possuem seus fundamentos e pertinências. O Brasil é um país muito rico em recursos naturais, grande em extensão territorial ,sol ao longo do ano, chuvas, pouca ou quase nenhuma incidência de abalos sísmicos etc. Ou seja, o País possui um grande diferencial natural em relação a outros países do mundo. Já sai na frente só por ter esses fatores de produção naturais. O grande problema é a má gestão destes fatores, a corrupção e a falta de compromisso do governo com a sociedade. Isso sem contar a falta de efetividade no cumprimento das leis. Precisamos de governabilidade, precisamos de políticas que estimulem a produção, que ajudem a micro e a pequena empresas, que compõem o setor que mais emprega, o setor que mais gera emprego, arrecadação e renda e, no entanto, é o mais sacrificado. Precisamos de uma legislação trabalhista mais atualizada, que não onere e muito menos discrimine tanto as empresas! De nada adiantam também políticas fiscais e monetárias severas que comprometam o setor produtivo e a sociedade. É como se o governo trabalhasse contra ele mesmo. É como se o governo tratasse os efeitos da crise e não as causas. O grande desafio que enxergo é achar um governo comprometido com o povo. Quando o governo quer e está disposto a “fazer”, ele “faz”, possui os meios e as ferramentas para tal! É uma questão de governar beneficiando a sociedade e o setor produtivo, e não apenas a si próprio ou favorecendo determinados grupos. O problema é achar o governo que tenha esses objetivos. Eis o grande desafio, ainda mais no Brasil. Greice Guerra é economista.“Na Venezuela, um projeto de inclusão de verdade”

“Cidades inteligentes: tendência ou necessidade?
NELSON OSÓRIO Desenvolvimento, aumento populacional, migração e movimentação de pessoas. Todos esses itens convergem para o crescimento das cidades. Em 2011 a população mundial era de sete bilhões de pessoas, das quais 50% localizavam-se em áreas urbanas. O crescimento exponencial observado no último século nos permite projetar os desafios vindouros: crescimento da circulação de veículos em vias públicas, aumento no consumo de energia, elevada necessidade por conectividade à internet, entre outros. O avanço descontrolado é o principal causador de um cenário caótico para nossa sociedade. Mas, tendo em vista esse inevitável – e necessário – crescimento, há um desafio ainda maior a ser superado, que é o crescer de forma planejada e controlada. Felizmente, a resposta existe e já está ao nosso alcance: “Cidades Inteligentes”! Por meio da aplicação de uma arquitetura tecnológica integrada que aborde os problemas de maneira transversal e realize, assim, a gestão cruzada da informação para, de forma holística e inteligente, melhorar a eficiência e a prestação de serviços à população. Para alcançarmos essa perspectiva sistêmica de “cidade inteligente” – na qual os sistemas interagem de maneira compassada e estruturada – é necessário a existência de um ambiente que permita a integração dos atores e respectivos sistemas que, de forma ágil, sustente as suas operações. Este ambiente é conhecido como Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) que, por definição, é composto de ambientes complexos de infraestrutura e tecnologia, os quais acrescentam inteligência às operações. Isso acontece por integrarem informes e informações gerando, desta forma, o conhecimento necessário que permitirá às instituições a atuarem de maneira colaborativa. Devido aos benefícios advindos dessa sinergia, os centros têm sido utilizados por empresas, órgãos governamentais e outras instituições. Tecnicamente, parece algo complicado e apenas existente na teoria. Porém, é possível entender com facilidade quando vemos isso tudo aplicado, por exemplo: em Barcelona (Espanha), onde o acesso ao sistema de trânsito foi disponibilizado para que pedestres e motoristas pudessem acompanhar, por meio de seus smartphones, a melhor opção para se locomover no município. Outro bom exemplo é Seul (Coréia do Sul) que, além de permitir o acesso ao sistema de trânsito, a administração de trânsito aposta na troca de informações por meio digital com os moradores, a fim de identificar o mais rápido possível as demandas da população. Desse modo, por meio de CICCs, as cidades estarão equipadas para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, a eficiência no uso dos recursos à sua gestão como um todo. Esses são apenas alguns exemplos de iniciativas específicas que aplicam esse conceito e benefícios de inteligência e integração em escala global, permitindo, assim, que vislumbremos a cidade agindo como um organismo de forma integrada - algo extremamente necessário para suportar seu crescimento exponencial! Felizmente, temos muita tecnologia disponível a ser aplicada e que poderá viabilizar a realidade descrita. Para tanto, a escolha do fornecedor que permitirá toda essa mobilidade deverá passar pelo crivo da expertise e qualidade de serviços necessários para conceber, implementar e prover a manutenção de projetos integrados de grande complexidade – algo de extrema necessidade por conta, principalmente, do desenvolvimento das áreas urbanas. Afinal, iniciativas como essa poderão, inclusive, colaborar com a evolução da segurança pública, melhorando, assim, a sociedade como um todo. Nelson Osório é consultor.
Cada vez mais barato, produto é a 3ª grande força que deu forma a esse monstrengo chamado “novo Oriente Médio”

[caption id="attachment_57696" align="alignnone" width="620"] Vereador Jackson Charles aposta em Frei Valdair como pré-candidato do PSB à Prefeitura de Anápolis no pleito de 2016[/caption]
O PSB de Anápolis oficializou a pré-candidatura do vereador Frei Valdair às eleições majoritárias em 2016. Pelo menos é o que afirma o vereador e líder da legenda na Câmara Municipal, Jackson Charles. De acordo com ele, o projeto da sigla de ter um candidato a prefeito e uma chapa consistente às proporcionais é uma ambição eleitoral que há dois anos vem sendo gestada.
Com a chegada da senadora Lúcia Vânia ao PSB como presidente estadual foi decido que a legenda deveria apresentar candidaturas nos principais municípios goianos, como parte de um plano de expansão do partido. Anápolis, a terceira maior cidade e segunda maior economia do Estado, não poderia ficar de fora do radar das ambições eleitorais da sigla socialista. A missão é consolidar o PSB em 2016, para que em 2018 tenha força e densidade eleitoral no pleito ao governo e ao Senado.
Em relação à chapa proporcional, de acordo com Jackson Charles, o PSB terá como objetivo fazer de dois a três vereadores. Ele, que é pré-candidato a reeleição, diz que o partido tem 35 nomes já acertados para entrar na disputa, dentre eles o ex-deputado estadual José Lopes. “Nós trabalhamos para garantir de duas a três cadeiras na Câmara Municipal e nossa chapa tem potencial para atingir esta meta”, afirma, Jackson Charles.
Em relação às alianças com outros partidos, por enquanto, há apenas conversas de bastidores, mas sem nada concreto. Jackson Charles sabe que, se o PSB bancar uma candidatura puro sangue, poderá encontrar dificuldades no decorrer da campanha. Por enquanto, as conversações para formação de uma nova frente política estão mais avançadas com o PSC, PPS, PEN e PDT do vereador Paulo de Lima. “Além de Frei Valdair, que chegou recentemente ao partido, poderemos ter a adesão de outros vereadores ao nosso projeto”, afirma Jackson.
O vereador não exclui abrir um canal de diálogo com outras forças políticas importantes, como o PT do prefeito João Gomes, o SD do deputado Carlos Antonio e o PSDB do deputado federal Alexandre Baldy. Inclusive, o tema foi pauta de reunião realizada recentemente pela Executiva estadual do partido. As lideranças chegaram à conclusão que, caso as conversações avancem em Anápolis, Frei Valdair terá sinal verde para formar uma aliança com partidos maiores. “Nós não temos nenhum problema com outros grupos políticos, portanto temos abertura para dialogar com qualquer partido que demonstre interesse em formar conosco uma aliança”, diz Jackson Charles.
Projetos pessoais
Em relação aos projetos pessoais na política, Jackson afirma que sua missão é ser submetido novamente à avaliação das urnas no pleito deste ano. Ele que concluirá seu primeiro mandato na Câmara diz que precisa ser reeleito para então pensar em galgar novos cargos na política. “Se o resultado destas eleições for satisfatório e positivo, aí poderei pensar em dar um passo maior na política.”
O grupamento político formado por PHS, PEN, PPS e PSD, denominado de G-4, deverá expor quatro nomes a pré-candidatos à Prefeitura de Anápolis em fevereiro. O pastor evangélico e presidente do diretório municipal do PHS, Elismar Veiga, afirma que no próximo mês as reuniões e encontros entre as siglas deverão retornar com vistas de sacramentar um nome dentre os quatros que serão colocados como pré-candidatos. Por enquanto, além de Elismar Veiga, Thiago Sousa do PSD e Dominguinho do Cedro do PEN são pré-candidatos do grupo. Falta o PSD, presidido por Thiago Sousa, apresentar seu nome a postulação a prefeito no pleito deste ano. Em 2015, o G-4 promoveu debates temáticos para extrair ideias, sugestões e ouvir os anseios da população anapolina. “Em fevereiro haverá nova reunião para que, cada um apresente um pré-candidato a prefeito, para que desta união possa nascer uma candidatura sólida”, diz Elismar .

[caption id="attachment_57685" align="alignnone" width="620"] Prefeito João Gomes inspeciona novo gramado do Jonas Duarte[/caption]
A primeira etapa das obras previstas do projeto de ampliação e reestruturação do estádio Jonas Duarte está finalizada e o principal espaço esportivo de Anápolis está apto para o início do Campeonato Goiano de Futebol na cidade que acontece neste domingo, 31, entre as equipes do Anápolis e Anapolina. O clássico promete reunir 10 mil torcedores do Galo e da Rubra, apelido das duas equipes.
A liberação foi realizada pelas instituições de segurança, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar por meio dos laudos competentes e atestada pelo presidente da Federação Goiana de Futebol (FGF), André Pitta, pelo prefeito João Gomes e demais autoridades. Faltam apenas os retoques finais que incluem a demarcação do campo e serviços de limpeza.
O prefeito João Gomes (PT) destacou a importância da finalização desta primeira etapa das obras mencionando que esta vem em benefício aos milhares de torcedores que vão lotar o estádio no próximo domingo. “Trabalhos muito nestes últimos meses e o resultado está aqui. Esperamos um bom jogo no domigo”, disse o prefeito.
Projeto
A reforma do Estádio Municipal Jonas Duarte permite a ampliação do principal espaço esportivo da cidade. Serão feitos também uma nova arquibancada, contemplando três pavimentos: subsolo; térreo e nível superior, estrutura onde os torcedores ficam. Após as intervenções, a capacidade do estádio passará de 10 mil atuais para 15 mil pessoas que poderão acompanhar de perto os jogos.
Dentro do projeto, serão utilizados cerca de 1.160 m³ de concreto armado e mais de 116 toneladas de aço.
A Companhia Nacional de Trânsito e Transportes (CMTT) iniciou na semana passada uma ação conjunta com os principais shoppings de Anápolis. O diretor do órgão, Alex Martins Araújo, explica que, no primeiro momento, a fiscalização vai ter somente um caráter educativo. Os carros encontrados ocupando os espaços destinados aos idosos e aos portadores de mobilidade física reduzida que não tenham o cartão de estacionamento — esse documento é que garante o direito às vagas preferenciais — vão levar multa. “A proposta é mostrar aos infratores que eles estão na mira da fiscalização e foi dado o aviso: se tiver próxima vez também vai ter penalidade”, explica o diretor da CMTT. Estacionamentos de uso público e também privados de livre circulação, como de shoppings e supermercados, devem dispor de 5% e 2% de suas vagas, respectivamente, para idosos e deficientes físicos. Isto é regra em todo país e vale desde 2008.
[gallery type="slideshow" ids="57124,57123,57122,57121"] Já está valendo. Diferentemente dos outros anos, há quem diga que devido à mudança na legislação eleitoral, a pré-campanha se tornou mais importante do que a campanha eleitoral propriamente dita. Portanto, os personagens que, oficialmente, entrarão na disputa à Prefeitura de Anápolis se movimentam para consolidar cada vez mais os seus nomes. Não é segredo para ninguém que o prefeito João Gomes (PT) tentará se reeleger, mantendo a supremacia política do PT na cidade. Vice de Antônio Gomide nas eleições de 2012, o chefe do Executivo municipal adquiriu personalidade administrativa própria, ou seja, já não depende mais da sombra de Gomide para governar. Nestes dois anos, o volume de obra entregue e iniciada pelo petista é enorme, dentre elas a implantação de seis corredores do transporte coletivo urbano, um empreendimento de R$ 77 milhões provenientes do Ministério das Cidades e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) — será a maior obra da história de Anápolis. A dúvida que paira é: quem será escalado para a vice de João Gomes? O PT vai bancar uma chapa puro sangue, apesar de aglutinar uma dúzia de legendas satélites numa ampla aliança? Ou os petistas vão usar a vaga de vice para barganhar alguma outra legenda de peso eleitoral, como o SD do deputado estadual Carlos Antonio? Enquanto isso, o líder do Solidariedade em Anápolis segue articulando. Carlos Antonio teve um ano de 2015 de destaque na Assembleia Legislativa e foi considerado por jornalistas que cobrem o parlamento goiano o deputado do ano. Há indícios de que ele mantém conversações avançadas com João Gomes e, ao mesmo tempo, estuda viabilizar candidatura própria. A definição sobre qual caminho o SD seguirá somente será conhecida em maio. Já o PSDB segue no impasse e dá impressão que já jogou a toalha. Inclusive ventilou-se a ideia dos tucanos indicarem um vice para o petista João Gomes, possibilidade esta que já foi afastada. Enquanto isso o deputado federal Alexandre Baldy continua em cena ou rascunhando um balão de ensaio em torno de uma possível candidatura ao Executivo de Anápolis. Em sua espreita o vereador Fernando Cunha articula politicamente com vistas a engatar um projeto político que o alce à Prefeitura. Assim como no SD, o posicionamento do PSDB somente será conhecido depois de março, apesar de a pré-campanha ter maior peso no pleito deste ano. Correndo por fora continua o G-4, grupo que reúne o PSD, PHS, PEN e PPS. Os dirigentes destas siglas promovem periodicamente alguns seminários com vistas em aglutinar lideranças de bases eleitorais, para que consigam chegar com força no momento das definições de alianças. Noutras palavras, se não houver candidato a prefeito oriundo da união destas legendas, o foco será negociar com outros grupamentos políticos, como o liderado pelo PT, por exemplo. Outra incógnita que ainda tira o sono de muitos políticos em Anápolis é a possível candidatura do ex-prefeito Ernani de Paula, atualmente filiado ao Pros. De posições polêmicas e afastado da política anapolina depois de uma administração traumática, seu ressurgimento por meio de uma possível candidatura a prefeito deverá “bagunçar o coreto”. Outra dúvida que persiste é se Ernani desistiria de seu projeto à Prefeitura para prestar apoio a outro candidato. Será algo interessante de se acompanhar, levando em consideração que, recentemente, ele foi rejeitado ao tentar se filiar no PSB. Afinal, qual político vai querer posar para a foto com Ernani de Paula ao lado, em cima de um palanque? Seja lá qual for o cenário, não há dúvida enquanto ao protagonismo político do PT e do PSDB do governador Marconi. O ex-prefeito Antônio Gomide será um personagem indispensável da campanha de João Gomes e seu nome foi escalado para coordenar a campanha da reeleição do prefeito.