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Vítima ou bandido, ninguém merece morrer

Assassinato brutal de garotinha de apenas 7 anos não pode ser combustível para propagar mais violência em uma sociedade que não aguenta mais sofrimento

Cartas

“Qual língua nos aproxima mais do verdadeiro entendimento do universo?”

DURVAL ARAÚJO A tese lembrada por Anderson Fonseca em artigo para o “Opção Cultural” [“A realidade é uma criação da palavra”] tem a ver com uma linha de pensamento denominada “Realismo dependente do Modelo”. Hawking e Mlodinow dissertam sobre isso em “The Grand Design” (“O Grande Projeto”). Veja por exemplo, os dois principais modelos do universo: o geocêntrico e o heliocêntrico. Com o primeiro modelo, que fixa a Terra no centro, é possível descrever e prever as posições dos planetas no céu com boa precisão. Com o segundo modelo, que fixa o sol no centro, de igual modo justificamos e predizemos os fenômenos celestes. Ambos os modelos funcionam e concordam, cada qual a seu modo, com as observações astronômicas sobre planetas e astros. Se correto é aquilo que está de acordo com as observações, então não se pode dizer que nenhum dos modelos está errado. Mas qual é o que fornece a imagem real do universo? O que você escolher será o real. Não existe uma realidade independente de um modelo, como não existe uma realidade independente da linguagem. Basta dizer, que não existe realidade que independe da linguagem, pois um modelo matemático é uma linguagem. Não obstante, se adotarmos um postulado metafísico apresentado por Newton nos seus “Principia” que dita que “a natureza não faz nada em vão, ao passo que, com muitas coisas, faz-se em vão o que se pode fazer com poucas. A natureza ama a simplicidade e não superabunda em causas supérfluas”, poderemos a partir dele decidir qual modelo constitui a realidade da natureza. Compare os dois modelos, seus desenhos, ambos são compatíveis com as observações, mas o geocêntrico é extravagante (encerra muitas hipóteses), ao passo que o heliocêntrico é sucinto (encerra bem menos hipóteses). Tendo em vista o postulado metafísico citado, diremos que o modelo heliocêntrico corresponde à verdadeira imagem do universo, pois “a natureza é simples”, e como tal, deve ser descrita por um princípio igualmente simples. Podemos, então, nos perguntar – considerando as várias línguas diferentes, umas mais complexas que outras: será que a língua mais sucinta e econômica seria também aquela que nos aproximasse do verdadeiro entendimento do universo? [“A realidade é uma criação da palavra”, Opção Cultural, Jornal Opção Online]

“O filme ‘A Chegada’ é mais desafiador que ‘Interestelar’”

PHILIPPE SARTIN “Interestelar” pode ser mais impressionante de um ponto de vista narrativo, mas as pequenas explicações (como – e é só um exemplo – num momento em que duas personagens com um razoável conhecimento de Física descrevem um para outro os elementos da explicação da relatividade) tornam a trama um tanto didática. Pelo menos nesse ponto, acredito que “A Chegada” seja um pouco mais cru e, em certo sentido, mais desafiador. [“A Chegada só é interessante do ponto de vista linguístico”, Opção Cultural, Jornal Opção 2168]

“Uma intromissão menor do Estado nas liberdades individuais”

JOÃO PAULO LOPES TITO Disciplina é liberdade. E liberdade é responsabilidade. Isso daí denota uma intromissão menor do Estado nas liberdades individuais. Talvez a cultura, educação e senso crítico dos franceses possibilite esse tipo de medida. Por aqui, as discussões geralmente se estagnam nas redes sociais, infelizmente. [“França autoriza exibição de filmes com cenas de sexo explícito para menores de 18 anos”, Opção Cultural, Jornal Opção 2169] João Paulo Lopes Tito é advogado, servidor do TJ-GO e estudante de Cinema.

“Na expectativa pela volta de um jornal independente”

EDUARDO DAVID Fui leitor e assinante do JB durante muitos anos. Estou na expectativa pela volta impressa de um jornal independente como sempre foi.

“Retorno que é um bem à alma brasileira”

IVAN CARNEIRO GOMES Eu também fui repórter e redator do JB na sucursal de Porto Alegre. Um grande jornal com uma fantástica história. Seu retorno fará bem à alma brasileira!

“Bela reportagem com um ex-oficial da FEB”

DURVAL JUNIOR Bela reportagem com um entrevistado raro: um ex-oficial da FEB, ainda vivo e lúcido. Apenas uma observação: o U-507 jamais recebeu “ordem de atacar os navios brasileiros”. Tal iniciativa coube a seu capitão, Harro Schacht. O U-507 era um “lobo solitário”, pois os outros dez submarinos a que se refere o entrevistado faziam parte da “Operação Brasil”, abortada dias depois de desencadeada, em julho de 1942. [“Waldyr O’Dwyer: o relato de um oficial do Exército sobre a participação brasileira na 2ª Guerra Mundial”, Jornal Opção 2168]

“Não acredito em golpe militar, mas o cenário é preocupante”

TALMON PINHEIRO LIMA Raul Jungmann [ministro da Defesa] é um dos grandes quadros políticos brasileiros. Pessoa certa no lugar certo. Se ele externa tal preocupação com um cenário de futuro institucional incerto é algo a se preocupar, principalmente considerando o que estamos presenciando Brasil afora (Amazonas, Roraima, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Espírito Santo), onde as Forças Armadas foram convocadas para garantir a lei e evitar uma comoção pública. O recado foi dado. Mas não acredito em golpe, intervenção militar ou algo similar. Já passamos desse tempo. [“‘Militares temem que a irresolução da crise e seu agravamento os tire dos quartéis’, diz ministro”, Jornal Opção Online] Talmon Pinheiro Lima é advogado.

“A maioria favorável à intervenção militar não viveu aquela época”

LUIZ AUGUSTO PARANHOS SAMPAIO Sofri muito em 1963 e 1964. Há muita gente dando palpite e ainda estava “mamando” naquela época. São passados mais de 50 anos de minha prisão e sei o que é um período de exceção. Muitos há que falam besteiras sem que saibam o que vem a ser uma ditadura. A maioria, tenho certeza, dos que opinam não viveram, não sabem nada e dizem algo por ouvir dizer. Não sabem, por exemplo, o que é ficar se escondendo em chácara fora de Goiânia para não ser preso, mesmo não sendo comunista. Apenas, respondendo a inquérito militar (os IPMS) porque tinha e proferia conferências, discursos e dava aulas abordando problemas nacionais. Esses “babacas” que opinam favoravelmente ao intervencionismo não viveram aquela época. Não sabem de nada, nada mesmo. Daí, não entrar nessas discussões com pessoas que nasceram após o golpe ou, então, que estavam ainda mamando ou fazendo xixi na cama. Temos, sim, de apoiar essa limpeza na política. Diferente, no entanto, é ficar desejando, sem conhecimento, uma intervenção militar. Luiz Augusto Paranhos Sampaio é escritor e advogado.

“O recado está dado pelas Forças Armadas”

GILBERTO MARINHO O recado está dado: as Forças Armadas estão atentas ao cenário político-econômico nacional e, sem qualquer sombra de dúvida, vão cumprir a sua missão constitucional – quando for preciso e no momento que for preciso. Gilberto Marinho é jornalista

Será que Trump entendeu?

Discurso confuso do presidente ame­ricano mostra que ele sabe pouco do que se passa no Oriente Médio [caption id="attachment_87546" align="alignleft" width="620"] Trump para Netanyahu: “Eu vejo dois Estados ou um Estado, e eu vou gostar ain­da mais daquele que as duas partes acharem melhor” | Foto: AP Photo/Pablo Martinez Monsivais[/caption] Não foi exatamente o que Albert Eins­tein tinha em men­te, mas na quarta-feira passada em Washington, o mundo pôde ver uma rara de­monstração de como tudo passa a ser realmente relativo quando o entendimento é superficial. “Eu vejo dois Estados ou um Estado, e eu vou gostar ain­da mais daquele que as duas partes acharem melhor.” A declaração inédita, que muda os rumos da política americana para a solução do conflito entre palestinos e israelenses, é do presidente americano Donald Trump, que na quarta-feira, 15, encontrou-se com primeiro-ministro de Israel Benyamin Netanyahu, que também é seu amigo. O que exatamente ele quis dizer com isso, assim como a teoria de Einstein, é relativo. Durante a conferência com a imprensa na ala leste da Casa Branca, Trump disse também que o amigo “Bibi” terá que conter a expansão dos assentametos nos territórios palestinos. Há um pouco pra tudo nesse discurso desconexo e totalmente confuso do presidente americano para o conflito mais antigo da nossa era. Alguns podem dizer que a intimação pública de Trump para frear as construções na Cisjor­dâ­nia, além do anúncio das concessões que Israel terá de fazer caso um acordo venha a surgir, indicam que a nova administração deverá pressionar o governo de Ne­tan­yahu. Já outros veem as palavras de Trump como o início de uma nova era, e que Israel agora tem “carta branca” para fazer o que quiser nos territórios palestinos. Antes do encontro oficial na Casa Branca, há rumores de que os dois líderes tiveramum “tét a tét” em particular, e que durante essa conversa Netanyahu teria explicado ou pelo menos tentado explicar o conflito, para que Trump pudesse enfim se sentir seguro ao formar uma opinião sobre a disputa interminável entre israelenses e palestinos. Mas quando os dois estavam à frente das câmeras ficou bem claro que Do­nald Trump entende pouca coisa ou quase nada do que se passa no Oriente Médio. En­quanto Ne­tanyahu falava via-se um anfitrião atento mas ao mesmo tempo perdido entre tantos dados e informações que de fato tornam o entendimento do conflito ainda mais complicado, até para o atual homem mais poderoso do mundo, que parece ter compreendido que a disputa entre palestinos e israelenses não é somente uma questão de “business”. Para não complicar ainda mais, Netanyahu, que é um homem inteligente, resolveu explicar a origem da posse da terra para o colega, da mesma forma como por aqui se explica aos americanos: os chineses são chamados de chineses porque são da China. Os japoneses porque são do Japão. E os judeus são chamados judeus porque vieram da Judeia. É claro que não são os conhecimentos do presidente americano sobre o assunto que estavam sendo testados. Suas posições poderão mudar ao longo dos próximos quatro anos. Já o premiê israelense tem um compromisso com país que ele governa. Para Trump, um Estado ou dois, talvez sejam a mesma coisa, já para Israel é uma questão existencial. O governo israelense, cujos diversos membros que fazem parte da ala conservadora e extrema-direita da coalizão, já pensam em anexar toda a Cisjordânia, sabem que se adotarem a decisão de um Estado, terão que garantir a todos os cidadãos, sejam judeus, muçulmanos ou cristãos, os mesmo direitos, e isso seria o fim da ideia do sionismo. Um primeiro-ministro que insiste que os palestinos reconheçam Israel como a nação dos judeus em um futuro acordo de paz, não pode ao mesmo tempo trabalhar com a ideia de apenas um Estado para dois povos. Não faz sentido. Netanyahu recebeu de Trump todo o apoio que precisa para, a partir de agora, empreender qualquer tipo de política que possa levar a um acordo. O presidente americano já não é mais o “osso duro” chamado Obama, que ele teve que roer, por longos oito anos. O caminho está livre, de agora em diante a responsabilidade está totalmente em suas mãos. Se ele se render à extrema-direita, que é a base que garante a política para os assentamentos, e à ideia de anexação, estará dando um golpe mortal na “solução para dois Estados”, o que pode levar Israel direto para o abismo ou para caminhos perigosos e desconhecidos. l

Assim como qualquer decisão da vida, escolher a morte é direito do ser humano

Eutanásia e suicídio assistido são temas que a sociedade se nega a discutir por medo, egoísmo e até mesmo ignorância. É preciso sair da caverna e enfrentar a luz

Testando limites

A pergunta que o mundo faz neste momento é: Por que o Irã decidiu testar a paciência da nova administração dos Estados Unidos lançando mísseis balísticos intercontinentais?

A linha (não tão) tênue entre liberdade de expressão, preconceito e idiotice

Caso do estagiário demitido após postagens contra feministas mostra que as redes sociais não são terra sem lei e discurso de ódio não é opinião

Cartas

“Por que ‘A Chegada’ é meu favorito”

[caption id="attachment_86912" align="alignnone" width="620"] “A Chegada” mostra como linguagens diferentes podem afetar nossa percepção do espaço-tempo | Foto: Divulgação[/caption] Anderson Fonseca “A Chegada” é meu filme favorito. Imagine você como funciona nossa percepção do tempo. Bem, já há provas de que nossa percepção do tempo é influenciada por nossa linguagem. Além disso, o tempo é efeito da termodinâmica no cérebro. O tempo segue uma seta do passado para o futuro e você observa isso na expansão do universo ou numa casa em desordem, mas a linguagem afeta nossa percepção do tempo e do espaço. Uma cultura que veja o tempo como um movimento cíclico construirá uma linguagem em que isso seja representado. O verbo, neste caso que se refere aos estados transitórios, seria diferente. Na Bíblia, em Eclesiastes 3: 9, o tempo é descrito como cíclico. Deus, por exemplo, é chamado de “É” ou de “Já”, em várias passagens bíblicas, porque Ele não participa da transitoriedade a qual os homens estão sujeitos. Por isso, para Deus é usado o verbo ser na terceira pessoa (“É”) e nenhum hebreu pode usá-la. Imagine então uma sociedade criada em um planeta cujo movimento rotativo seja menor que 24 horas, ou, orbitando um quasar. A percepção do tempo não apenas seria diferente, mas a linguagem que representa esta percepção também. Agora, imagine uma sociedade formada em um satélite artificial orbitando um buraco negro. Nesta, a percepção do tempo é afetada pelo movimento translativo, rotativo, gravidade, entropia etc. Imagine, então, que um membro desta sociedade entre em contato conosco. Quando aprendermos sua linguagem, nossa percepção do espaço-tempo será afetada. Uma comunidade que não usa substantivos para orientação espacial como direita e esquerda, estranharia nossa descrição do espaço, mas, depois de estar conosco e aprender, passaria a usar em seu próprio habitat. Há uma tribo aborígene que não enxerga a cor azul. Uma experiência feita com eles, em que em um desenho hexagonal há quadrados de cores verdes e apenas um azul, esta cor só foi percebida após ter sido indicada pelos cientistas. Por que eles não percebiam? Porque em seu vocabulário há diversos nomes para a cor verde, mais não há o azul. Nossa percepção da cor é afetada pela linguagem e só percebemos algo depois que nomeamos. Bem, então é assim: a língua afeta nossa percepção do espaço e do tempo, logo, se aprendemos outra língua esta percepção é modificada. [“A Chegada só é interessante do ponto de vista linguístico”, Jornal Opção Online, Opção Cultural] Anderson Fonseca é escritor.  

“Até hoje os italianos homenageiam os ‘pracinhas’ brasileiros”

Gilberto Marinho As cidades italianas, onde os soldados brasileiros combateram, até hoje homenageiam os nossos “pracinhas”. Um dos horrores da guerra é a fome – que atinge, principalmente, crianças, mulheres e idosos. O soldado brasileiro era o único que dividia sua ração com eles. Todos os anos, as crianças das escolas “primárias” dessas cidades italianas se reúnem para homenagear a FEB [Força Expedicionária Brasileira], cantando em português o “Hino do Expedicionário” – hino que, aliás, a maioria dos nossos professores de história e dos brasileiros desconhece. A banda sueca Sabaton compôs uma música para homenagear ato de heroísmo de três pracinhas brasileiros. [“Waldyr O’Dwyer: o relato de um oficial do Exército sobre a participação brasileira na 2ª Guerra Mundial”, Jornal Opção 2169] Gilberto Marinho é jornalista.  

“Um ‘estudioso’ deveria interpretar melhor a mensagem de J. R. R. Tolkien”

Ivan Vieira No Brasil não existe interpretação textual, por isso a molecada acha plausível ser fã de “Star Wars” e apoiar o golpista Michel Temer (PMDB); acha normal curtir “X-Men” e defender Jair Bolsonaro [deputado federal pelo PSC-RJ]. Como um católico nascido em fins do século 19, John Tolkien era muito conservador em sua mundividência e isso se torna explícito nas cartas. Mas o seu legado é uma apologia à diversidade e um manifesto pelas diferenças, talvez porque ele buscasse restaurar a mensagem crística em sua essência por meio da sua obra. Um leitor de “O Senhor dos Anéis” não pode ignorar a pulsante mensagem de tolerância e empatia, já que Gandalf defende a vida do próprio Sméagol quando Frodo “Bolsomínion” questiona por que Bilbo não o matou quando teve chance. Um “estudioso” deveria ser mais cauteloso e interpretar melhor a mensagem de amor e empatia de J. R. R. Tolkien. Ivan Vieira é professor assistente na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO).  

“O governo tem a obrigação de investir nos presídios”

Patrícia Valéria Ferreira Concordo com o jornalista Elder Dias. Vejo opiniões contrárias, pessoas querendo a volta da lei de talião. Como já disse alguém, assim vamos acabar um país de mutilados. Assim como em áreas como saúde e educação, o governo tem a obrigação de investir nos presídios que faz parte da Segurança. Não podemos nos comportar como bárbaros, simplesmente virar as costas pra esse horror não o fará menos terrível. Esse preso um dia retornará para a sociedade. A pergunta é: em que condições? Presos de menor periculosidade saem do presídio verdadeiros assassinos porque em locais como esse funciona uma escola do crime. Não dá para governantes jogarem a sujeira embaixo do tapete. Vejo soluções paliativas em andamento mas ninguém mencionou a construção de novos presídios e cadeias. [“A prisão é o esgoto da sociedade. Mas mesmo os “dejetos” devem ser tratados”, Jornal Opção 2167]  

“Vamos querer que os presidiários saiam pior do entraram?”

Itamar Oliveira As pessoas não param para pensar. Não estamos preocupados com o bem-estar dos internos, como picham por aí: estamos preocupados com a maneira com a qual vão sair de lá, pois eles voltarão pra sociedade. Então, vamos querer eles pior do que quando entraram lá? [“A prisão é o esgoto da sociedade. Mas mesmo os “dejetos” devem ser tratados”, Jornal Opção 2167] Itamar Oliveira é engenheiro ambiental.  

“Olavo de Castro mereceria ser estudado como empresário”

Alberto Nery Quando ouvimos dizer que um empresário construiu no Brasil qualquer empreendimento com recursos próprios, é obrigação que ele seja estudado. Porque aqui ninguém constrói nem casa de joão-de-barro sem ajuda bancária, principalmente de banco estatal. [“Morre Olavo de Castro, o empresário que construiu o Castro’s Hotel com recursos próprios”, Jornal Opção Online]   Durval Junior Bela reportagem com um entrevistado raro: um ex-oficial da FEB, ainda vivo e lúcido. Apenas uma observação: o U-507 jamais recebeu "ordem de atacar os navios brasileiros". Tal iniciativa coube ao seu capitão, Harro Schacht. O U-507 era um "lobo solitário", pois os outros dez submarinos a que se refere o entrevistado faziam parte da "Operação Brasil", abortada dias depois de desencadeada, em julho de 1942.

Com Trump no poder, líderes palestinos esperam tempos difíceis

Política israelense de acelerar construções nos assentamentos é considerada uma pá de cal no processo de paz em negociação

Novos vereadores devem discutir questão Uber de forma técnica e ouvindo a população

Discursos preocupantes da atual Legislatura sugerem que parlamentares estão mais preocupados em atender os interesses classistas do que aprofundar debate

Discurso de ódio nosso de cada dia

AVC de Marisa Letícia, esposa de Lula, foi exaltado por usuários nas redes sociais, em mais um lamentável episódio de intolerância no Brasil

Mudança de embaixada dos EUA de Tel Aviv para Jerusalém pode ser explosiva

Mudança de endereço é o reconhecimento do governo de Donald Trump de que Jerusalém é a capital de Israel. O assunto é crucial em qualquer discussão sobre a paz no Oriente Médio, pois palestinos querem Jerusalém como sua futura capital

“Apontem um político da safra atual por quem se possa pôr a mão no fogo”

Roberto Brandão Deixo meus cumprimentos e meus parabéns ao sr. Euler de França Belém pelo excelente Editorial “Brasil precisa mais de instituições sólidas do que de Teori Zavasckis” (Jornal Opção 2167) — inteligente, sagaz, de profundo conhecimento da história do Brasil e do mundo. Como saudosista que sou, já na ‘melhor idade’ (72), agradeço-lhe ter mencionado com tamanha precisão os perfis dos dois maiores estadistas brasileiros, Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek. Quanto ao “movimento atual” (Ope­ração Lava Jato), altamente necessário para se tentar melhorar o nível dos polí­ticos/empresários/chefes e servidores públicos, tenho apenas uma ressalva a fazer: para que se torne 100% confiável e com a eficiência no combate à corrupção tão desejada, a investigação teria de ser menos seletiva, investigando e combatendo todas as suspeitas e delações e não deixando margens à dúvida sobre sua imparcialidade com o propalado e famoso “não vem ao caso”. Ora, apontem-me, por favor, um único político dessa safra atual por quem possamos pôr a mão no fogo (sem se queimar) dizendo: “Esse é honesto e incorruptível”, mesmo sendo do ‘PSDB’ (o partido da elite, grande mídia, empresariados e banqueiros). Tenho um sonho, que é uma utopia, eu sei, mas, quem sabe, daqui a uns 100 ou 200 anos o mesmo possa se realizar: ver nosso querido Brasil, tão grande e tão rico, ser governado, no geral — esferas federal, estadual e municipal — por políticos e legisladores íntegros e honestos, que trabalhassem pensando no Brasil e em seu povo. Em 20 ou 30 anos não existiria país ne­nhum igual. E-mail: [email protected]  

“Um best-seller tipo John Green”

Luana Alvez Luterman Estou desapontada com o filme. É um repeteco estilístico de “Moulin Rouge” e “Chicago”. Sinceramente, não faz meu tipo. Fora que é piegas, e mamão papaya já tem açúcar, não precisava de mais. Não é de tudo ruim, mas também não é bom. Dou no máximo 8,5 (sempre acho que há modos melhores que o estilo hollywoodiano de narrar). Há best-sellers e há clássicos. Eu hoje vi na telona um best-seller tipo John Green. [“La La Land iguala recorde de Titanic em indicações ao Oscar”, Opção Cultural] Luana Alves Luterman é doutora em Linguística e professora da UEG.  

“Estamos ainda no estágio de ‘deitados’ em berço esplêndido”

Adalberto de Queiroz Até a beleza merece comentário. A diferença é de superestrutura. A Holanda pode se dar ao luxo de fazer isso, como Goiânia até tentou, mas é civilizatório o que faz o alcaide paulistano [o prefeito João Doria (PSDB)]. A questão entre nós é um buraco mais fundo. Vejam o Itego [Instituto Tecnológico de Goiás], no alto do Setor Universitário. Mandem fotografar para comparar ao “clean” espaço urbano holandês. Não há base para isso – ou até há: comparem os banheiros públicos com as “toilletes” públicas de Amsterdam e entenderão. Estamos ainda naquele estágio de “deitado(s) em berço esplêndido”, para usar a expressão de J. O. de Meira Penna [escritor e diplomata liberal brasileiro]. [“Enquanto Doria enche São Paulo de tinta cinza, cidade holandesa espalha poesia por seus muros”, Opção Cultural] Adalberto de Queiroz é escritor e empresário.

Considerações sobre o terror de ontem e de hoje

[caption id="attachment_85920" align="alignright" width="620"] Terror de hoje não será de curta duração. O mundo ocidental terá que se confrontar com este câncer por muito tempo[/caption] O termo terror (do latim terrore) surgiu durante a Revolução Francesa, entre a queda dos Girondinos (31 de maio de 1793) e a de Robespierre (27 de setembro de 1794). Milhares de pessoas morreram, arbitrariamente, durante aquele período de 14 meses através da guilhotina. Em determinados dias, o número de guilhotinados ultrapassava a casa dos cem. Ao todo, foram decapitadas mais de um milhão de pessoas. O terror vinha de cima, o que originou a expressão Regime de Terror. O Estado, como instituição política, servia-se do terror para alcançar seus objetivos políticos. Maximilien de Robespierre, Louis-Antoine de Saint-Just e Joseph Fouché são os homens mais conhecidos que defendiam o regime de terror da época. Seus nomes bem poderiam constar como os primeiros representantes do terror da Idade Moderna. Seguiu-se o período de Napoleão Bonaparte, não menos imbuído de terror, cujas tropas conturbaram a Europa, inclusive o Egito. Durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918) o terror era instrumento usual praticado entre ambas as partes: de cima e de baixo. O mesmo sucedeu-se na Guerra Civil Espanhola (1936-1939) na qual os falangistas que, em terminologia atual, nada mais eram do que terroristas treinados para combater o inimigo em emboscadas, explosão de cruzamentos estratégicos em estradas, vias férreas ou de pontes para dificultar o deslocamento do inimigo. Ernest Hemingway, em sua obra “Por Quem os Sinos Dobram”, descreveu os atos de terror praticados naquela guerra civil. Mais ou menos na mesma época, os “partigiani” na Itália iniciam suas atividades “de baixo” contra o terror fascista de Mussolini; com o mesmo espírito combativo, os “partisanes” ou “partisãos” dos Bálcãs, entre os quais encontrava-se o próprio Josef Broz Tito, agiam nos subterrâneos contra o terror de cima. Tito tinha passado por uma escola de espionagem do Império Áustro-Húngaro antes da 1ª Guerra Mundial e tornara-se o homem forte da ex-Iugoslávia após a 2ª Guerra Mundial. Colega de classe de Tito na escola de espionagem foi Adolf Hitler que, posteriormente, instituiu um dos regimes de terror mais hediondos da História. Joseph Stálin e seus sucessores lideraram o regime de terror da União Soviética que incluía todos os países comunistas do leste Europeu. Acrescente-se ainda Mao Tsé-Tung da China, Ho Chi Minh da República Democrática do Vietnam e Pol Pot do Camboja. Em termos de atrocidades, onde o terror vinha de cima, encontram-se todos em mesmo pé de igualdade. Na Europa, os últimos representantes desta espécie foram António de Oliveira Salazar, de Portugal, que morreu em 1970; Francisco Franco, da Espanha, em 1975, e Nicolae Ceausescu, da Romênia, executado em 1989. Os líderes políticos da República Democrática da Ale­manha, a Alemanha comunista, que sucumbiu com a queda do Muro de Berlim, também são representativos de um regime de terror. Fidel Castro, um parente político dos demais citados, morreu há pouco. Entre os vivos encontram-se dois políticos exóticos de idêntica periculosidade: o caricato Kim Jong-un, líder máximo da Coreia do Norte, e Rodrigo Duterte, atual presidente das Filipinas. O último tem demonstrado ser um presidente excêntrico, fascínora psiquicamente desiquilibrado, que se gaba de ter matado pessoalmente dezenas de drogados ao fazer ronda em sua moto, enquanto chefe de polícia de Manila. A Europa mudou em 1968 com a revolta estudantil, quando a juventude saiu às ruas portando cartazes com Che Guevara, Ho Chi Minh e Mao Tsé-Tung. Foi difícil entender as razões pelas quais a juventude estudantil de então idolatrava líderes que foram, reconhecidamente, os maiores carrascos do século 20. Na Alemanha, surgiu o grupo terrorista Baader-Meinhof, responsável por vários atentados mortais conta altos representantes da política, da indústria e da rede bancária. Na França, esses acontecimentos quase derrubaram o general Charles de Gaulle, na época, presidente do país. As arruaças em Paris só terminaram quando de Gaulle, num pronunciamento enfático na televisão, advertiu: “Demonstração sim; anarquia não”. A turba entendeu. As arruaças silenciaram, mas alguns arruaceiros daquela época fazem parte da política europeia até hoje. A Europa mudou em 1968, mas o mundo mudou a partir do 11 de setembro de 2001, o dia que entrou na história com a designação 9/11, “Nine Eleven” , o dia no qual o “terror de baixo” transformou em cinzas as torres gêmeas do World Trade Center em Nova Yorque, símbolo do capitalismo ocidental, odiado por uma parcela do mundo islâmico, na época, representada por Osama bin Laden. George W. Bush, então presidente dos Estados Unidos, declarou guerra contra o radicalismo islâmico e invadiu arbitrariamente o Iraque, o que terminou com mais um fracasso bélico dos Estados Unidos depois da Guerra do Vietnam (1955-1975) e a Guerra do Afeganistão, que perdura até hoje. A invasão do Iraque contribuiu para acirrar o já existente profundo ódio de certos grupos islâmicos contra o ocidente. Nasceu daí o Estado Islâmico, que nem Estado é, mas que, com seu regime de terror baseado numa interpretação fanática e duvidosa do Alcorão, ameaça não só a Europa, mas o mundo ocidental em seu todo. A onda migratória, resultado da total destabilização do Oriente Próximo e a desesperançosa situação de vida de grandes regiões da África, serve aos islamistas radicais como argumento para aniquilar o mundo ocidental que veem como decadente. A selvageria, o canibalismo e o barbarismo fazem parte da teoria evolucionista de certos grupos em diversas sociedades humanas. Tudo isto pertence ao passado. Mas o islamismo radical, representado pelo Estado Islâmico (EI) e demais grupos e grupelhos idênticos que veem a sua religião como a única verdadeira, demonstra, com seus ataques terroristas no mundo ocidental, querer voltar àquele passado. As imagens transmitidas pelo EI são altamente selvagens e barbarescas. Muitos atos terroristas de fundo islâmico têm ocorrido depois do 9/11. A lista é longa e os fatos são conhecidos. No entanto, os acontecimentos na passagem do ano em Berlim, em Istambul, na Síria, no Iraque, no Iémen e demais lugares são prova de incidência crescente. Está em mira o mundo ocidental em seu todo e nenhum país sozinho está em condições de garantir sua segurança. O problema é global e, consequentemente, o terrorismo não tem fronteiras e só pode ser combatido no conjunto da comunidade das nações. Por mais que os serviços secretos do mundo ocidental se esforcem, não há e nunca poderá haver segurança total como demonstra o atentado no mercado natalino em Berlim, na véspera do Natal. A ocorrência foi de tal tragicidade e complexidade que merece comentário à parte. Voltaremos ao assunto. Afinal, o que é que estamos presenciando? Encontramo-nos numa guerra geoestratégica ou num confronto religioso? Eis a questão que preocupa uma legião de políticos, estudiosos e estrategistas. Os serviços secretos mostram-se nervosos. Apesar dos vultosos investimentos em infraestrutura, pessoal, equipamento técnico e eletrônico, os especialistas confrontam-se com um problema de difícil controle e duvidosa solução. Segundo dados da Enciclopédia Britânica, a população mundial em 2010 era de 7 bilhões de habitantes, entre os quais 2,4 bilhões de cristãos (31,5%) e 1,7 bilhões de muçulmanos (23,2%). Um estudo minucioso realizado na Áustria em 2015 estima que, até o ano de 2050, a população mundial será de 9 bilhões de habitantes. A participação cristã permanecerá inalterada com 31,5% ao passo que a população islâmica crescerá a 29,7%, o que em números representa um aumento de 2,2 bilhões de muçulmanos. Isto significa que em 2050 o Islã, provavelmente, superará em números a comunidade cristã. Em 1993, Samuel P. Huntington, cientista político americano, publicou um artigo na revista Foreign Affairs no qual defendera a hipótese de que “a fonte fundamental de conflitos neste mundo novo não será principalmente ideológica ou econômica. As grandes divisões entre a humanidade e a fonte dominante de conflitos será cultural. Os Estados-nações continuarão a ser os atores mais poderosos no cenário mundial, mas os principais conflitos da política global ocorrerão entre países e grupos de diferentes civilizações. O choque de civilizações dominará a política global”. O artigo foi criticado em quase todo o mundo ocidental, razão pela qual Huntington resolveu aprofundar a ideia o que deu origem a sua obra “The Clash of Civilization” (Simon & Schuster, New York 1996). O livro também causou polêmica. Mesmo assim a obra foi traduzida, em poucos anos, em dezenas de línguas. No Brasil, saiu com o título “O Choque de Civilizações e a Recomposição da Ordem Mundial” (Editora Objetiva, 1997). Ao reler o livro, 21 anos depois do lançamento, pode-se constatar que a hipótese de Huntington deixou de ser hipótese. O terrorismo que presenciamos transforma a hipótese do autor em dura realidade. O terror da Revolução Francesa foi de curta duração e teve outras causas do que o terror de nossos dias. O mundo ocidental de hoje continua a usufruir os resultados do lema daquela revolução, uma condensação das ideias iluministas, “Liberté, Egalité, Fraternité”. Em outras palavras, a nossa liberdade é fruto da Revolução Francesa. É bom lembrar-se disso, o que não significa tolerar o terror daquela época. O terror de hoje não será de curta duração. O mundo ocidental terá que confrontar-se com este câncer religioso com muitas metástases malignas, por décadas vindouras do século XXI. O terror de hoje não nos deixará nenhum lema que servirá de diretriz para as sociedades do futuro. O grito de guerra do Estado Islâmico, “Alá é grande”, aliado a seus métodos selvagens que pertencem ao baú da História, definitivamente não pode ser tolerado no mundo ocidental. l

“Tenho enormes dúvidas de que o substituto seja independente como foi Teori Zavascki”

Fabrício Valle Tem que ser um cidadão corajoso – ou muito safado, dependendo do ponto de vista. Se a morte de Teori Zavascki não foi acidente, os responsáveis já possuem um nome para entrar no lugar dele e brecar a Operação Lava Jato. Quem dá um golpe do jeito que foi dado é capaz de tudo. Tenho enormes dúvidas que o escolhido seja independente como foi Teori. Provavelmente, teremos alguém como Gilmar Mendes ou pior. Mas vamos aguardar. [“Lista dos juristas que são mais cotados para substituir Teori Zavascki”, Jornal Opção Online] Fabrício Valle é empresário.

“Todas as minhas fichas vão para Herman Benjamin”

Talmon Pinheiro Lima Todas as minhas fichas para substituir Teori Zavascki vão para o ministro Herman Ben­ja­min, do STJ [Superior Tribunal de Justiça]. Jurista completo, re­digiu várias leis (por exemplo, o Código do Consu­midor), foi promotor e procurador de justiça, ou seja, tem um perfil bem próximo do de Zavascki - que era oriundo do STJ. Outras apostas seriam Heleno Torres, de São Paulo, que era o favorito quando da escolha de Luís Roberto Barroso [ministro do STF desde 2013]. Devido à premência, acredito que o presidente Michel Temer (PMDB) escolherá al­guém que já está em Brasília e que é ministro de tribunal superior. Nesse caso, têm chance os seguintes ministros do STJ: Nancy Andrighi (excelente jurista), Laurita Vaz (goiana e presidente do STJ) e Humberto Martins (vice-presidente do STJ). [“Presidente Michel Te­mer vai indicar imediatamente mi­nistro pra substituir Teori Zavascki”, Jornal Opção Online] Talmon Pinheiro Lima é advogado.

“Vamos fazer uma vaquinha para Galvão Bueno”

Carlos César Higa Vamos fazer uma vaquinha. Galvão Bueno é uma instituição nacional e merece nossa ajuda neste momento de dificuldade. Acho importante também uma manifestação na porta do referido banco que não se cansa de lucrar. Estou contigo, Galvão! [“Galvão Bueno deve 30 milhões a um banco. É o que diz a revista Veja”, Jornal Opção 2166, coluna “Imprensa”] Carlos César Higa é historiador, pedagogo e mestre em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

“Uma reportagem de utilidade pública”

Paulo César Veiga Jardim Acho que a matéria ficou ótima, de utilidade pública. O jornalista Marcos Nunes Carreiro foi cuidadoso. Parabéns ao Jornal Opção pela pauta. [“Pré-diabetes, condição clínica que esconde um sério risco de saúde pública sobre o qual pouco se fala”, Jornal Opção 2167] Paulo César Veiga Jardim é médico cardiologista.

“Com o salário que ganha da Globo, ele ainda deve?”

Luiz Augusto Sampaio Que coisa horrível. Com o salário enorme que ele ganha da Rede Globo ainda deve tal quantia? Absurdo! Cansei-me dele e, quando o vejo na tela, mudo logo de canal. Não. Não vou contribuir. Anti­gamente eu ainda acompanhava suas locuções. Atualmente, não o suporto, pois fala outras bobagens, querendo se mostrar erudito perto de dois ou três palermas que todos sabem seus nomes – tirante o comentarista dos árbitros. Quem militou com proficiência e sabedoria nas rádios sabe o quanto é difícil acompanhar Galvão em suas transmissões plurais: futebol, motociclismo, basquetebol, ciclismo etc. Horrível! Luiz Augusto Paranhos Sampaio é advogado e escritor.

“Clínicas populares já são alternativa ao SUS”

Rafael Macedo Mustafé Acho uma ótima iniciativa. Mas temos de lembrar que o custo para o paciente acaba sendo maior, tendo que arcar com exames complementares e medicações. De qualquer forma, já é uma alternativa ao SUS. Aqui em São Paulo, houve uma grande proliferação dessas clínicas populares. O administrador Thomás Srougi, filho do professor de Urologia da USP [Universidade de São Paulo], dr. Miguel Srougi, montou uma rede de clínicas populares com o nome de “Dr. Consulta” e parece que está tendo sucesso, pois houve grande expansão do número de clínicas. [“Clínica de Goiânia oferece consultas médicas a R$ 100, com pagamento em até dez vezes”, Jornal Opção Online] Rafael Macedo Mustafé é médico.

“Uma tendência, face ao péssimo atendimento da rede pública”

Antônio Macedo Essa é uma tendência atual, face ao péssimo atendimento oferecido pelo SUS. A rede pública não funciona, por causa de má gestão, recursos insuficientes e corrupção. O grande problema para a implantação das clínicas populares são os exames complementares, internação e cirurgia. [“Clínica de Goiânia oferece consultas médicas a R$ 100, com pagamento em até dez vezes”, Jornal Opção Online] Antônio Macedo é médico dermatologista.

Ser branco no Brasil é garantia de estar acima de qualquer suspeita

Episódio de racismo, claro e evidente, envolvendo apresentador e cantora Ludmilla comprova como a sociedade brasileira ainda não aceitou a liberdade do povo negro