Opção Jurídica
Para a advogada e conselheira da OAB-Goiás Carla Sahium, no mês de março muito se fala da mulher. Homenagens, flores, canções... Mas, “quem somos?”, questiona. Ela cita Simone de Beauvoir: “Não se nasce mulher: torna-se”. Precisamos apenas nos descobrir mulheres para que a nossa essência aflore, enfatiza Carla Sahium.
Plantão de faz-de-contas — Se você não é um advogado influente e bem relacionado no meio forense, não se iluda imaginando que vai ser atendido por um juiz ou desembargador do “plantão” do Judiciário goiano. O oficial de justiça vai enganar você, durante toda a noite ou final de semana, dizendo que “o doutor está analisando o seu pedido”. Mentira.
Ele está dormindo e só vai ler o seu pedido quando amanhecer e depois do café da manhã. Plantão judiciário, em Goiás, só funciona mesmo, de verdade, na Justiça Federal.
Hipócrita — Um juiz corrupto, depois de ser afastado de suas funções pelo CNJ por usar o cargo para associar-se ao crime organizado, resolveu sair falando mal de pessoas honestas nas salas de aula na universidade onde ainda leciona e, caricatamente, é chamado de “professor”. Apesar de ser um ícone da indecência e da imoralidade, o togado bandido se acha no direito de dardejar contra os homens de bem.
[caption id="attachment_289" align="alignleft" width="403"] Rodrigo Constantino, revista Veja[/caption]
No último dia 8 foi celebrado o “Dia da Mulher” e, durante todo o mês de março, serão intensificadas realizações de eventos alusivos a elas. Nesta oportunidade, ao invés de ser um momento para reflexão e reavaliação de conceitos sobre como a mulher pode e deve protagonizar, de forma efetiva, colaboradora e harmoniosa, a construção de uma sociedade melhor e mais alicerçada em valores humanos, grupos feministas limitam-se a vitimizarem-se, repetindo clichês do tipo “a violência contra a mulher”, “o Brasil é um país machista”, “o tráfico de mulheres para exploração sexual”, “houve algumas conquistas mas muito ainda precisa ser alcançado”, “a mulher desempenha dupla ou tripla jornada de trabalho”, etc.
Não é por acaso: nada pode ser tão enfadonho quanto uma feminista falando. Aliás, os chamados movimentos feministas lembram muito bem o filme “Forest Gump”, com ator Tom Hanks no papel-título. Em uma cena, Forest Gump, num rompante típico dos hippies dos anos 1960, começa a correr sem rumo, sem direção, sem objetivos, enfim, sem razão alguma. Ao longo do trajeto muitos o acompanham sob o argumento de estarem “aderindo à causa”. De repente, Gump para, recobra a lucidez, reflete sobre si mesmo, e, sem entender o porquê correra tanto, retorna à sua casa e sai em busca da mulher que é o amor de sua vida.
Essa história ilustra muito bem o que ocorre com as chamadas feministas. Desde que a escritora e intelectual Camille Paglia “abandonou a estrada”, depois de ter lançado mundialmente a luta pelos direitos das mulheres ainda nos anos 1960, muitas feministas, órfãs de ideias, deturparam os objetivos da luta e passaram a instigar o embate entre gêneros, o conflito sexista. Numa visão simplista, maniqueísta, semeiam o conflito das mulheres contra os homens, como se vivêssemos em mundos opostos. As reivindicações agora não são mais pelos direitos das mulheres, mas por privilégios que se sobreponham aos direitos iguais — à isonomia jurídica e social — por interesses políticos e econômicos, etc.
Camille Paglia seguiu a sua vida e, tempos depois, torna-se a mais ácida crítica das feministas atuais. Em recente entrevista disse que “o cenário atual é desanimador, as mulheres vivem um conflito diante de seus diversos papéis. As feministas são um tédio. Aliás, estou cansada de falar dessas mulheres”. Como no exemplo dos corredores do filme que foram abandonados no meio do caminho porque não sabiam o porquê que corriam, também das feministas sobraram duas categorias: a das “feministas” por modismo, imitação ou falta de personalidade e a das feministas profissionais oportunistas que se valem do discurso para alçarem carreira na política, na ocupação de cargos na administração pública, na criação de ONG’s, etc. Uma maneira não muito honesta, porém mais cômoda, de ser influente e assegurar privilégios financeiros. O “feminismo à brasileira” é, sem dúvida, o mais hipócrita do mundo. Enquanto em outros países as mulheres lutam por direitos, aqui defendem privilégios através do embate sexista.
Tramitam no Tribunal de Ética da OAB/GO diversas representações contra advogados, por suposta infração ética, formuladas por juízes. Esses dados não significam que os advogados tenham realmente incorrido em conduta antiética no exercício profissional. Traduzem, antes de tudo, uma gritante diferença de conceitos. Primeiro, muitos desses juízes que representam contra advogados nem têm moral suficiente para falar da ética alheia. Segundo, se o fazem é porque sabem da credibilidade e da seriedade da Ordem em apurar todas as denúncias contra advogados. O Judiciário, por sua vez, nem de longe demonstra a mesma preocupação em zelar por sua credibilidade e adota postura diferente. Acoberta os abusos e os desvios de condutas de seus juízes faltosos, em prejuízo dos jurisdicionados e constrangimento para os juízes honestos, que são a grande maioria.
O Instituto Goiano do Direito do Trabalho (IGT), em parceria com a Escola Superior de Advocacia (ESA), promoverá, no dia 27 de março, o Ciclo Mensal de Palestras do Grupo de Estudo de Direito e Processo do Trabalho do IGT. O evento acontecerá no auditório da ESA e contará com a presença de grandes nomes do Direito do Trabalho e será mediado pelo presidente do IGT, advogado Rafael Lara Martins.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou norma que isenta a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de pagar por gastos com água, energia, condomínio e vigilância das salas que utiliza em tribunais. A decisão foi duramente criticada pelo ministro Joaquim Barbosa que rotulou a medida como uma forma de “locupletar de recursos públicos”.
O ministro há tempos já não sabe se sua verborragia é feita na condição de presidente do CNJ e do STF ou como um pré-candidato a algum mandato político. Suas pretensões políticas são indisfarçáveis. Há poucos dias, durante a votação dos embargos infringentes da ação penal 470 (mensalão) criticou seus colegas que votaram pela absolvição dos réus sobre o crime de formação de quadrilha. Barbosa, ao lançar desconfiança sobre seus pares, achou-se no direito, segundo ele, de “lançar um alerta à Nação”. Para ele, estaria surgindo uma temporada de absolvições, já que “uma maioria circunstancial de membros da Corte havia sido formatada expressamente para tal objetivo”.
Em verdade, Joaquim Barbosa omite que “circunstancial” é a presença dele na composição do STF. Ele sabe muito bem que não está lá por seu méritos, mas por ser negro. Barbosa é um cotista racial que o ex-presidente Lula valeu-se como marketing político em sua campanha para a reeleição.
Do doutor Reinaldo Lobo, delegado de polícia do Distrito Federal e professor da UFG: “É com imensa felicidade que recebo esta oportunidade, de no Jornal Opção, leitura já de tradição, deixar aos recentes Policiais Civis de Goiás, novos guerreiros em luta de paz, um abraço de boa vinda. Nessa nossa terra linda, sabedoria, bom senso e adrenalina serão essenciais a qualquer das funções policiais. Mas, se lhes agradam a missão de enfrentar uma pessoa temida, nos momentos difíceis que as vítimas passam na vida, juntem-se à fantasia, de desbravar o Estado espalhando a magia, de lutar pela paz e contra qualquer covardia.
O advogado e conselheiro da OAB/Goiás Alex Neder requereu ao presidente da instituição, Henrique Tibúrcio, durante a Sessão do Conselho Estadual, que a seccional adote os critérios previstos na Resolução n.º 01/2013, do Conselho Federal da OAB (CFOAB), no que se refere à distribuição de processos para os conselheiros. A resolução, visando à transparência, imparcialidade, isonomia e de modo a evitar o direcionamento na distribuição de feitos, estipula que a distribuição seja feita pelo sorteio aleatório eletrônico.
Rotatividade no STF — A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados adiou votação da PEC143/12. A proposta prevê que os mandatos de ministros do STF e dos tribunais de contas sejam limitados pelo prazo de sete anos.
Fogueira das vaidades — Para quem esperava que a atuação da Força Nacional de Segurança em Goiás fosse trazer respostas para crimes praticados por policiais, resta apenas a decepção. A Força Nacional não está convencendo e os assassinatos tidos como “tabus” continuam envoltos pelo manto do silêncio. O que não falta, porém, é acotovelamento entre delegados da FS ávidos por aparecerem na mídia.