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Editora Alfaguara vai lançar contos do escritor russo Vassili Grossman

vassili Vassili Grossman é o Liev Tolstói do século 20. Seu romance “Vida e Destino” é um retrato impagável da Segunda Guerra Mundial. Tolstói certamente o colocaria em sua cabeceira. A Alfaguara, editora do livro anterior, lança em novembro “A Estrada”, com tradução de Irineu Franco Perpetuo. São contos. Um campo de extermínio de judeus, na Polônia, é motivo de uma reportagem que acompanha o volume.

O Popular é parcial na cobertura da pré-campanha da OAB-Goiás

Não se sabe o motivo, e não é tradição do jornal, mas “O Popular” não está cobrindo a pré-campanha da OAB-Goiás com isenção. As colunas “Giro” e “Direito & Justiça” deixam a impressão de que estão fazendo campanha para o presidente da OAB-Goiás, Enil Henrique.

Pressionado, Altair Sales, o cientista que mais entende de Cerrado no Brasil, pede demissão da PUC-GO

O reitor da PUC, Wolmir Amado, se quiser mostrar grandeza intelectual, deveria reconvocá-lo

Radialista é assassinado por dois pistoleiros. Ele havia recebido ameaças de morte pelo Facebook

Gleydson Carvalho era dono da Rádio Liberdade, no Ceará. A polícia suspeita de motivação política

Moema de Castro e Mariza Machado lançam livros no Palácio das Esmeraldas

Escritoras goianas lançam livro de crítica literária e poesia

Veja mostra correção editorial, admite que errou sobre o senador Romário, que não tem conta na Suíça, e pede desculpas

Uma coisa é evidente: as principais reportagens investigativas sobre o petrolão saíram na publicação da Editora Abril. E não foram desmentidas por ninguém

Bruno Rocha Lima deixa O Popular e vai trabalhar com o deputado federal Daniel Vilela

Bruno Rocha Lima vai trabalhar um projeto de comunicação para fortalecer o nome do peemedebista, que pretende disputar o governo de Goiás em 2018

Iris e Ronaldo Caiado disputam o passe de Fabiana Pulcineli. Repórter pode dirigir campanha da OAB

Antes apontada como estrela de “O Popular”, a repórter estaria escanteada na redação e estaria prestes a "voar" Comenta-se que, na redação de “O Popular”, os únicos que não estão descontentes são os três “interventores”. A redação, que funcionava no piloto automático, agora começa a cumprir regras bem definidas, de acordo com os interesses do Grupo Jaime Câmara. Entre os principais insatisfeitos estaria a repórter Fabiana Pulcineli, antes apontada como a principal estrela da redação. O GJC certamente não será pego de surpresa se Fabiana Pulcineli anunciar que vai trabalhar na assessoria do senador Ronaldo Caiado (DEM) ou na pré-campanha de Iris Rezende para prefeito de Goiânia. Fabiana Pulcineli, repórter competente e séria, também foi convidada para dirigir a comunicação de um candidato a presidente da OAB de Goiás. A jornalista não bateu o martelo, pois “adora” o jornalismo diário. Mas o quadro de crise — e até de terror — na redação do “Pop” não a agrada. Dorme-se “prestigiado” e acorda-se “demitido”.

Brasil se tornou um país de fanáticos na religião, na política, no futebol. Em tudo

No país, dividido entre “coxinhas” e “petralhas”, fica evidente o risco para o debate democrático civilizado

O Popular “ressuscita” Akira Kurosawa e o leva para palestrar na UFG

La Fontaine conta, numa de suas fábulas, que, ao se encontrar com Ionesco e Beckett, nas proximidades do Céu e do Inferno, Kafka teria perguntado: “É verdade que Akira Kurosawa é o maior cineasta vivo do Japão?” Ionesco, teatral, teria replicado: “Do Japão, não; do mundo”. Beckett, fazendo ar de homem complicado, teria reparado: “Vivo, não sei. Mas está entre os grandes. Como cineasta, é maior, muito maior, do que eu”. Aí, percebendo Max Brod num canto, ouvindo La Fontaine, Kafka, à sua maneira sombria, teria feito uma pergunta letal: “O cineasta japonês é grande, de fato. Mas está mesmo vivo? Ou está vivo, como nós três e Flaubert, Proust e Joyce, quer dizer, artisticamente?”. C. F. Xavier de Almeida Franco, primo de Monteiro Lobato, que passava por ali, supostamente fugindo de Uberaba, esclareceu: “Pois é, segundo o jornal ‘O Popular’, de Goiânia, o diretor de ‘Ran’, ‘Kagemusha’, ‘Derzu Uzala’ e os ‘Sete Samurais’ está vivíssimo e dará uma palestra na Universidade Federal de Goiás”. Quando C. Xavier terminou de falar, a editora de “O Popular”, Cileide Alves, acordou e descobriu que estivera sonhando. Afinal, concluiu, Akira Kurosawa nasceu em 1910 e morreu, aos 88 anos, em 1998. O diretor japonês faleceu há quase 17 anos, mas os críticos de cinema do “Pop” não informaram à editora da coluna “Giro”, a competente Márcia Abreu. Leia nota do jornal publicada na edição de segunda-feira, 3: “Seminário — O Núcleo de Estudos Globais da UFG promove no dia 6 a jornada de estudo ‘Hiroshima 70 anos’. Presença do embaixador Sérgio Duarte (MRE/ONU) e do cineasta japonês Akira Kurosawa”. Atenção, leitor amigo dos fatos: não se trata de sessão espírita, não. Márcia Abreu [foto acima, de seu Facebook] e “O Popular” erraram. Porém, como sugerem Iúri Rincón Godinho e Cezar Santos, convém marcar “presença”. Quem sabe, não mais do que de repente, o espírito de Akira Kurosawa aparece para alegrar alguns e assustar outros, talvez a maioria.

Bruno Rocha Lima deve trocar O Popular por assessoria do deputado federal Daniel Vilela

Apostando na possibilidade de o deputado federal peemedebista Daniel Vilela disputar (e ganhar) o governo de Goiás em 2018, o jornalista Bruno Rocha Lima [foto acima, de seu Facebook] pode deixar “O Popular para assessorá-lo. Bruno Rocha Lima estaria colidindo com o grupo de jornalistas que está dirigindo a redação de “O Popular” (Cileide Alves teria se tornado uma espécie de rainha da Inglaterra). Profissional ético e competente, se confirmada a contratação, Bruno Rocha Lima vai fortalecer a equipe de comunicação (quase uma redação) de Daniel Vilela, que já conta com os préstimos de Pedro Palazzo e Rodrigo Czepak. Recentemente, Bruno Rocha Lima quase deixou o jornal para assumir a assessoria do secretário de Gestão e Planejamento do governo de Goiás, Thiago Peixoto.

O Pop fica mais pobre (e mais vulnerável) com fim de seus cadernos

Direção do jornal optou por extinguir o “Almanaque” e o “Magazine TV”, que se tornaram páginas de outro suplemento

A “Veja” mexeu com “o cara” errado?

[caption id="attachment_41517" align="alignleft" width="620"]Romário, irreverente, posa da Suíça após negativa sobre conta: “Chateado” Romário, irreverente, posa da Suíça após negativa sobre conta: “Chateado”[/caption] A edição de “Veja” que circulou na semana passada trouxe uma matéria que envolvia Romário em um escândalo internacional, quase um Swissleaks particular: o ex-jogador e hoje senador pelo PSB teria cerca de R$ 7,5 milhões em conta na Suíça e não teria declarado esse patrimônio à Receita, o que seria grave, ainda mais para um político. Brasileiros que tenham a partir de US$ 100 mil (cerca de R$ 350 mil, atualmente) no exterior precisam comunicar o fato às autoridades nacionais. A matéria da “Veja” vinha com o título “Romário tem conta milionária na Suíça – e não a declarou ao Fisco”. O “Baixinho” respondeu com sarcasmo, em nota no Face­book. Disse que recebia a notícia como alguém que ganha na Mega-Sena, porque desconhecia que tivesse feito tal aplicação, “ainda mais em 2013”, como anunciou a revista. E foi até a Suíça para conferir o caso “in loco” — coisa, aliás, que a apuração da matéria deveria ter feito antes de publicá-la. E soltou uma segunda nota irônica (na íntegra): “Galera, bom dia! Chateado! Acabei de descobrir aqui em Genebra, na Suíça, que não sou dono dos R$ 7,5 milhões. Aguardem mais informações... Agora, aqueles que devem, (sic) podem começar a contar as moedinhas, porque a conta vai chegar de todas as formas. Eu não finjo ser decente, não faço de conta ser sério e nem pareço ser correto. Eu sou!!!” Infere-se que Romário vai processar a revista. Nada incomum esse tipo de ocorrência, veículos de comunicação estão sempre sujeitos a isso. O problema é que o senador alega que “Veja” usou um documento falso para embasar a matéria. E isso, sim, é muito grave. Jor­nalística e penalmente. Um dos melhores frasistas dos gramados brasileiros — talvez só perca para Dario, o “Dadá Ma­ravilha”, Romário disse em 2002, ao ser contratado pelo Fluminense: “Quando eu nasci, Deus apontou o dedo em minha direção e disse: esse é o cara.” Parece que desta vez a “Veja” provocou o “cara” errado.

A nova “Zorra” e o diabo atarantado

[caption id="attachment_41696" align="alignleft" width="620"]Cenas do quadro que simboliza a nova fase do programa: busca de ironizar situação política e viés reacionário fez sucesso e levantou polêmica Cenas do quadro que simboliza a nova fase do programa: busca de ironizar situação política e viés reacionário fez sucesso e levantou polêmica[/caption] A “Zorra” da Globo não é mais a “Zorra Total”. Nem no nome. Ainda bem. Ficou muito melhor — o que, convenhamos, não era missão tão difícil. Sob nova direção (de Marcius Melhem e Mauricio Farias, que compunham o “Tá no Ar”, com Marcelo Adnet), o programa está se aventurando a sair da mesmice de sitcom sexista e pastelão para acertar em cheio a veia da polêmica e do politicamente incorreto. Uma pegada que tem lembrado (com alegria para quem gosta de um humor inteligente e sarcástico de fato) os melhores momentos de “TV Pirata”, “Casseta & Planeta” e “Viva o Gordo”. De modo especial, no sábado, 26, um dos quadros apresentados, com pouco mais de 5 minutos, caiu nas graças das redes sociais, onde viralizou, e pode ser considerado o marco da nova fase do programa. Chamada de “Fico – Festival Internacional do Coxinha”, a sátira se baseava em paródias de músicas de protesto do período militar. Por exemplo, “Disparada” (música de Geraldo Vandré interpretada belamente por Jair Rodrigues) virou “Disparate”, cantada pelo personagem Capitão Rodrigues, interpretado pelo velho e bom Paulo Silvino. E assim foram todas as músicas, interpretadas por tipos a que se convencionou chamar de “reaças” (militares linha dura e políticos conservadores). No fim, a plateia que pedia a volta da ditadura em cartazes ganha uma surra de presente do último grupo a se apresentar, os “Para­militares do Retrocesso”. Interessante foi a repercussão na internet. Sites considerados de esquerda e de direita tentaram achar o “lugar ideológico” do programa. Muitos se surpreenderam com esse tipo de humor na Globo — talvez se esquecendo do humor crítico que a emissora já abrigou em seus programas, com Jô Soares, Chico Anysio, Agildo Ribeiro e outros. Como se o humor precisasse ter enquadramento — nesse sentido, o chargista Maurício Ricardo também protestou recentemente contra o patrulhamento que sofre de militantes de direita e de esquerda, às vezes pela mesma matéria. Os engajados acabam agindo como o diabo que, ao ver uma criança fazendo um buraco na areia com o dedo, intrigado, pergunta a ela o que significa aquilo. A criança responde: “Estou fazendo um buraco na areia com o dedo.” Ele sai, confuso, e fica a lição da crônica: pobre diabo, não sabe que certas coisas podem ser feitas sem segundas intenções.

Irreverência mal colocada faz programa da Rádio 730 “pisar na bola”

Na quinta-feira, 30, em menos de cinco minutos de audição, o programa do jornalista Rosenwal Ferreira na Rádio 730 AM, que vai ao ar pela manhã, apresentou um festival de preconceitos e pré-julgamentos. Com uma capa de descontração, apresentador e convidados “julgaram” o almirante Othon Luiz — preso na Operação Lava Jato acusado de receber propina de R$ 4,5 milhões — comparando-o aos generais da época da ditadura que presidiram o Brasil e “morreram pobres”. Uma condenação prévia, uma analogia incerta (não se sabe realmente se a versão sobre o almirante será provada) e totalmente temerária. Em seguida, a divulgação de uma nota sobre uma mulher inglesa que descobriu que seu namorado, na verdade, tinha nascido com o sexo feminino e se assumido só então como transexual. A mulher teria resolvido ficar com ele mesmo assim. Alguém da mesa soltou algo como “se ela aceitou a situação, é porque então gosta de mulher”. Fora a tentativa de galhofa, totalmente anacrônica, anacrônica também foi a nota: o fato foi notícia, na verdade, ainda em novembro do ano passado. Portanto, veio tão atrasada quanto a atitude dos envolvidos. Ou, talvez, nem tanto. Na rádio, essa linha do programa não é vista com bons olhos por outros profissionais, que, porém, temem algum enfrentamento. Preferem aguardar mudanças. Mas não custa lembrar: jornalismo pode ser irreverente — e o experimentado Rosenwal sabe fazer isso. O que não pode haver é um jornalismo que perca a responsabilidade e o bom senso para não perder a piada. Nesse sentido e nesse ponto específico, a 730, cujo foco é a informação esportiva, pode estar “pisando na bola”. Vale o alerta construtivo.