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Trabalho
Mobilização de entregadores escancara necessidade de união diante de empregadores e um Estado distantes dos trabalhadores

Mais do que reajustes pontuais, motoqueiros e ciclistas de todo o país lutam para criar condições sustentáveis para o novo modelo de profissão que nasceu

31 de março e 8 de janeiro: duas datas que não podem ser ignoradas

Presidente Lula da Silva e ministro da Defesa José Múcio fizeram pacto de silêncio sobre aniversário do golpe de 1964

Rodovia Transportes Goiás
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Propag: a chave para destravar investimentos e impulsionar Goiás

Ao longo do mandato de Ronaldo Caiado (UB), Goiás viu sua dívida pública cair, embora o não pagamento ao longo desses anos pode deixar uma armadilha para os próximos governantes

Daniel Alves
Daniel Alves: Quando a inocência não tem o alcance da culpa

O caso de Daniel Alves exemplifica como os próprios algoritmos são cúmplices dessa falha, quando o engajamento decide o que será mais visto

Mesmo com cessar-fogo, Israel continua atacando palestinos em Gaza

A disputa com os Estados Unidos, que carrega esse título, é complicada, mas o governo de Benjamin Netanyahu aparenta estar esforçada em seu objetivo

Modelo insustentável
Mais consumo e menor produção: governo dobra aposta na inflação com empréstimo consignado ao FGTS

O consumo estimulado por empréstimos, associado aos altos juros que desestimulam atividade econômica, infla os preços. Para combater a inflação, governo dobra crédito para o consumo

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Bolsonaro reluta em apoiar outros candidatos, mas líderes da direita herdarão seu eleitorado em 2026

Ex-presidente dá indícios de que levará pré-candidatura até o limite do prazo legal para manter sua influência e evitar que outro nome da direita ocupe seu espaço

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Quando a tecnologia é realmente útil

Quem desenvolve estratégias de conteúdo ou precisa refinar diariamente a comunicação com seu target (público-alvo), tem no Google Trends uma ferramenta, que basicamente apresenta dados de como as pessoas buscam informações no Google. Porém, muito além do aspecto popular das meras “curiosidades”, pesquisas médicas importantes têm utilizado a ferramenta para melhorar significativamente a saúde pública  

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O analógico Lula continua sem conseguir se comunicar com seu eleitorado mais fiel que já tende para desconfiança

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua a manter um forte alinhamento com a parcela mais pobre da população brasileira, especialmente entre aqueles que possuem renda familiar de até dois salários mínimos. Esse grupo continua a dar sustentanção ao governo petista. A persistência desse fenômeno que cunhou o termo "lulismo" para descrever essa conexão entre Lula e a base da sociedade, independentemente do Partido dos Trabalhadores (PT).

No entanto, esse apoio não se estende de forma homogênea por todas as faixas de renda. Conforme a renda aumenta, o governo encontra dificuldades em manter sua aprovação. Segundo Singer, esse fenômeno está diretamente ligado às transformações do capitalismo contemporâneo, ao aumento do custo de vida e às mudanças no mercado de trabalho. Essas questões não são exclusivas do Brasil, mas o governo Lula 3 tem falhado em comunicar sua estratégia para enfrentar tais desafios, o que intensifica a insatisfação de setores mais integrados ao mercado formal.

Essa fragilidade na comunicação ficou evidente na polêmica sobre a fiscalização das transações via Pix. Diante da disseminação de fake news que sugeriam uma suposta taxação ou um monitoramento excessivo com fins tributários, o governo não conseguiu responder de forma clara e eficaz. O resultado foi um recuo da medida diante da pressão popular, reforçando a percepção de que falta coordenação na estratégia de comunicação oficial.

A análise dos números de aprovação evidencia esse problema. Entre os brasileiros com renda de até dois salários mínimos, 46% aprovam o governo. Esse nível de apoio indica que, se a sociedade brasileira fosse composta apenas por essa faixa da população, o governo estaria em uma posição mais confortável, próxima ao patamar de estabilidade necessário para viabilizar uma reeleição. No entanto, essa aprovação despenca para 27% entre aqueles que ganham entre dois e cinco salários mínimos, revelando uma perda de 20 pontos percentuais. Essa queda expressiva não pode ser ignorada, pois indica uma falha na capacidade do governo de dialogar com essa camada da sociedade, que tem demandas e expectativas distintas.

O que se observa é um fenômeno de classe. O apoio forte entre os mais pobres contrasta com a rejeição de segmentos mais estruturados do proletariado. Esse setor, que historicamente esteve associado à base sindical e à luta por direitos trabalhistas, hoje se encontra desorganizado devido às mudanças estruturais no mercado de trabalho. A desindustrialização e a ascensão do trabalho por plataformas dissolveram as formas tradicionais de organização laboral. O PT, cuja identidade política foi moldada pela classe trabalhadora organizada, enfrenta dificuldades para se conectar com esse novo contexto.

Se Lula ainda se sustenta entre os mais pobres, a falta de uma estratégia comunicacional eficiente limita seu alcance. O governo precisa reconhecer que sua mensagem não está chegando de forma convincente aos trabalhadores que vivem as contradições do capitalismo atual. Sem um reposicionamento na comunicação, a tendência é que a desconexão com parte significativa da população continue a crescer, comprometendo não apenas a popularidade do governo, mas também sua capacidade de consolidar uma base política sustentável a longo prazo.

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A quem incomoda a justiça fiscal? Aos “iguais mais iguais que os outros”

No Brasil, mais da metade da arrecadação tributária vem de impostos sobre bens e serviços, como o ICMS e o IPI. Trata-se de uma cobrança regressiva, que pesa mais proporcionalmente no bolso de quem tem menos

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Isenção de IR para quem ganha menos significa justiça social e mais equidade para o Brasil

Atualmente, o sistema tributário brasileiro penaliza de forma desproporcional os trabalhadores de baixa e média renda

Verdade seja dita: Eduardo Bolsonaro é um frouxo, e não um exilado

Eduardo, que hoje fala em “regime de exceção” no Brasil, é aquele mesmo que disse certa vez que seriam necessários apenas “um cabo e um soldado para fechar o STF”

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Ato em Copacabana mostra que consciência pesada pelas tramas de 2022 é pauta de cada vez menos brasileiros

O recado do público é claro: tentativa golpe de estado não deve passar impune

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As tarifas de Trump e a cegueira política da extrema direita brasileira

A subordinação da direita latino-americana aos interesses dos EUA compromete a autonomia econômica regional

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A transparência no Executivo municipal e o dever de prestar contas publicamente

Uma de minhas primeiras produções jornalísticas na política foi acompanhar a prestação de contas de Iris Rezende (MDB) em fevereiro de 2017. Naquela ocasião, assim como Mabel, Iris pegava uma gestão com problemas financeiros , dívidas e, claro, ele também não estava feliz em prestar contas do último quadrimestre do antecessor, Paulo Garcia (PT).

A prestação de contas é mais do que apresentar números da gestão, mas ouvir reclamações, questionamentos e lamentos dos vereadores eleitos, principalmente em momentos políticos de tesão, como vive a política goianiense.

A prestação de contas por parte dos prefeitos às Câmaras Municipais é um princípio fundamental da administração pública. Trata-se não apenas de um dever legal, mas de uma obrigação moral com a população que elege seus governantes esperando transparência, responsabilidade e compromisso com a boa gestão dos recursos públicos.

Na história política da Capital, por diversas vezes, os chefes do Poder Executivo se acovardaram diante do Legislativo e deixaram de ir, mandaram secretários ou auxiliares e, no passado, apesar de ter ido, o ex-prefeito deixou a reunião antes do fim. Não deve ser o caso de Sandro, que apesar de ter mostrado indisposição num primeiro momento, voltou atrás e assegurou que explicaria os números aos vereadores.

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A ausência dos gestores levanta questionamentos sobre o nível de transparência e a disposição dos prefeitos em dialogar com os representantes eleitos pela população. A presença do chefe do Executivo nesse tipo de audiência não é meramente protocolar; é uma oportunidade para esclarecer dúvidas, apresentar justificativas sobre a execução orçamentária e ouvir críticas e sugestões que possam aprimorar a gestão pública.

O descaso com a transparência e a accountability compromete a relação entre governo e sociedade. Prefeitos que evitam prestar contas em espaços públicos demonstram falta de comprometimento com a democracia e com a boa governança. A fiscalização do Legislativo é essencial para garantir que os recursos municipais sejam empregados de maneira eficiente e ética, evitando desperdícios, desvios e malversação do dinheiro público.

O cidadão tem o direito de saber como o dinheiro dos impostos está sendo utilizado. Quando um prefeito se esquiva de prestar contas de maneira pública, ele mina a confiança da população e dos vereadores que representam os interesses do povo. Se há boa gestão, por que evitar a transparência? Se há responsabilidade com os gastos, por que não expô-los à avaliação pública?

A prestação de contas deve ser encarada como um ato republicano e uma demonstração de respeito ao eleitorado. Negar-se a comparecer à Câmara ou limitar a publicidade desse processo são atitudes que fragilizam a democracia e alimentam a desconfiança da sociedade em relação aos seus governantes. Mais do que um dever legal, a transparência deve ser uma prática cotidiana, pois um governo que se esconde de sua própria população certamente tem algo a temer.

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