Direto do Oriente Médio

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Donald Trump vai visitar Israel no dia 22, em missão oficial ao país; será o sexto presidente norte-americano a fazê-lo

Donald Trump vai visitar Israel no dia 22, em missão oficial ao país; será o sexto presidente norte-americano a fazê-lo

A pax de Donald Trump

O presidente dos EUA entra na disputa mais complicada do planeta, e promete resolver o que seus antecessores não conseguiram: estabelecer paz entre judeus e árabes

Será que Trump entendeu?

Discurso confuso do presidente ame­ricano mostra que ele sabe pouco do que se passa no Oriente Médio [caption id="attachment_87546" align="alignleft" width="620"] Trump para Netanyahu: “Eu vejo dois Estados ou um Estado, e eu vou gostar ain­da mais daquele que as duas partes acharem melhor” | Foto: AP Photo/Pablo Martinez Monsivais[/caption] Não foi exatamente o que Albert Eins­tein tinha em men­te, mas na quarta-feira passada em Washington, o mundo pôde ver uma rara de­monstração de como tudo passa a ser realmente relativo quando o entendimento é superficial. “Eu vejo dois Estados ou um Estado, e eu vou gostar ain­da mais daquele que as duas partes acharem melhor.” A declaração inédita, que muda os rumos da política americana para a solução do conflito entre palestinos e israelenses, é do presidente americano Donald Trump, que na quarta-feira, 15, encontrou-se com primeiro-ministro de Israel Benyamin Netanyahu, que também é seu amigo. O que exatamente ele quis dizer com isso, assim como a teoria de Einstein, é relativo. Durante a conferência com a imprensa na ala leste da Casa Branca, Trump disse também que o amigo “Bibi” terá que conter a expansão dos assentametos nos territórios palestinos. Há um pouco pra tudo nesse discurso desconexo e totalmente confuso do presidente americano para o conflito mais antigo da nossa era. Alguns podem dizer que a intimação pública de Trump para frear as construções na Cisjor­dâ­nia, além do anúncio das concessões que Israel terá de fazer caso um acordo venha a surgir, indicam que a nova administração deverá pressionar o governo de Ne­tan­yahu. Já outros veem as palavras de Trump como o início de uma nova era, e que Israel agora tem “carta branca” para fazer o que quiser nos territórios palestinos. Antes do encontro oficial na Casa Branca, há rumores de que os dois líderes tiveramum “tét a tét” em particular, e que durante essa conversa Netanyahu teria explicado ou pelo menos tentado explicar o conflito, para que Trump pudesse enfim se sentir seguro ao formar uma opinião sobre a disputa interminável entre israelenses e palestinos. Mas quando os dois estavam à frente das câmeras ficou bem claro que Do­nald Trump entende pouca coisa ou quase nada do que se passa no Oriente Médio. En­quanto Ne­tanyahu falava via-se um anfitrião atento mas ao mesmo tempo perdido entre tantos dados e informações que de fato tornam o entendimento do conflito ainda mais complicado, até para o atual homem mais poderoso do mundo, que parece ter compreendido que a disputa entre palestinos e israelenses não é somente uma questão de “business”. Para não complicar ainda mais, Netanyahu, que é um homem inteligente, resolveu explicar a origem da posse da terra para o colega, da mesma forma como por aqui se explica aos americanos: os chineses são chamados de chineses porque são da China. Os japoneses porque são do Japão. E os judeus são chamados judeus porque vieram da Judeia. É claro que não são os conhecimentos do presidente americano sobre o assunto que estavam sendo testados. Suas posições poderão mudar ao longo dos próximos quatro anos. Já o premiê israelense tem um compromisso com país que ele governa. Para Trump, um Estado ou dois, talvez sejam a mesma coisa, já para Israel é uma questão existencial. O governo israelense, cujos diversos membros que fazem parte da ala conservadora e extrema-direita da coalizão, já pensam em anexar toda a Cisjordânia, sabem que se adotarem a decisão de um Estado, terão que garantir a todos os cidadãos, sejam judeus, muçulmanos ou cristãos, os mesmo direitos, e isso seria o fim da ideia do sionismo. Um primeiro-ministro que insiste que os palestinos reconheçam Israel como a nação dos judeus em um futuro acordo de paz, não pode ao mesmo tempo trabalhar com a ideia de apenas um Estado para dois povos. Não faz sentido. Netanyahu recebeu de Trump todo o apoio que precisa para, a partir de agora, empreender qualquer tipo de política que possa levar a um acordo. O presidente americano já não é mais o “osso duro” chamado Obama, que ele teve que roer, por longos oito anos. O caminho está livre, de agora em diante a responsabilidade está totalmente em suas mãos. Se ele se render à extrema-direita, que é a base que garante a política para os assentamentos, e à ideia de anexação, estará dando um golpe mortal na “solução para dois Estados”, o que pode levar Israel direto para o abismo ou para caminhos perigosos e desconhecidos. l

Testando limites

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O Muro da Lamentações agora é muçulmano. Pelo menos para a Unesco

Decisão nega os fatos para favorecer um grupo, mas o órgão da ONU ainda não tem o poder de modificar a História

Não há vitoriosos em Aleppo

Até 2011, antes da guerra civil, a população da principal cidade da Síria passava de 2 milhões e meio. Ho­je estima-se que pouco mais de 1 décimo desse número ainda está no local

Os russos estão chegando

Enquanto a Rússia se impõe no Oriente Médio ao apoiar Bashar al-Assad, a apatia americana na Síria levanta questionamentos mundo afora sobre o verdadeiro comprometimento de Washington com seus aliados

Colinas do Golã, o próximo front da sangrenta guerra na Síria

Mísseis sírios continuam a cair do lado israelense “acidentalmente”, e o exército de Israel tem de responder