Bastidores
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O médico Paulo do Vale é investigado pela Polícia Federal e sua campanha perde substância[/caption]
Até o ano passado considerada favorita nas eleições para a Prefeitura de Rio Verde, a candidatura de Paulo do Vale (PMDB) vive dias de paralisia e completo desânimo. Com a aproximação da eleição, a agenda do pré-candidato se encolhe e crescem as especulações de que pode jogar a toalha quando agosto chegar, em função da queda livre que seu nome enfrenta nas pesquisas. Peemedebistas admitem, em off, que há mesmo uma crise na pré-campanha do médico.
As dificuldades de Paulo do Vale começaram depois que sofreu duas condenações na Justiça goiana por atos de improbidade administrativa e lesão ao Erário, referentes ao período em que era secretário de Saúde de Rio Verde. E se acentuaram há duas semanas diante da notícia de que passou a ser alvo de investigação da Polícia Federal por desvios de recursos do SUS na clínica de sua propriedade em Rio Verde.
Os aliados iniciaram a debandada, a campanha encolheu e o próximo a jogar a toalha pode ser o próprio Paulo do Vale. Caso o peemedebista saia da disputa, o mais provável é que seu grupo político caminhe com a possível candidatura de Karlos Cabral, ex-PT e agora filiado à Rede.
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Deputado estadual Carlos Antônio| Foto: Renan Accioly/ Jornal Opção[/caption]
Com apoio direto do governador Marconi Perillo (PSDB), o senador Wilder Morais, presidente do PP, e o vice-governador José Eliton (PSDB), secretário de Segurança Pública, estão operando politicamente em Anápolis.
Morais e Eliton trabalham para que o PP deixe a gestão do prefeito João Gomes, do PT, com o objetivo de apoiar o candidato do PSDB a prefeito do município, o deputado Carlos Antônio. Se necessário, o senador vai trocar o comando do partido da cidade. Por enquanto, busca-se uma saída consensual, sem traumas.
O PR da deputada federal Magda Mofatto também pode aderir à campanha de Carlos Antônio. Marconi Perillo quer articular um frentão para bancar a candidatura do tucano.
O deputado Alexandre Baldy, que andava distante da base governista, estaria se aproximando novamente.
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Foto postada no perfil oficial da Acieg[/caption]
A Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg) é, não há dúvida, uma instituição séria, equilibrada e de história irretocável. Por isso recomenda-se que adote pautas consequentes — de interesse tanto do empresariado quanto da sociedade — e não mude sua conduta para, possivelmente, atender interesses pessoais não se sabe de quem. Há pautas importantes para o país e, especificamente, para Goiás. Por exemplo: uma rediscussão ampla do pacto federativo (hoje, a União concentra a maioria dos recursos, deixando os Estados e municípios à míngua), uma reforma tributária realista, uma reforma da previdência, uma reforma trabalhista. Porém, de repente, a Acieg está propondo que o Congresso legalize o lobby. É uma ideia fora do lugar.
A inspiração para legalizar o lobby vem dos Estados Unidos. Mas os líderes da Acieg precisam entender que a sociedade americana é hiper organizada, com instituições historicamente sólidas. No Brasil, no momento em que as instituições se consolidam, depois de o país ter saído de uma ditadura e, agora, de um governo imensamente corrupto, não é hora de se pensar em legalizar lobbies. Há pautas mais emergenciais. A Acieg deve se pôr, como sempre fez, sobretudo nas gestões ativas e criativas de Cyro Miranda e Helenir Queiroz, a serviço dos empresários e da sociedade. Não, insistamos, de interesses pessoais, por vezes inconfessáveis.
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Na montagem, Valério Luiz, Priscila Tejota, Fábio Caixeta, Roberto Ricardo, Paulo Magalhães, e Luiz Cruvinel[/caption]
O PSD banca para prefeito de Goiânia o deputado estadual Francisco Júnior, que, para melhorar seus índices nas pesquisas de intenção de voto, conta com uma chapa para vereador apresentada pela cúpula como consistente. O partido irá para a disputa de vereador com chapa pura. Os dirigentes avaliam que, numa perspectiva otimista, o partido terá condições de eleger de quatro a cinco vereadores. Os favoritíssimos são Priscila Tejota, Roberto Ricardo, Paulo Magalhães, Fábio Caixeta e Valério Luiz. A lista a seguir contém as principais apostas do Partido Social Democrático e está em ordem alfabética — não de favoritismo.
1 — Anderson da 44 — O feirante é apontado como um líder popular
2 — Carlos Moreira — O ator de teatro é uma aposta do (e no) setor cultural.
3 — Fábio Caixeta — Por ser vereador, é apontado como forte candidato.
4 — Joaquim Lemos — Da área esportiva, é professor de caratê.
5 — Ludmilla da Mata — Representa o empreendedorismo. É mencionada como líder do setor.
6 — Luiz Cruvinel — O administrador de empresas é primo do deputado Heuler Cruvinel.
7 — Miro Camargo — Representa os taxistas, categoria que, devido ao Uber, está cada vez mais articulada.
8 — Pablo Pabola — Líder político do bairro Recanto das Minas Gerais.
9 — Paulo Magalhães — Por ser vereador, o jornalista é visto como favorito, até favoritíssimo.
10 — Plínio de Lisita — O jornalista atua como representante comercial.
11 — Priscilla Tejota — Por ter o apoio do marido, o deputado Lincoln Tejota, e do conselheiro do TCE Sebastião Tejota, é uma das grandes apostas.
12 — Roberto Ricardo — Ligado à Igreja Católica (ao movimento carismático) e integrado ao grupo político de Francisco Júnior, é apontado como um dos favoritos.
13 — Thiago Gontijo — O jovem comerciante é visto como um político articulado e hábil.
14 — Valério Luiz — O advogado, neto do deputado estadual Manoel Oliveira e filho do radialista Valério Luiz (assassinado supostamente por um policial militar), integra a lista dos favoritíssimos.
15 — Victor Lustosa — O médico é visto como um jovem articulado e atuante. Seu pai é presidente do Sindicato do Transporte de Cargas.
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Waldir Soares e Zacharias Calil: a chapa do PR e PMB já está definida[/caption]
O deputado federal Waldir Delegado Soares, pré-candidato do PR a prefeito de Goiânia, disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 1º, que seu vice será o médico Zacharias Calil (PMB), que acaba de chegar de Lisboa.
“As chances de Zacharias Calil não são altas — são altíssimas —, só 100% de ser o meu vice”, afirma. “O doutor Zacharias só não será vice se não quiser — e ele quer. Portanto, está definido, não há outra alternativa.”
Mas Waldir admite que outros partidos estão tentando puxar o tapete de Zacharias Calil. “Porém, como sou político de compromisso, não mudo mais: será o doutor Zacharias — e ponto final.”
Pesquisas qualitativas de fato mostram que, de fato, o médico acrescenta à candidatura de Waldir Soares. Puxa parte da classe média que é reticente quanto à capacidade administrativa do delegado-deputado. Pesquisadores admitem que Zacharias Calil “qualifica” a chapa do PR e do Partido da Mulher Brasileira.
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Thiago Peixoto durante entrevista ao Jornal Opção | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção[/caption]
O deputado federal licenciado Thiago Peixoto (PSD), um dos secretários mais próximos do governador Marconi Perillo (PSDB), pôs o pé na estrada — estilo Jack Kerouac da política — e tem visitado mais de dez municípios por semana. Segundo um tucano de bico erado, “tem coelho neste mato”. Inquirido, Peixoto sugere que não há coelho algum. Na verdade, está fortalecendo suas bases eleitorais.
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Jardel e o governador Marconi Perillo | Foto: Eduardo Ferreira[/caption]
A volumosa agenda de inauguração de obras de Jardel Sebba em Catalão incomodou o rival Adib Elias, do PMDB. É visível na cidade o aumento da popularidade do tucano, especialmente depois do programa de recuperação do asfalto em ruas e avenidas e da entrega da UPA, uma das maiores do país. Enquanto Jardel exibe entusiasmo e mostra serviço, a pré-campanha de Adib é restrita a sonolentas reuniões com pré-candidatos a vereador em bairros e povoados.
Jovair Arantes (PTB) desmentiu para aliados que esteja tentando emplacar seu filho, o deputado estadual Henrique Arantes, como vice de Iris Rezende, em Goiânia. O deputado federal continua bancando Luiz Bittencourt para prefeito. O petebista pretende disputar a presidência da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2017 e precisa do apoio do governador Marconi Perillo, que conta com 13 deputados federais. Iris não tem nenhum deputado federal.
O ex-prefeito Carlão Oliveira não gosta de oba-oba. Mas os eleitores dizem que em Goianira há um prefeito, Miller Assis (PSD), que todos querem defenestrar, e um quase-prefeito, que todos querem pôr no “paço” municipal o mais rápido possível. Trata-se de Carlão.
O pré-candidato do PSDB vai conversar com os pré-candidatos da base e afirma que, pensando no bem de Goiânia, é vital estabelecer um pacto político realista
Site da Polícia Federal não confirma história. Mas político teria visto políticos no condomínio
De um tucano: “Pode até ser engano, mas vi uma movimentação de viaturas policiais, supostamente da Polícia Federal, nas proximidades da casa de um político, no condomínio Alphaville Ipês, em Goiânia”. O político “investigado” seria pré-candidato a prefeito.
No site da Polícia Federal em Goiás não há registro de operação no condomínio Alphaville Ipês — exceto a que prendeu o empresário Carlos Cachoeira. Mas ele mora noutro condomínio Alphaville, o Cruzeiro, também em Goiânia.
Com problemas de saúde, Isanulfo Cordeiro ficou afastado durante algum tempo. Mas vai continuar no governo
Em delação premiada, Fabio Cleto disse “que Eduardo Cunha ficou com 1% de negócio de R$ 940 milhões aprovado pelo FI-FGTS com a empresa Eldorado, do Grupo JBS”
Eduardo Machado: secretaria extraordinária. Tibúrcio: Agência de Fomento. Tannus: ABC. Tayrone di Martino: Secretaria de Governo
Há quem atribua o fato de Lissauer Vieira não ter ido para a mesa às suas críticas e às críticas de Vanderlan Cardoso ao governo do Estado
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Deputados Diego Sorgatto e Lissauer Vieira: o PSB perde força na Assembleia Legislativa| Fotos: Marcos Kennedy e reprodução / Facebook[/caption]
O PSB tem dois deputados estaduais — Diego Sorgatto e Lissauer Vieira —, mas não conseguiu emplacar nenhum deles na mesa diretora da Assembleia Legislativa que, eleita na quinta-feira, 30, assume em fevereiro de 2017. Os parlamentares tinham o apoio de Virmondes Cruvinel, do PPS.
Na marca do pênalti, com Lissauer Vieira praticamente definido para a mesa diretora, o presidente da AL, Helio de Sousa, que não pretendia continuar na cúpula, foi eleito para o cargo de primeiro-secretário.
Um líder do PSB avalia que as críticas recentes de Vanderlan Cardoso ao governo de Marconi Perillo podem ter tirado Lissauer Vieira da mesa diretora. É provável? É. Lissauer Vieira também estaria criticando setores do governo. Mas como explicar que um deputado do PMDB, Bruno Peixoto, figure na mesa?
