Bastidores
“Pipoqueiro” é a palavra mais suave usada por José Nelto para “explicar” Waldir Soares. Nos bastidores, os termos são muito mais duros e, por isso, impublicáveis. Aos aliados, José Nelto costuma dizer que, como vai sofrer uma derrota tão feia e acachapante, não será nenhuma surpresa se voltar correndo para o Paraná. O peemedebista também dito que, na próxima eleição para deputado, Waldir não deverá ter nem a metade dos votos que obteve em 2014. O deputado estadual quer saber quais são os projetos de Waldir Soares, “apresentados e aprovados na Câmara dos Deputados”, para melhorar a segurança pública do país.
Conta-se no Entorno de Brasília e a história é aqui transcrita conforme o que se comenta. Há alguns anos, numa cidade da região, um político, que nem era político na época, “cantou” uma bela mulher e, pimba!, levou uma surra federal. Dada exatamente pela jovem, que era lutadora de caratê. Hoje, o surrado, que prega a moralidade, é candidato a prefeito de Goiânia.
Partidos que supostamente mantêm ligações com o empresário Carlos Cachoeira apoiam os candidatos do PT, João Gomes, e do PSDB, Carlos Antônio, em Anápolis.
O advogado Abelardo Vaz (PP) é apontado por sua base como “favorito absoluto” na disputa pela Prefeitura de Inhumas. Ele não queria disputar. “Mas não tive como recuar. Meus aliados e as pessoas nas ruas diziam: ‘Precisamos de você. Não há outro nome’. Eu, na verdade, queria apoiar a candidatura do médico João Antônio (PSD), um homem de bem e com experiência administrativa. Mas ele próprio me incentivou a ser candidato, e aceitou ser o meu vice. Sinto-me honrado com sua confiança.” Abelardo Vaz e João Antônio formam a “chapa dos sonhos”. Os dois contam com o apoio de 14 partidos. “Quatro vereadores que pertenciam à base política do prefeito Dioki Ikeda (PDT) — do PT, PTB, PSDC e PRP — decidiram me apoiar. O vice-prefeito Edivaldo da Cosmed rompeu com o prefeito e está na minha campanha. O ex-deputado Wellington Valim também me apoia.” Dioji Ikeda conseguiu montar uma chapa aos trancos e barrancos, com Saulo Faria na sua vice. Como está isolando, há quem tema, na base de Abelardo Vaz, que renuncie à candidatura e passe apoiar o postulante do PP.
O PSD de Vilmar Rocha e o PSDB do governador Marconi Perillo fecharam aliança em Pirenópolis. O objetivo é conquistar a prefeitura para fazer uma administração moderna, pois Nivaldo Melo fez o impossível para provincianizar uma cidade que, por receber pessoas de todos os lugares do país, notadamente de Brasília, é, por excelência, cosmopolita. O candidato a prefeito é Luiz Armando Pompêo de Pina, do PSD, com um vice do PSDB.
O presidente do PSD, Vilmar Rocha, e o deputado federal Thiago Peixoto, do PSD, afirmam que Heuler Cruvinel será o próximo prefeito de Rio Verde. Thiago Peixoto frisa que Heuler Cruvinel é um político moderno, tem visão de mundo e adquiriu, com seus dois mandatos de deputado federal, experiência nacional. “Ele sabe os caminhos para buscar recursos e, sobretudo, quer colaborar para modernizar Rio Verde. É um político que acredita em planejamento e projetos.” Vilmar Rocha corrobora: “Heuler é um sopro de renovação na política de Rio Verde. É um político arrojado e, sobretudo, determinado. Ele, uma vez eleito, vai mudar a face econômica, cultural, social e política do município. Ele é o símbolo do novo”.
A deputada federal Magda Mofatto (PR), se Waldir Soares (PR) não for para o segundo turno na eleição para prefeito de Goiânia, tende a subir no palanque de Iris Rezende (PMDB), e não no de Vanderlan Cardoso (PSB). Por quê? Porque, como quer disputar mandato de senadora, não vai fortalecer a senadora Lúcia Vânia (PSB), que deve disputar a reeleição em 2018. Claro que se trata de uma tendência, pois evidentemente o primeiro turno ainda será disputado daqui a vários dias. Mas a lógica do comentário acima é quase irretorquível, apesar de possíveis contestações da parlamentar. O que se disse sobre a líder política de Caldas Novas nada tem a ver com deslealdade; o fato é que Magda Mofatto é uma outsider, e não se liga, de maneira definitiva, a nenhum grupo político. No momento, está tentando constituir e consolidar uma corrente política, com um objetivo definido: cacifar-se para a disputa de uma vaga no Senado, em 2018.
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Fotos: Fernando Leite e Renan Accioly/ Jornal Opção[/caption]
A luta da base aliada é para colocar o candidato do PSB a prefeito de Goiânia, Vanderlan Cardoso, no segundo turno. Uma vez lá, os luas cinzas de sua campanha apostam que, como a polarização se torna compulsória, o empresário tem chances reais tanto de derrotar Iris Rezende, do PMDB, quanto Waldir Soares, do PR. Trabalha-se com a hipótese de que o ex-prefeito de Senador Canedo vai destronar o delegado-deputado e enfrentará o peemedebista.
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Foto: Alexandre Parrode/Jornal Opção[/caption]
A base aliada avalia que a escolha do deputado Major Araújo para a vice do candidato a prefeito de Goiânia pelo PMDB, Iris Rezende, significa que prevaleceu a corrente que propaga o ódio sistêmico. O militar é bancado por um trio, o senador Ronaldo Caiado (DEM), a especialista em culinária Iris Araújo (PMDB) e o marqueteiro Jorcelino Braga (PRP), com dois objetivos: fustigar o candidato do PR a prefeito, Waldir Soares, e atacar o governador Marconi Perillo (PSDB).
A política de Goianésia é qualitativa. Oposição e situação se criticam, por vezes até se atacam com certa aspereza verbal, mas há um grau de civilidade raro noutros municípios. Tanto que PSDB e PMDB negociaram, durante alguns meses, a possibilidade de lançar um candidato a prefeito do PSDB, Robson Tavares, e um vice do PMDB, Mara Naves. Dadas as contradições típicas da política, o acordão, que seria um embrião para uma aliança maior, no Estado, não vigorou. O PSDB decidiu manter a candidatura do prefeito Jalles Fontoura, com Robson Tavares, do PSDB, na vice. O PMDB banca o deputado Renato de Castro — parente dos fundadores da cidade —, com o empresário Carlos Veículos, do DEM, na vice. São quatro políticos qualitativos e com condições técnicas de governar bem a cidade. Jalles enfrenta o desgaste de ser prefeito num tempo de crise estrutural. Os problemas nacionais “explodem” nos municípios, que são tanto o pulmão quanto o coração do país. Mas é um político experimentado e respeitado na cidade. Renato de Castro tem a virtude de ser o novo e o problema de não ter experiência em gestão. Comenta-se que, apesar de respeitado, seu vice teria atuado como agiota, o que, dizem, representa desgaste.
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Arquivo[/caption]
Há um consenso de que todos os candidatos a prefeito de Goiânia, inclusive Iris Rezende, vão detonar o deputado Waldir Delegado Soares, candidato do PR a prefeito.
A tese predominante é: uma vaga para o segundo turno está praticamente garantida — é de Iris Rezende, do PMDB. O que está em jogo é, portanto, a segunda vaga. Por isso as equipes de Vanderlan Cardoso, do PSB, de Francisco Júnior, do PSD, e de Adriana Accorsi, do PT, por mais que falem em fazer campanhas propositivas, vão trabalhar para arrancar o “escalpo” — eleitoral, claro — de Waldir Soares, o segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto.
Acredita-se que, tornando-se alvo, Waldir Soares, perdendo as estribeiras, vai atacar de maneira desordenada, o que pode levá-lo a se tornar o Ciro Gomes de Goiânia.
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Iris Rezende e Marconi Perillo: sob a batuta de Michel Temer, quase passaram a andar juntos[/caption]
Iris Rezende confidenciou a dois aliados graúdos, um jovem e um histórico, que arrependeu-se de ter dado ouvidos a Iris Araújo — conhecida em Brasília como Maquiavel da culinária — e a Ronaldo Caiado, hoje seus guias políticos, e não ter aceitado o apoio do governador de Goiás, Marconi Perillo. Até o presidente Michel Temer queria a aliança.
Na conversa, entabulada no seu escritório, Iris Rezende admitiu que seus aliados subestimaram a capacidade de o governador Marconi Perillo rearticular-se e, rapidamente, montar outro jogo político. Ao colocar o PSDB e outros partidos de sua base política para apoiar Vanderlan Cardoso, candidato do PSB a prefeito de Goiânia, o tucano-chefe surpreendeu o irismo.
O irismo considerava Vanderlan Cardoso, que não tinha estrutura política adequada para um embate duro na capital, uma espécie de “frango de granja quase morto”. Com o apoio da base governista, o postulante do PSB se tornou um dos galos mais robustos da rinha política. Sem querer, por articular mal, o irismo fortaleceu o líder socialista.
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Giuseppe Vecci | Foto: Renan Accioly/Jornal Opção[/caption]
Quem ouviu o deputado federal e economista Giuseppe Vecci (PSDB) criticar o PSD na semana passada ficou com a impressão — errada, por certo — de que o adversário a ser enfrentado, no dia 2 de outubro deste ano, é Francisco Júnior, deste partido, e não Iris Rezende, do PMDB, e Waldir Soares, do PR. Como outros políticos, escolheu o alvo errado.
O Doutor Óbvio manda dizer que, para ganhar a eleição para prefeito de Goiânia, o candidato bancado por Giuseppe Vecci, Vanderlan Cardoso, precisa “remover” Iris Rezende e Waldir Soares — e não Francisco Júnior. Este, ao menos até agora, parece que já foi “removido” pelos eleitores.
Um pedido de abertura de CPI para investigar a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Rio Verde está em fase de coleta de assinaturas na Câmara Municipal. É necessário um mínimo de sete assinaturas para se abrir a Comissão Parlamentar de Inquérito. Na sexta-feira, 12, a notícia que corria nos corredores do Legislativo da cidade é que oito vereadores já tinham se manifestado a favor do requerimento. A CPI, se for aberta, deverá investigar as gestões do ex-secretários Danilo Moraes e Lissauer Vieira (PSD), com base em denúncias de favorecimento no encaminhamento de verbas. Vereadores sugerem que o Ministério Público contribua com uma investigação a respeito dos recursos da comunicação.
O colunista Leandro Mazzini diz que a ex-presidente, se definitivamente cassada, “irá dedicar sua agenda livre a causas nacionais e internacionais”
