Bastidores

É praticamente certo que, apesar das pressões da cúpula do PDT nacional, a deputada federal Flávia Morais não deverá disputar a reeleição. Se for candidata, deve disputar mandato de deputada estadual. Motivo: não tem dinheiro.

[caption id="attachment_85169" align="aligncenter" width="620"] Audiência oficial entre governador de Goiás, Marconi Perillo, e o Prefeito de Goiânia, Iris Rezende | Foto: Wagnas Cabral[/caption]
Os que participaram do encontro do prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na semana passada, ficaram impressionados com uma coisa. O peemedebista gastou 80% de seu tempo falando do passado.
Iris Rezende está cada dia mais nostálgico. Lembrou-se, entre outros, de Otávio Lage, que governou Goiás no período em que havia assumido a Prefeitura da capital pela primeira vez.

Ligado ao PTB do deputado federal Jovair Arantes, o economista e contabilista Jorge Luiz Andrade da Silva é o novo diretor da Conab em Brasília.
Jovair Arantes é um dos políticos goianos mais prestigiados pelo presidente Michel Temer, do PMDB.
[caption id="attachment_84158" align="aligncenter" width="400"] Vilmar Carajá, prefeito de Nova Aurora, em Goiás[/caption]
O prefeito de Nova Aurora, Vilmar Carajá, terá audiência com o vice-governador José Eliton nesta semana. Vai se aconselhar com o líder tucano a respeito de seu próximo pouso político. Sua pretensão é trocar o PT por um partido da base do governador Marconi Perillo. Pode ser o PP do senador Wilder Morais.

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende, não tem simpatia alguma por Jorge Kajuru. Só o tolera. Privadamente, culpa o marqueteiro Jorcelino Braga e o senador Ronaldo Caiado pela “invenção” do Major Araújo como vice e de Jorge Kajuru como vereador.

O que quer senadora Lúcia Vânia? Disputar a reeleição. Porém, como pesquisas começam a mostrar que tem certa popularidade, a presidente do PSB pode disputar o governo de Goiás.
Lúcia Vânia conseguiu organizar uma base política razoável em todo o Estado.

De um tucano experimentado: “José Eliton, candidato do PSDB a governador de Goiás, não vai caminhar sozinho. Porque, além do apoio do governador Marconi Perillo, terá a caneta nas mãos”. Em 2018.

[caption id="attachment_83780" align="aligncenter" width="620"] Prefeito Iris Rezende e a primeira-dama, Dona Íris | Foto: Marcelo Gouveia[/caption]
Que ninguém se iluda: Íris Araújo joga pesado, enquadra todo mundo do PMDB e dos partidos aliados. Mas quem manda mesmo é Iris Rezende. É o famoso jogo duplo. Ela é a policial má, e ele é o policial bonzinho. Mas quem chefia as ações, boas e más, é o decano peemedebista.

O ex-prefeito de Aparecida só não disputa o governo de Goiás pelo PMDB se não quiser

Comentário de um veterano cinéfilo: “Jorge Kajuru é como aquele personagem do filme ‘Teorema’, de Pier Paolo Pasolini, que chega numa casa e muda toda a configuração da família. Ele desconcerta os vereadores e muitos deles, viciados em vários esquemas — alguns dos novos já estão se viciando —, não estão sabendo como agir. O jornalista está funcionando praticamente como um promotor de justiça ou corregedor no Legislativo”.
Numa Câmara Municipal anódina (na qual pontificava Anselmo Pereira), cheia de esquemas, Kajuru tem sido um sopro de renovação e decência.

A ficha do senador Ronaldo Caiado parece que ainda não caiu. Mas os cargos que conseguiu para aliados na Prefeitura de Goiânia são meramente decorativos.
O DEM tentou indicar o médico Sílvio Rodrigues para a Secretaria da Saúde. Mas Iris Rezende barrou pessoalmente.

Ninguém pode dizer o contrário: Leon Deniz foi decisivo na eleição de Lúcio Flávio para presidente da OAB-Goiás. Mas em 2018 os advogados não devem ficar surpresos: Leon Deniz pode ser candidato a presidente e, exatamente, contra o ex-pupilo.
A tendência é que Lúcio Flávio chegue em 2018 com um grupo minoritário. Aí a disputa se daria entre os grupos de Leon Deniz e Miguel Cançado.

Cotados para o STF: Marcus Vinicius, Sérgio Moro, Clémerson Clève, Mauro Campbell, Heleno Torres, Herman Benjamin, Nancy Andrighi, Laurita Vaz e Humberto Martins

Nem todos os auxiliares de Iris Rezende foram condenados ou denunciados. Mas alguns deles respondem ou responderam a processos judiciais

“Será um nome ligado às tradições jurídicas do país”, afirma Moreira Franco