Senador Wilder Morais contesta o deputado Balestra e diz que PP “não foi negociado”
22 março 2017 às 12h17
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“Respeito o deputado, mas essa é uma acusação que deveria ser acompanhada de prova, sob pena de ele estar cometendo um crime. Acusa o presidente nacional [senador Ciro Nogueira], acusa a mim e, em ambos os casos, falsamente”
O senador Wilder Morais (PP) conversou com o Jornal Opção sobre as recentes declarações do deputado Roberto Balestra (PP) sobre o partido ter sido “negociado”: “Respeito o deputado, mas essa é uma acusação que deveria ser acompanhada de prova, sob pena de ele estar cometendo um crime. Acusa o presidente nacional [senador Ciro Nogueira, do Piauí], acusa a mim e, em ambos os casos, falsamente. Não vou bater boca com ele por respeito ao próprio deputado, ao que ele representa e a seus amigos e familiares, mas alguém de sua estatura não deveria espalhar uma inverdade dessas”.
Sobre “nunca ter plantado nada dentro do PP”: “Fizemos centenas de filiações, realizamos diversos encontros regionais, investimos na formação política dos filiados. O partido não teve mais atividades porque foi condenado pela Justiça a ficar dez meses sem fundo partidário [repasses do diretório nacional], num prejuízo superior a meio milhão de reais”. E o que deu esse prejuízo ao PP? “Foi um balancete reprovado da época em que o PP era presidido pelo nobre deputado Roberto Balestra.”
Sobre o partido estar organizado ao assumir: “De fato, o presidente que me antecedeu, o vice-governador José Eliton, fez um excelente trabalho, como, aliás, é sua característica e é também por isso que será o nosso próximo governador”.
Sobre a pergunta de Roberto Balestra, “Que negócio foi feito?”, para Wilder assumir o partido: “O negócio do PP é crescer. E a ‘coisa’ a que se refere o deputado deve ser a coisa de o partido se desenvolver. O partido filiou um senador e o nomeou para substituir um vice-governador. Só isso”.
Sobre o deputado não ter comparecido ao Encontro Estadual do PP, realizado na sexta-feira, 17: “Teria sido ótimo [Roberto Balestra aparecer no evento]. Seria o 19º parlamentar a participar, num público qualificadíssimo de 2 mil pessoas, com mais de 150 prefeitos, dezenas de vice-prefeitos, cerca de 500 vereadores, além de progressistas de mais de 200 municípios, entre primeiras-damas, ex-prefeitos, vereadores, secretários municipais e outras lideranças. Também honraram o encontro do PP estrelas pluripartidárias da política nacional, como o governador Marconi Perillo, o vice-governador José Eliton, os senadores Ciro Nogueira, Ana Amélia (RS), Hélio José (DF) e José Medeiros (MT), cinco deputados federais, inclusive o presidente do PP no Distrito Federal, Rôney Nemer, diversos deputados estaduais, inclusive o presidente da Assembleia, José Vitti. Faltou o deputado Roberto Balestra, mas vai continuar sendo convidado para os próximos encontros e esperamos a sua honrosa presença”.
Sobre Roberto Balestra ter “ficado calado esse tempo todo”: “Desde que assumi o comando do partido em Goiás, o deputado sempre exerceu o seu direito de manifestação e se manifestou bastante, criticando, apontando, dando opiniões. Respeito todas as suas atitudes, inclusive as injustas, como as expressadas na entrevista”.
Sobre a acusação de “comprar as pessoas”: “O deputado precisa dizer quais pessoas eu comprei ou tentei comprar. Como não comprei nem tentei comprar ninguém, é mais uma acusação que não condiz com seu cargo de congressista. Respeito e faço tudo para merecer ser respeitado, mas o meu respeito ao deputado é incondicional, não depende sequer de ele falar a verdade a meu respeito”.