Bastidores

Três vezes presidente do Legislativo goiano, o ex-prefeito de Catalão é um político experimentado e dialoga com facilidade com líderes políticos
Marconistas dizem que a senadora Lúcia Vânia equivocou-se, poia economista chegou ao governo depois de 2014

Pré-candidato a governador, o deputado federal avalia que uma chapa majoritária encorpada será capaz de derrotar o governismo

Ante a divisão da situação, tanto Miguel Cançado quanto Djalma Rezende têm chance de ser o próximo presidente da OAB-Goiás

O americano Abraham Lincoln disse que “uma casa dividida contra si mesma não pode subsistir”. Talvez seja o recado adequado para os que resistem a apoiar José Eliton para governador

Desgaste nacional do PT afasta alguns de seus políticos no Estado. Retirada só está começando

Irista diz que o prefeito de Goiânia sentiu-se “traído” pelo ex-prefeito petista na disputa para o governo em 2010 e 2014, quando obteve votações vexatórias em Anápolis

O ex-vereador afirma que José Eliton será o candidato do PSDB a governador de Goiás em 2018

Um deputado estadual da base governista garante que ouviu, na Assembleia Legislativa de Goiás, a informação de que Lúcia Vânia teria aceitado, de bom grado, a criação da Secretaria de Habitação desde que o indicado para dirigi-la fosse o presidente da Agehab, Luiz Stival, que será candidato a deputado estadual em 2018.
“Na verdade, Lissauer Vieira está no PSB, mas não pertence ao núcleo duro do grupo de Lúcia, que é muito fechado. Portanto, o veto não foi exatamente à criação da Secretaria da Habitação, e sim ao parlamentar de Rio Verde”, pontua o político governista.
Segundo o parlamentar, “a Secretaria da Habitação ocupará o espaço da Agehab — não será uma estrutura a mais”. Por sinal, a maioria dos deputados da base aliada quer a saída de Luiz Stival da Agehab.

[caption id="attachment_83027" align="alignright" width="620"] Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil[/caption]
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem sugerido a políticos que, devido à pesada tarefa de recuperar a economia, dificilmente terá condições de deixar o governo em abril de 2018 para disputar a Presidência da República, o governo de São Paulo e, sim, o governo de Goiás (pelo PSD).
A prioridade número um é a recuperação da economia. Prioridade técnica, frise. A prioridade política é, pela ordem:
1 — Disputar a Presidência da República;
2 — Disputar o governo de São Paulo;
3 — Disputar o governo de Goiás;
4 — Disputar mandato de senador em São Paulo ou Goiás.

[caption id="attachment_87624" align="alignright" width="620"] Arquivo[/caption]
Contra as evidências, há quem aposte que o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, pode disputar mandato de deputado federal com o objetivo de abrir espaço na disputa para senador para outros políticos de sua base política.
Aí disputariam, para Senado, Lúcia Vânia, do PSB, e Wilder Morais, do PP.

[caption id="attachment_81971" align="alignright" width="620"] Divulgação[/caption]
A eleição de 2018 é o que Umberto Eco chamaria de “obra aberta”. Portanto, tudo que se escreve a respeito é mera especulação. Aqui vai uma delas: o deputado federal Jovair Arantes deve ser candidato à reeleição ou então deve disputar mandato de senador. É a expectativa.
Mas outro caminho pode ser trilhado. O filho de Jovair Arantes, o deputado estadual Henrique Arantes, um garoto cada dia mais atuante, pode disputar mandato de deputado federal e, aí, o pai iria ao Senado.
Mas há quem especule que Jovair, numa composição geral, pode seria suplente do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), na disputa por uma vaga no Senado. Aí, no caso de vitória para presidente de um candidato do PSDB ou do PMDB, o tucano-chefe goiano iria para um ministério, e Jovair Arantes assumiria o mandato de senador por quatro anos.
O que se disse acima merece figurar no terreno das especulações, das hipóteses.

[caption id="attachment_79438" align="alignright" width="620"] Foto: Geraldo Magela[/caption]
Sobre o senador Ronaldo Caiado há dois discursos: um feito no país e o outro feito em Goiás.
No país dizia-se que o político goiano seria candidato a presidente da República.
Em Goiás, da maior à menor cidade, todos dizem que o presidente do DEM vai disputar o governo do Estado.
Pois o quadro mudou no país. A revista “Época” afirma que Ronaldo Caiado, apesar de sugerir que vai disputar a Presidência, na verdade planeja e trabalha para disputar o governo goiano.
O quadro também mudar em Goiás. Há quem, mesmo no DEM, aposte que Ronaldo Caiado não vai disputar mandato em 2018. Subirá no palanque de Maguito Vilela (PMDB) ou Daniel Vilela (PMDB) para governador. Porque teme, se candidato, ficar em terceiro lugar — atrás de José Eliton, do PSDB, e de um dos Vilelas.

[caption id="attachment_66892" align="alignright" width="620"] Foto: Lula Marques/ Agência PT[/caption]
Há poucos dias, numa conversa sobre o desastre que é a administração de Rodrigo Rollemberg (PSB) em Brasília, aliados do presidente Michel Temer sugeriram, em tom de brincadeira, que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, transfira seu título eleitoral para o Distrito Federal com o objetivo de, se eleito governador, recuperar a máquina pública.
O que se comenta em Brasília é que a cada dia Rodrigo Rollemberg afunda ainda mais as finanças da capital da República. Um gestor competente, da estirpe de Henrique Meirelles, é a única possibilidade de salvar o governo do DF.
O que Henrique Meirelles disse a respeito, segundo os aliados de Michel Temer? Nada

Um goiano que está cada dia mais próximo do presidente da República, Michel Temer, comenta que falam muito de Geraldo Alckmin, José Serra, Ciro Gomes, Marina Silva, Lula da Silva, Jair Bolsonaro como candidatos a presidente da República, mas estão “esquecendo” do presidente Michel Temer, do PMDB.
O ex-deputado sugere que, como está fazendo as coisas certas, o que está levando a um começo, ainda tímido, de recuperação da economia, Michel Temer pode ficar com a imagem, em 2018, do político que “salvou” o país da debacle. Sobretudo do político que soube aplicar os remédios amargos para depois repassar o doce para os brasileiros.
Michel Temer está operando duas reformas, a da Previdência e a Trabalhista, que nenhum presidente ousou fazer, nos últimos anos. Se der certo, se aprovadas sem muitos remendos e sem populismo, podem contribuir para destravar a economia.
Se consagrado, Michel Temer vai renunciar ao direito, líquido e certo, de disputar a Presidência em 2018? Certamente que não. Mais: é provável que, se estiver bem — se a Operação Lava Jato não levá-lo de roldão —, será convocado até por outros partidos, como o PSDB, a disputar o pleito.