A queda de braço judicial travada para garantir o domínio do Pros ganhou novo capítulo na manhã desta sexta-feira, 5, com decisão que redireciona a legenda para Eurípedes Junior. Assinada pelo relator ministro Ricardo Lewandowski, a decisão aponta que “teria havido violação da competência do Tribunal Superior Eleitoral” por parte de Marcus Holanda, que teria feito pagamentos à irmã de desembargador do TJ.

Com isso, ficam suspenso os efeitos que colocavam Holanda no comando do partido e determinado o retorno imediato de Eurípedes Junior ao cargo de Presidente do Diretório Nacional do PROS, até o julgamento final da reclamação.

A tentativa de reverter a decisão que coloca o partido nas mãos de Marcus Holanda começaram ainda na quinta, quando a defesa de Eurípedes apontou suspeitas de que negociações em dinheiro possam ter influenciado na decisão do TJ-DF, após divulgação de áudios, pela Folha de São Paulo, que mostravam Holada afirmando ter feito pagamentos picados à advogada Raquel Costa Ribeiro, irmã do desembargador.

A defesa de Eurípedes comemorou a decisão, afirmando que prevalece a Justiça “independente da arrogância e da prepotência de alguns”. Ao Jornal Opção, o advogado Bruno Pena destacou os riscos da influência colocada sobre a decisão e destacou a necessidade de imparcialidade judicial para reaver o comando da legenda.

“Dia após dia são reveladas na imprensa influências externas que levaram e comprometeram a imparcialidade dessa decisão. No estado democrático de direto, para que um julgamento tenha validade não basta que tenha sido imparcial, é necessário que a imparcialidade do julgado esteja acima de qualquer dúvida razoável a respeito de qualquer tipo de favorecimento”, pontuou.