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O corpo da publicitária Juliana Marins, de 31 anos, será cremado nesta sexta-feira, 4, no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói (RJ), cidade onde ela morava. Juliana morreu há dez dias após sofrer uma queda durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. O acidente aconteceu em uma área de difícil acesso, e o corpo da brasileira só foi resgatado quatro dias depois.

O velório será dividido em dois momentos: das 10h às 12h, aberto ao público para homenagens; e das 12h30 às 15h, com acesso restrito a familiares e amigos mais próximos. O corpo chegou ao Brasil na última terça-feira, 1º, e, a pedido da Defensoria Pública da União (DPU), passou por uma nova autópsia em território nacional. O procedimento foi concluído na quarta-feira, 2, e o laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias.

“Ainda na segunda-feira, fomos procurados pela Defensoria Pública da União para providenciar a cremação. Por conta da documentação que precisava ser reunida, entramos com o pedido na quarta-feira. Para a autorização, era necessário comprovar a realização da nova autópsia no Brasil e a liberação do corpo pela Justiça Federal”, explicou o defensor público Marcos Paulo Dutra Santos, coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos.

Segundo ele, a atuação da Defensoria buscou preservar o direito ao luto da família e a dignidade da vítima. “Essa é uma forma de resguardar a dignidade humana da Juliana, considerando o desejo pela cremação — dignidade essa que, ao que tudo indica, foi muito negligenciada pelas autoridades da Indonésia. O direito à dignidade humana compreende também o direito ao luto”, afirmou o defensor.

Juliana era publicitária e vivia em Niterói. Ela estava na Indonésia em uma viagem de turismo. Após o acidente, familiares e amigos usaram as redes sociais para cobrar agilidade no resgate e no traslado do corpo ao Brasil. O caso teve repercussão internacional e gerou críticas à condução das autoridades locais, especialmente quanto à demora na operação de resgate.