Após a comoção pelo caso de um idoso encontrado morto em um banco enquanto tentava retirar um empréstimo, a família de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, e de Erika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, partiram em defesa da cuidadora e sobrinha da vítima. Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo, 21, os parentes disseram que ela tinha problemas psiquiátricos.

Presa em flagrante por suspeita de vilipêndio a cadáver e furto mediante fraude, Erika, tentou que o parente sem reação assinasse uma linha de crédito de R$ 17 mil. Entretanto, funcionários do desconfiaram da situação e acionaram o Samu, que confirmou o óbito do idoso. A gravação do ocorrido viralizou pelas redes sociais e revoltou o Brasil.

Lucas Nunes dos Santos, um dos filhos de Erika, destacou que a mãe tem um histórico de tentativas de suicídio e problemas de saúde mental, inclusive com relatórios médicos que indicam pedidos de internação psiquiátrica por dependência de sedativos e alucinações.

Já a advogada de Erika, Ana Carla de Souza Correa, afirmou que a cliente estava em negação diante da possibilidade de que Paulo realmente estivesse morto enquanto estava dentro do banco. A defesa ainda alega que ele estava vivo quando chegou ao banco e que a situação foi um mal-entendido.

Segundo relatos de um dos membros da família, Paulo estava vivo quando saiu de casa em direção ao banco. O motorista de um veículo de aplicativo afirmou em depoimento que Paulo já não conseguia andar quando chegou para buscá-los. A polícia investiga o caso e analisa imagens de câmeras de segurança do local.

Paulo, que nunca se casou nem teve filhos, morava com Erika em Bangu há 15 anos. Segundo relatos da família, ele enfrentava problemas com o consumo de álcool e vivia com uma renda proveniente de um benefício governamental.

O sepultamento de Paulo ocorreu no último sábado, 20, no Cemitério de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro, porém nenhum dos quatro irmãos do falecido compareceu à cerimônia.

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