Exclusivo: Bolsonaro diz que sua inelegibilidade é perseguição
05 julho 2023 às 18h54


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Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre o processo por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação que o tornou inelegível por oito anos. Em seu ponto de vista, o processo é uma perseguição contra a direita. Entretanto, afirmou que a direita está mais unida do que nunca.


“Você tem dúvidas de que é perseguição?”, indagou Jair Bolsonaro. “Perder os direitos sem corrupção? Apenas por ter me reunido com embaixadores? Dilma Rousseff (PT) fez o mesmo em 2016 para pedir apoio em seu processo de impeachment, e isso não foi considerado abuso de poder político.”


Bolsonaro preferiu não comentar sobre políticos, “para não fazer ciúmes”, mas afirmou que assiste aos vídeos de Gustavo Gayer (PL). “Gustavo Gayer é um grande aliado e amigo. Parabéns a Goiás por tê-lo escolhido.” O ex-presidente também se recusou a comentar o voto dos ministros.
Bolsonaro também elogiou o ex-deputado federal Major Vitor Hugo. “Ele terá projeto político-eleitoral para 2024.”
O ex-presidente esteve em Goiânia na quarta-feira, 5, para tratamento dentário na Clínica Rildo Lasmar (que funciona nas proximidades do Alpha Mall, no bairro Alphaville Flamboyant).


Bolsonaro conversou com vários políticos, como o médico Osvaldo Fonseca Jr., de Rio Verde. Osvaldo Júnior é pré-candidato a prefeito do município e tende se filiar ao PL (no momento, é filiado ao Patriota, mas vai pedir a desfiliação em breve.
Ugton Batista, que pode ser candidato a vereador em Goiânia, também estava com Bolsonaro.
O ex-presidente foi recebido por várias pessoas, que pediram para fazer fotografias com ele.
Bolsonaro conversou tranquilamente com o repórter, apesar do cerco dos seguranças.
Uma coisa é certa: o ex-presidente vai atuar firme na campanha dos candidatos do PL em pelo menos duas cidades goianas: Anápolis (talvez com Major Vitor Hugo) e em Goiânia (possivelmente com Gustavo Gayer). Uma fonte, que acompanhava o presidente, disse ao repórter: “Bolsonaro vai ser o maior cabo eleitoral do partido, notadamente nas capitais e nas cidades com mais de 200 mil eleitores, onde há segundo turno”.

