O presidente estadual do MDB, o vice-governador Daniel Vilela, não planeja expulsar a deputada federal Marussa Boldrin do partido. Mas há a possibilidade de destitui-la da presidência do MDB em Rio Verde.

O MDB tem um pré-candidato a prefeito em Rio Verde, o médico Wellington Carrijo, mas, até agora, Marussa Boldrin não deu uma declaração favorável à sua postulação. Nos bastidores, o que se comenta é que a deputada planeja retirar o MDB local da base do prefeito Paulo Vale com o objetivo de compor com Lissauer Vieira, pré-candidato pelo PSD (irá, possivelmente, para o PL), ou com Osvaldo Fonseca Júnior, pré-candidato pelo Republicanos.

Wellington Carrijo e Paulo do Vale: o pré-candidato e o prefeito | Foto: Divulgação do MDB

Ao contrário de Marussa Boldrin, Daniel Vilela decidiu que o MDB vai apoiar Wellington Carrijo para prefeito. O médico é a grande aposta do prefeito Paulo do Vale, do União Brasil, e do deputado estadual Lucas do Vale, do MDB.

Comenta-se que Marussa Boldrin planeja sair do MDB. Se for expulsa, o partido não poderá reivindicar seu mandato. A articulação para a deputada se afastar, cada vez mais, de Daniel Vilela seria do ex-deputado José Mário Schreiner, presidente da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg).

José Mário Schreiner permanece filiado ao MDB, mas um aliado do senador Wilder Morais afiança que sua ficha no PL já está preenchida — só faltam a assinatura e o registro no Tribunal Regional Eleitoral. O produtor rural e líder ruralista estaria planejando disputar mandato de senador ou até mesmo a vice de Wilder Morais, em 2026. O senador tem sugerido que pode disputar o governo do Estado, daqui a três anos e dois meses.

Daniel Vilela, Wellington Carrijo e Manuel Cearense | Foto: Divulgação do MDB

Se sair do MDB, Marussa Boldrin iria para o PL, e daí ficaria mais fácil articular uma aliança com Lissauer Vieira ou com Osvaldo Fonseca.

Entretanto, é preciso que fique claro que, até o momento, Marussa Boldrin não deu nenhuma declaração de que sairá do partido ou mesmo que quer sua expulsão.

A deputada tem razão numa questão: o grupo de Paulo do Vale não faz esforço algum para acolhê-la na sua base política. Se é assim, como cobrar da emedebista que se aproxime do Wellington Carrijo? Fica-se com a impressão de que o paulovalismo subestima a jovem política. E, como se sabe, em política não se deve superestimar (por que gera paralisia) nem subestimar adversários. (E.F.B.)