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O presidente do MDB de Goia­nésia, Giovani Machado Gonçalves, de 60 anos, diz que não sabe os motivos de o prefeito do município, embora filiado ao emedebismo, apoiar Ronaldo Caiado (DEM) e não Daniel Vilela (MDB) para governador. “Mas friso que 95% dos integrantes dos emedebistas de Goianésia apoiam o candidato do partido. Gilberto Naves e Mara Naves, dois políticos históricos, estão com Daniel Vilela. Nós somos partidários e, portanto, vamos seguir com Daniel.”

“Sou presidente do MDB, mas o prefeito Renato de Castro, com o qual me dou bem, não sentou comigo antes de declarar apoio a Ronaldo Caiado. Descobri pela imprensa. Ele decidiu de maneira unilateral. Em 2014, nós apoiamos Daniel Vilela para deputado federal e, agora, vamos continuar com ele. É uma questão de lealdade político-partidária”, afirma Giovani Machado.

O MDB de Goianésia, segundo Giovani Machado, é um dos mais fortes de Goiânia. “Sempre enfrentamos um grupo muito forte na cidade, o da família de Otavinho Lage e Jalles Fontoura, mas não recuamos um milímetro.”

Segundo Giovani Machado, o pai de Renato de Castro, conhecido como Fião, sempre foi ligado à família de Otávio Lage. “Em 2004, Fião era presidente do PFL, atual DEM. Ele queria ser vice de Otavinho Lage, que preferiu outro nome. Em 2008, rompendo com os Lage, Fião bancou Renato de Castro na vice de Gilberto Naves. Em 2012, Naves perdeu para Jalles Fontoura. Em 2014, Renato filiou-se ao PT e o MDB abraçou sua candidatura a deputado estadual. Eleito, ele disputou a eleição para prefeito em 2016, pelo MDB, e ganhou. Mas o fato é que Renato não tem tradição no MDB. O apoio a Caiado é como se fosse um retorno de Fião ao velho PFL.”

Renato de Castro diz que, apoiando Ronaldo Caiado, quer contribuir para eleger o próximo governador. “Mas quem disse que Caiado vai ganhar? Nós apostamos que Daniel vai ser o próximo governador de Goiás.”