Bastidores

[caption id="attachment_46932" align="aligncenter" width="620"] Deputados Humberto Aidar, Adriana Accorsi e Luis César Bueno; e o ex-reitor da UFG, Edward Madureira: correntes diferentes no PT | Fotos: Y. Maeda, Carlos Costa e reprodução / Facebook[/caption]
A deputada estadual Adriana Accorsi é apontada pela imprensa como pré-candidata do PT a prefeita de Goiânia. Seria a candidata do prefeito Paulo Garcia. São favas contadas? Talvez não.
Parlamentar qualitativa, apesar de sua assessoria tida como “violenta”, Adriana Accorsi tem o respeito da maioria dos petistas, mas não une todas as correntes. Ao ser apresentada como a candidata “do prefeito", da máquina, ganha a antipatia do grupo do deputado Humberto Aidar. Portanto, no lugar de unir o partido, pode desagregá-lo.
Político racional, de sopesar as posições com relativa frieza, Paulo Garcia pode optar por outros caminhos, quer dizer, por uma composição mais ampla — agora que está se afastando do PMDB (partido que está acuando o PT nacional do modo mais cruel possível).
Pertencendo ao grupo de Rubens Otoni, Aidar não une o PT e enfrenta resistência especialmente no grupo do prefeito e na tendência do ex-prefeito Pedro Wilson e da ex-deputada Marina Sant’Anna. Paradoxalmente, Aidar tem a simpatia da cúpula do PSDB. Isto pode sinalizar para uma aliança? Talvez sim; provavelmente, não.
Só dois políticos podem unir o partido na capital: o deputado estadual Luis Cesar Bueno, político moderado, e o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás Edward Madureira. Não há resistência a nenhum dos dois nomes nas várias correntes do PT. Dos dois, Luis Cesar é o mais articulado no interior do partido e mesmo na sociedade. Porém, dado o desgaste abissal do PT, é visto como “excessivamente petista”.
Resta Edward Madureira, que, como candidato a deputado federal em 2014, sem qualquer apoio do partido, obteve 58.865 votos — um numero expressivo para quem não tinha disputado sequer uma eleição para o Parlamento.
A imagem de Edward Madureira cristalizada na sociedade é de que se trata de um gestor competente e que levou a UFG a novo patamar. Ao mesmo tempo, por não ter uma identificação profunda com o PT — filiou-se há menos de dois anos —, não absorve integralmente o desgaste do partido.
Nos bastidores comenta-se que Olavo Noleto, do grupo de Pedro Wilson mas respeitado em todas as tendências, notadamente na do prefeito Paulo Garcia, é um pré-candidato consistente.

[caption id="attachment_42366" align="aligncenter" width="620"] Deputado Lissauer e o prefeito Juraci | Foto: divulgação[/caption]
O prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, vai assumir a presidência do PP do município nesta semana. O deputado estadual Lissauer Vieira ainda não definiu se fica no PSD ou migra para o outro partido, como o PP. “Posso me filiar, se quiser disputar a eleição para prefeito, até abril de 2016.”
Lissauer vai disputar a Prefeitura de Rio Verde? “Estou aberto àquilo que o nosso líder, o prefeito Juraci, e os companheiros vão decidir. ‘Sou’ Juraci; portanto, se ele achar que é o momento para disputar, poderei ser candidato. Mas, se o grupo decidir, posso apoiar outro nome. Política é uma ação coletiva. É a maioria que decide quais caminhos se deve seguir.”
O grupo de Juraci Martins e Lissauer está rompido como o deputado Heuler Cruvinel, pré-candidato do PSD a prefeito? “O que posso dizer é que, em política, cada um busca o seu espaço. Não estamos rompidos. Porém, se quer ser candidato, Heuler precisa conquistar o apoio do grupo, não o meu especificamente.”

[caption id="attachment_29015" align="aligncenter" width="620"] Leandro Vilela é um dos principais executivos da empresa JBJ, de Júnior Friboi| Foto: Agência Câmara[/caption]
O ex-deputado Leandro Vilela (PMDB) disse ao Jornal Opção na sexta-feira, 25, que é mesmo provável que não dispute a Prefeitura de Jataí em 2016.
“Nunca manifestei que seria candidato. A candidatura é uma discussão que precisa ser feita pelo PMDB e pelo prefeito Humberto Machado. É preciso ouvir os pretensos postulantes. Admito que, num primeiro momento, eu queria muito ser candidato. Hoje, antes de decidir, vou analisar muito, e de maneira criteriosa. Com o ambiente político conturbado e com as prefeituras quebradas, é muito difícil ser prefeito. Portanto, posso não disputar.” Depois, o jovem peemedebista acrescentou: “Amanhã, quem sabe”. A descrença dos eleitores e a falta de uma reforma política abrangente o afastam da política.
No momento, Leandro está cuidando de sua vida e, atuando numa empresa em expansão, avalia que contribui para o crescimento e o desenvolvimento do país. “Sou diretor de Relações Governamentais e Novos Negócios da JBJ, empresa da área de frigorífico, propriedade de José Batista Júnior”, mais conhecido como Júnior Friboi.
Leandro Vilela, contratado recentemente, está visitando todos os empreendimentos de Júnior Friboi.

Vanderlan Cardoso instalou uma República do Medo em Senador Canedo. Ninguém tinha coragem de criticá-lo, por receio de ser perseguido. O prefeito Misael Oliveira derrubou o Muro de Berlim e fez críticas contundentes ao pré-candidato a prefeito de Goiânia pelo PSB.

[caption id="attachment_45578" align="aligncenter" width="620"] Daniel Vilela concede entrevista durante evento do PMDB | Foto: Alexandre Parrode / Jornal Opção[/caption]
O deputado federal Daniel Vilela tem dito ao Jornal Opção, seguidas vezes, que pretende disputar o governo de Goiás em 2018. O jovem parlamentar, que está refinando seu discurso, frisa que não tem outro projeto. Mas peemedebistas sugerem que, no lugar de disputar a presidência do PSDB — sublinham que candidato a governador não deve comandar o partido —, deveria disputar a Prefeitura de Goiânia.
Peemedebistas avaliam que, por ser jovem, Daniel Vilela poderá ser apresentado ao exigente eleitorado de Goiânia como indicativo de que, pela primeira vez em mais de uma década e meia, o PMDB está se renovando de fato.
Teme-se que Iris Rezende — 83 anos em 2016 — comece na frente, liderando as pesquisas de intenção de voto, e se desidrate no decorrer da campanha.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), disse, em Goiânia, que não colocará nenhuma barreira para o andamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Nas conversas de bastidores, o peemedebista sublinhou que aposta no impedimento da petista-chefe. Publicamente, Cunha adota a tese de que está se comportando como “magistrado”.

Por mais que seja um prefeito eficiente, Maguito Vilela, do PMDB, é visto como “estrangeiro” pelos políticos e moradores de Aparecida de Goiânia. Há uma espécie de clamor pela volta de um político da cidade ao comando da prefeitura.
Inicialmente, Maguito Vilela começou a bancar Euler Morais, também “estranja”, para a prefeitura. Ante a resistência, e acatando sugestão do deputado Daniel Vilela, seu filho, começou a aceitar a possível indicação do presidente da Câmara, Gustavo Mendanha. Chegou-se a falar em Sandro Mabel, mas este é visto como “paraquedista” no município.
Gustavo Mendanha, percebendo a nova onda, tem conversado com um marqueteiro experimentado e está articulando pesado para ser o candidato do PMDB a prefeito. Mesmo com o apoio de Maguito Vilela, principal general eleitoral do município, o peemedebista integra a lista dos que clamam por “Aparecida para os aparecidenses”.
O PSDB dever bancar a candidatura de Ozair José (ou de Alcides Ribeiro), também político do município. O resultado é que a eleição de 2016 deverá ter, depois de oito anos, uma disputa entre “aparecidenses”. Situação e oposição irmanam-se, pois, pelo menos num ponto: cansaram-se dos “estranjas”.

[caption id="attachment_46638" align="aligncenter" width="620"] Prefeito Paulo Garcia anunciando programação de obras para o aniversário de Goiânia | Foto: Prefeitura de Goiânia[/caption]
Uma repórter do Jornal Opção conversou com o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, na semana passada e ficou impressionada com sua motivação. O petista-chefe está revigorado, cheio de ideias e projetos para melhorar a qualidade de vida dos goianienses. Os projetos devem ser colocados em prática brevemente.
O dinheiro, que não será problema, já está definido.
O ânimo do prefeito não é apenas administrativo — é também político. O jovem gestor aposta que, com os novos projetos e com as obras concluídas, o PT terá plenas condições de eleger o próximo prefeito de Goiânia. Paulo Garcia aposta que vai surpreender os “incréus”.

[caption id="attachment_43740" align="aligncenter" width="620"] Delegado Waldir afirma que tem o que é preciso para governar Goiânia | Foto: Renan Accioly / Jornal Opção[/caption]
O deputado-delegado Waldir Soares disse ao Jornal Opção que pretende disputar a Prefeitura de Goiânia pelo PSDB. “Como sou o nome do partido que aparece em melhores condições nas pesquisas de intenção de voto, acredito que devo ser o indicado. Nenhum outro partido vai deixar de investir em quem tem mais de 20% para apoiar um postulante que dá traço.”
Entretanto, se o PSDB não bancá-lo, o delegado Waldir pretende mesmo mudar de partido. “Mas posso fazer isto em março de 2016. Ganhei mais tempo.” O deputado conversou na quinta-feira, 24, com o governador de Goiás, Marconi Perillo. “Marconi pediu mais prazo para mim e eu disse a ele que não preciso de estrutura financeira gigantesca para ser candidato.”
Waldir admite que tem conversado com Iris Rezende e outros peemedebistas. “Iris não me disse que será ou que não será candidato. Depreendi, é claro, que tudo é possível. A única certeza é que sou pré-candidato a prefeito e não sou homem de desistir de meus projetos. Anote e me cobre depois: vou disputar mesmo. Agora não sei se vou disputar pelo PSDB, PMDB, PTB, PROS ou PTN. Recebi vários convites.” Ele disse que conversou com Jovair Arantes e Cristiane Brasil, presidente nacional do PTB, e foi convidado para disputar a prefeitura.
Perguntado sobre a especulação imobiliária em Goiânia — que gerou donos da cidade, como Ilézio Inácio, da Construtora Consciente —, Waldir disse que, seguindo recomendação de sua equipe, não vai discutir o assunto neste momento. “Eu e meu grupo estamos formulando um planejamento para a cidade. O que nós queremos é que Goiânia seja uma cidade para todos os goianienses.”
Sobre a CPI da Petrobrás, Waldir diz que o depoimento da semana passada contribuiu para ampliar o entendimento do escândalo de bilhões de reais. “O constrangimento político era um fato na empresa.”
A respeito da possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff: “Deu uma esfriada com a possibilidade de o PMDB controlar mais ministérios importantes do governo”.

Por mais que o vice-governador de Goiás, José Eliton, negue que vá disputar a Prefeitura de Goiânia — prefere ser candidato a governador em 2018 —, parte do tucanato avalia que sua filiação antecipada sugere que seu nome deve figurar na lista dos pré-candidatos a gerir a capital.

É pura maldade da oposição chamar o presidente da OAB-Goiás, Enil Henrique, de “Tiririca sem voto”. Afinal, o advogado é sério e competente. Já Lúcio Flávio Paiva, herr professor, é apontado por seus adversários como o “pequeno desnotável”.

Mesmo entre aliados de Enil Henrique e Lúcio Flávio Paiva comenta-se que o candidato mais preparado é Flávio Buonaduce. Poucos advogados têm uma visão prática e teórica do Direito tão ampla quanto a de Flávio Buonaduce.

A luz de alerta está piscando na cúpula da campanha de Lúcio Flávio há alguns dias. O candidato não cresce e tudo indica que, a partir de agora, tende a cair. O único candidato que está crescendo e ampliando seus apoios é Flávio Buonaduce.

Do desembargador aposentado Paulo Teles para um repórter do Jornal Opção: “Desisti de disputar a presidência da OAB-Goiás não por falta de ideias e aliados, e sim por escassez de recursos financeiros”. Paulo Teles diz que fica horrorizado ao ser informado que um marqueteiro recebeu 500 mil reais para fazer uma campanha. “Devo ficar neutro e, dependendo de minhas audiências no interior, é possível que nem mesmo vote nas eleições deste ano.”

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), e o deputado federal Daniel Vilela (PMDB) são conhecidos como “xiitas” da “igreja” da presidente Dilma Rousseff. No entanto, no programa nacional do PMDB, Daniel Vilela gravou uma frase que foi utilizada para contribuir com o emparedamento da presidente Dilma Rousseff, do PT. A presidente Dilma Rousseff teria ficado chateada e Daniel Vilela ficou mal até com Maguito Vilela, seu pai e “dilmista do sétimo dia”. Maguito teria puxado as orelhas de seu pupilo. Daniel Vilela é jovem e deixa se levar por políticos expertos do PMDB.