Bastidores

O deputado federal Daniel Vilela afastou-se do grupo do vice-presidente Michel Temer na disputa do PMDB nacional e, orientado pelo prefeito Maguito Vilela, seu pai, aliou-se ao líder Leonardo Picciani e à presidente Dilma Rousseff. Um dos motivos foi a resistência de Michel Temer de entregar o comando do PMDB de Goiás a ele. Daniel Vilela não engoliu o que considerou uma desfeita do vice-presidente.

A presidente Dilma Rousseff, com a ajuda de Lula da Silva e do senador Renan Calheiros, está fazendo o impossível para isolar e esvaziar Michel Temer. No Palácio do Planalto, Michel Temer é chamado de “o Itamar Franco de São Paulo”. Palavras como “mordomo de filme de terror” e “drácula” são usadas com frequência para referir-se ao vice-presidente da República.

O governador Confúcio Moura, do PMDB de Rondônia, diz: “O Brasil precisa mudar. Como um ministro qualquer pode querer ensinar como administrar ao governador Marconi Perillo, do alto de sua experiência de quatro mandatos? Nós é que temos de ensinar este povo a governar. Representamos o Brasil que dá certo”.

Do governador Marconi Perillo: “Não apresentamos uma agenda-bomba para o Brasil. Nossa agenda é do bem, é decente”.

Todos os governadores do Fórum do Brasil Central elogiam Marconi Perillo, destacando as qualidades do tucano e enfatizando a sua experiência administrativa e sua criatividade para construir e concluir projetos com poucos recursos. Não há quem deixe de mencionar seu acerto na área de saúde. Não é à toa que, por recomendação do Ministério da Saúde, o Crer está sendo copiado por vários Estados.

Em Brasília, o comentário é que o senador Ronaldo Caiado (DEM) não pensa mais em ser candidato a governador de Goiás, em 2018, e sim em tentar ser presidente da República. Ronaldo Caiado tem dito aos seus aliados que tanto a presidente Dilma Rousseff quanto o vice-presidente Michel Temer vão cair.

Quando passou por Goiás na terça-feira passada, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, já falava que o ministro Joaquim Levy ia cair. Consta que, nos últimos dias, economista Joaquim Levy sequer conseguia falar com a presidente Dilma Rousseff. Joaquim Levy sai chamuscado, mas a culpa dos erros é a da presidente Dilma Rousseff.

Lula da Silva desistiu de emplacar Henrique Meirelles no governo de Dilma Rousseff. Finalmente, aceitou que a presidente não tolera o executivo ligado aos irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS-Friboi. Henrique Meirelles agora está tricotando com o vice-presidente Michel Temer, que começa a ser chamado, em Brasília, de o Itamar Franco que não deu certo.
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[caption id="attachment_54654" align="alignright" width="620"] Virmondes Cruvinel (esq), pré-candidato ao Paço Municipal, ao lado do deputado federal Indio da Costa | Marcello Dantas[/caption]
O deputado estadual Virmondes Cruvinel (PSD) foi um dos primeiros a levantar a mão quando o presidente estadual do partido, o secretário de estado Vilmar Rocha, questionou quem disputaria as prefeituras em 2016, durante evento da legenda no Centro de Convenções de Goiânia, na terça-feira, 15.
"Se você não levantar a mão eu vou brigar com você, rapaz", disse Vilmar ao ex-vereador pela capital. Estavam no palco o presidente afastado do PSD nacional, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab; o titular da Segplan, o deputado federal licenciado Thiago Peixoto; e o deputado estadual Franciso Jr., também pré-candidato ao Paço Municipal pela legenda.
Melhor nome
Em discurso, Thiago Peixoto disse que o PSD tem o melhor projeto e nome para concorrer à prefeitura. "Foi vereador, presidente da Câmara Municipal, foi secretário de Planejamento e es formou nessa área. Não temos um nome melhor", afirmou, referindo-se a Francisco Jr., ex-auxiliar do então prefeito Iris Rezende (PMDB). "Aliás, temos nome melhor sim: ex-vereador e um dos mais votados em 2014 para deputado estadual, Virmondes Cruvinel", continuou o secretário.
Para o secretário das Cidades e Meio Ambiente, o cenário para 2018 só começará a ser definido em 2017, após as eleições municipais
O quadro para a disputa eleitoral em 2018 está completamente aberto. Essa é a avaliação do secretário de Estado Vilmar Rocha, presidente regional do PSD-GO. Para ele, “não existe um candidato natural da base para 2018. Não há nomes definidos”.
Apoiador desde o primeiro momento do então chamado Tempo Novo, em 1998, Vilmar é enfático ao dizer a base ainda não tem nomes para a disputa ao Senado ou ao governo. “Nem eu, que fui candidato a senador e tive mais de 1 milhão de votos, sou um candidato natural ao Senado em 2018. Se eu quiser ser candidato ao Senado ou a governador terei de construir isso. Assim como outros terão de construir as suas candidaturas também”, diz o secretário estadual das Cidades e Meio Ambiente.
Para ele, o cenário para 2018 só começará a ser definido em 2017, após as eleições municipais. “Só a partir do resultado das eleições municipais é que o quadro começará a ser definido”, explica.
No entanto, Vilmar faz uma ressalva. “Há sim um único candidato natural ao Senado: Marconi Perillo. Caso o governador decida ser candidato ao Senado, uma das vagas certamente será dele. Mas nós queremos mais para o Marconi. Queremos um projeto nacional para ele”, afirma.
De acordo com o titular da Secima, Goiás precisa de um nome forte em nível nacional e o mais qualificado para esse posto é o governador Marconi Perillo. “Será bom para Goiás se tivermos o Marconi no Governo Federal e ele está trabalhando para isso. Agora, eu já falei várias vezes pra ele que candidatura à presidência não é apenas projeto, é destino. Ele tem sim de trabalhar para construir isso, mas sem ansiedade. E esperar que o destino o conduza.”
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Aos argonautas e nefelibatas: o deputado federal Thiago Peixoto (PSD) vai permanecer na Secretaria de Gestão e Planejamento.
Thiago Peixoto, um dos principais formuladores do governo de Goiânia, não vai trocar de pasta. Ele está bem, muito bem, na Segplan. Tem o respeito tanto do governador Marconi Perillo quanto do vice-governador, José Eliton.
O resto é fofoca de jornalista que acredita em curupira, saci-pererê e mula sem cabeça.