Bastidores
Chico Buzina vai bancar candidatos a prefeito em Anicuns, Nazário e Avelinópolis

O deputado federal Daniel Vilela deve assumir a presidência do PMDB no início de fevereiro. O deputado estadual Paulo Cezar Martins deve ser indicado para a vice. José Nelto é cotado para ser o secretário-geral ou o tesoureiro (180 mil reais por mês do Fundo Partidário). Se não aceitar compor, o irismo tende a ficar fora da direção do partido.
Se eleito pela executiva para presidir o PMDB, Daniel Vilela ficará dois anos no comando, com possibilidade de reeleição. Porém, se for disputar o governo em 2018, deixará a presidência para um aliado.

A direção do PT em Goiânia organizou uma lista com o nome de 72 pré-candidatos a vereador. A lista, ao final, será refinada para pouco mais de 50 postulantes. A cúpula petista avalia que uma chapa consistente para vereador é meio caminho andado para fortalecer o candidato a prefeito. Marina Sant’Anna deve ser um dos nomes fortes para a disputa.

A política de Itaberaí estava polarizada entre o prefeito Roberto Silva, do PSD, e a ex-prefeita Rita de Cássia, do PSDB — ambos da base do governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB. Mas o ex-prefeito Wellington Baiano — que não pode disputar eleição, pois é inelegível — está convencendo José Ronaldo a disputar a prefeitura. Resta saber se, ao final, o médico, conceituado no município, vai aceitar um ficha suja coordenando seu palanque, quer dizer, sua campanha. Porém, se confirmado o apoio do senador Ronaldo Caiado, do DEM, ele se tornará um postulante consistente. Definida sua candidatura como nome da terceira via, é possível que a base governista tente um pacto entre Silva e Cássia.

Há um consenso em Brasília: o presidente do Pros, o goiano Eurípedes Júnior, não percebe, mas vai acabar se estrumbicando. Ele brigou com a bancada nacional do partido, comprou avião e helicóptero com o Fundo Partidário e vai acabar sendo acionado judicialmente. Um deputado, seu desafeto, afirma que ele estaria utilizando o helicóptero para sair de Planaltina, onde mora, para frequentar Brasília. O uso seria particular, e não partidário.

O PT, com Adriana Accorsi, Luis Cesar Bueno, Edilberto Dias (ou outro nome), não vai alisar Iris Rezende na campanha para prefeito de Goiânia. Sempre que Iris atacar a gestão de Paulo Garcia, ou o governo de Dilma Rousseff — tentando “tirar o corpo fora”, depois de anos irmanado com o PT —, os petistas vão criticá-lo de maneira implacável. O dossiê contra o peemedebista, quase concluído, é devastador. O cacique teria deixado a prefeitura com dívidas de mais de 400 milhões de reais.

O prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira, disse aos seus aliados que, com mais de 30 anos de vida política, jamais desistirá de seus projetos políticos e pessoais. Por isso será candidatíssimo à reeleição em 2 de outubro. Misael Oliveira é um desses fenômenos políticos: é mais bem avaliado como gestor do que como político. Administrador que trabalha e tem o que mostrar, por vezes, por ser ríspido e não gostar de jogar conversa fora, não é bem visto em termos estritamente políticos. Agora, Misael Oliveira está mais afável e, sobretudo, não fica em seu gabinete. Ele está acompanhando os trabalhos de seus auxiliares com frequência e conversando diretamente com as pessoas, sem intermediários. “O Misael faz obras, reorganizou as finanças da prefeitura, mas precisa mostrar o que faz e se tornar mais acessível”, afirma um marqueteiro.

O senador Wilder Morais passava a impressão que estava em Brasília apenas cuidando de seus negócios ou passeando de barco no Lago Paranoá, ao lado de belas garotas Bastou contratar o jornalista Nilson Gomes — craque que entende de jornalismo, de política e de marketing político — e, aos poucos, está mostrando o que de fato faz em Brasília. Claro que permanece pensando nos seus negócios, porque é empresário, mas está conseguindo mostrar que tem conseguido ajudar vários prefeitos de Goiás, e sem discriminá-los por filiação política ou ideologia. Nilson Gomes elaborou um longo dossiê sobre o assunto. Wilder Morais prova, como dizem os publicitários qualificados, que não basta fazer — é essencial mostrar o que se faz.

Numa visita ao Jornal Opção, o marqueteiro Ademir Lima, um dos mais experimentados quando o assunto é eleição municipal, garante que o prefeito de Goianira, Miller Assis (PSD), será reeleito. Ademir Lima diz que, ao contrário do que se publica, Miller Assis tem “muito o que mostrar durante a campanha”. O prefeito não seria uma nulidade administrativa, frisa o marqueteiro. O problema é saber se Miller Assis terá tempo para recuperar sua imagem. No momento, Carlão Alberto Oliveira, do PSDB, desponta como franco favorito.

[caption id="attachment_27452" align="alignleft" width="300"] Reprodução / Celg[/caption]
Uma audiência pública sobre a privatização da Celg será realizada na quarta-feira, 3, em Goiânia, na sede da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).
A audiência é muito aguardada e será útil para a Eletrobrás e o governo de Goiás, por intermédio de Fernando Navarrete, explicar como será o processo de privatização.
No momento, não pode chover em Goiânia. Pois, se isto acontecer, faltará energia em vários bairros. O atendimento é precário e a resolução dos problemas demora horas. Reclamar por telefone na Celg, até para avisar sobre falta de energia, é uma missão quase tão impossível quanto visitar o Sol.

Como o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), disse que seu candidato a prefeito de Uruaçu será Valmir Pedro (PSDB), o ex-prefeito Lourenço Pereira Filho, do PTB, desesperou-se e partiu para o ataque. Quem está construindo o hospital regional em Uruaçu é Marconi Perillo. Mas Lourenço Filho sugere que o “responsável” pela construção é o ex-governador Alcides Rodrigues, que não colocou um tijolo na obra. O problema-chave é que Lourenço Pereira Filho, como sabem até seus aliados no PTB, não pode ser candidato a prefeito de Uruaçu e em nenhuma cidade brasileira. Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Goiás — quer dizer, pela segunda instância. Não tem saída. É ficha suja, mas, devido ao desgaste da prefeita Solange Bertulino (PMDB), é popular.
O ex-prefeito de Nova Iguaçu Adelino Alves mudou seu domicílio eleitoral, filiou-se ao PSD e vai disputar a Prefeitura de Campinorte, no Norte de Goiás. O PP vai bancar Vander Borges, do PP, em Campinorte. Ele e Adelino Alves vão enfrentar o prefeito Francisco Corrêa Sobrinho, do PSB. A gestão de Chicão é apontada, pelos adversários, como desgastada.

Ao menos nos bastidores, o deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) tem confidenciado a alguns de seus aliados que, ao romper com o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (PP), pode ter cometido o maior erro político de sua vida — talvez um suicídio político. Publicamente, diz outras coisas, sugerindo, até, certa arrogância de políticos pouco amadurecidos. Heuler Cruvinel parece que acreditou que é possível sobreviver em política sem um grupo consistente. O fato é que não se forma um novo grupo político de uma hora para hora. Assim, embora tenha força política — tanto que foi eleito deputado federal duas vezes —, está percebendo que, se não lhe falta dinheiro, está faltando estrutura política, quer dizer, apoio de políticos cristalizados no município. Aduladores e força de trabalho paga não são difíceis de “contratar”, mas políticos profissionais, que saibam trabalhar e conquistar eleitores, não são fáceis de encontrar. As pessoas, sobretudo os eleitores, não apreciam políticos que sugerem que não precisam de ninguém. É esta a imagem que Heuler Cruvinel exibe nos contatos pessoais.

O peemedebista Paulo Vale reza de manhã, à tarde e à noite — sempre agradecendo ao deputado federal Heuler Cruvinel (PSD) por ter rompido com o prefeito de Rio Verde, Juraci Martins. O rompimento da união que garantiu a eleição e a reeleição de Juraci Martins para prefeito e de Heuler Cruvinel para deputado federal e a eleição de Lissauer Vieira para deputado estadual contribuiu para o fortalecimento de Paulo do Vale, pré-candidato do PMDB a prefeito do município. Se o grupo tivesse permanecido unido, não teria para ninguém. Agora, com três candidatos fortes — Heuler Cruvinel, Paulo do Vale e Lissauer Vieira —, com estruturas poderosas, todos se tornam, por assim dizer, “japoneses”. Heuler Cruvinel pode até descolar num primeiro momento, pelo fato de que ainda não existe uma campanha, mas o fato é que os três postulantes chegarão à reta final praticamente em igualdade de condições. Qualquer um deles pode ser eleito. O favoritismo de Heuler Cruvinel tende a ir para o espaço provavelmente por volta de junho ou julho. Aí, quem sabe, vai pintar desespero em suas hostes.

O presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves, disse ao Jornal Opção que o empresário Victor Priori quer disputar a Prefeitura de Jataí. O problema é que, como se afastou da política por algum tempo, Victor Priori abriu espaço para o vereador Vinicius Luz pleitear a prefeitura. Agora, é muito difícil, senão impossível, o jovem político retirar sua postulação. Afrêni Gonçalves afirma que a cúpula estadual não vai interferir em Jataí. Os políticos locais terão de encontrar um denominador comum, por intermédio do consenso ou de prévias. A questão é que, com prévias, as chances de Vinicius Luz aumentam. Victor Priori quer ser ungido pelo partido.