Bastidores

Michel Temer aprecia seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tanto pela firmeza de propósitos quanto pela lealdade e competência técnica. Mas há quem avalie que o ex-presidente do Banco Central, meio burocrata, às vezes amarra as ações do governo.
Embora seja um homem de mercado, sobretudo da área financeira, Henrique Meirelles tem se comportado, por vezes, como se fosse um acadêmico uspiano, com ar professoral.

O vereador Wellington Peixoto, do PMDB, está jogando pesadíssimo para se tornar presidente da Câmara Municipal de Goiânia. Felizmente, Clécio Alves e Andrey Azeredo, do mesmo partido, estão jogando pelas regras da legalidade.
Wellington Peixoto não é uma galinha morta como pensam alguns. Ele articula o tempo todo e conta com o apoio do irmão, o deputado Bruno “Cabelinho” Peixoto. Entretanto, Andrey, o favorito, dado o apoio do prefeito eleito Iris Rezende, pode dormir eleito e acabar derrotado.
O PMDB irista foi vítima de jogo pesado quando, numa jogada hábil, Armando Vergílio operou a vitória de Deivison Costa par presidente do Legislativo goianiense, há alguns anos.

Há notícia de que um postulante a presidente da Câmara Municipal de Goiânia estaria oferecendo até 100 mil reais por voto. Alguns vereadores estariam “comovidos” com a Bolsa Esperteza.
Parece inacreditável, talvez seja fofoca. Porém, se a notícia for verdadeira, é o que se pode chamar de inominável.

Auxiliares mais próximos de Michel Temer, sempre que encontram o deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, dizem: “Como vai, governador?”
Daniel Vilela é sempre tratado com extrema deferência pelo presidente e por sua equipe.
Um deputado quis saber por que os temeristas tratam o político goiano tão bem e ouviu as seguintes palavras: “O presidente percebe que o futuro, bem próximo, pertence a este jovem”.

[caption id="attachment_77760" align="alignleft" width="620"] Daniel e o pai, Maguito | Foto: Alexandre Parrode/ Jornal Opção[/caption]
As declarações de políticos exigem interpretações. Quando Maguito Vilela sugere que está se aposentando, para abrir espaço para o filho Daniel Vilela, o que ele quer dizer é outra coisa. Não está se aposentando e quer mesmo abrir espaço para o pupilo, mas, se ele não emplacar, volta ao palco e se apresenta como candidato a governador, em 2018.

[caption id="attachment_79428" align="alignleft" width="620"] Baldy durante entrevista ao Jornal Opção[/caption]
O deputado federal Alexandre Baldy, político moderno, não vive de salamaleques e tapinhas nas costas de aliados de suas bases eleitorais.
Mas em Brasília é um deputado atuante, participando dos debates e discutindo, com firmeza, os assuntos de interesse do país.
Na CPI do BNDES, o parlamentar goiano, de tão competente e bem informado, ganhou espaço na mídia nacional.
O líder do PTN não é um político populista, o que às vezes incomoda aqueles que estão acostumados com os políticos tradicionais.

[caption id="attachment_61816" align="alignleft" width="620"] Alckmin e Marconi Perillo | Foto: Eduardo Ferreira[/caption]
O PSB de Carlos Siqueira e o PSD de Gilberto Kassab podem bancar Marconi Perillo, do PSDB, para presidente da República. O PSB gostaria de filiá-lo para que se torne vice na possível chapa presidencial do governador Geraldo Alckmin, do PSDB.
Acredita-se que a articulação parta de Geraldo Alckmin, que mantém relacionamento estreito com o PSB de São Paulo.

Player político nacional, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, tornou-se um dos principais interlocutores do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB, do ministro das Relações Exteriores, José Serra, do PSDB, do senador Aécio Neves, do PSDB, e do presidente do PSD, ministro Gilberto Kassab. No e fora do ninho tucano, é convocado para opinar sobre vários assuntos.

[caption id="attachment_72386" align="alignleft" width="620"] Os senadores Antonio Anastasia e Aécio Neves: ex-governadores de Minas Gerais| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil[/caption]
O senador Aécio Neves tem dito aos seus pares mais íntimos que ou volta para Minas Gerais, para disputar o governo em 2018, ou Minas se tornará apenas um retrato na parede de seu apartamento carioca.
Aécio Neves, o mineiro mais cariosa de Minas Gerais, está perdendo contato com o eleitorado de seu Estado. Porém, apesar de todos os percalços e lava-jatos, é apontado como gestor eficiente, de ideias arejadas.
Suas chances de se eleger em 2018 são altas, dada a decepção generalizada com o governador Fernando Pimentel. O petista, tudo indica, perderá o mandato e será condenado pela Justiça. Está enroladíssimo.

[caption id="attachment_79754" align="alignleft" width="620"] Marconi e o ministro da Fazenda | Foto: Humberto Silva[/caption]
De tão afinados, o governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, do PSD, até parecem músicos, quiçá pianistas. Eles conversam com frequência e se respeitam.
Henrique Meirelles tem elogiado com frequência, apresentando-o como modelo, o ajuste fiscal feito pelo governador Marconi Perillo, desde 2014, que praticamente salvou Goiás da bancarrota (o Rio Grande do Sul, espécie de Shangri-la ao contrário, já está parcelando até salários dos servidores públicos).

Sandes Júnior, do PP, frisa que não irá para o Tribunal de Contas dos Municípios. “A fila para se tornar conselheiro é longa e, asseguro, não estou nela.”
O que Sandes Júnior quer mesmo é permanecer na Câmara dos Deputados, em Brasília.
O prefeito de Palmeiras de Goiás, Alberane Marques (PSDB), vai participar do governo de Marconi Perillo.
Apontado como um gestor eficiente, Alberane Marques é cotado para a Superintendência da Indústria e Comércio.

Há duas teses básicas sobre o assassinato do ex-prefeito de Itumbiara José Gomes da Rocha e do cabo Vanilson Pereira, da Polícia Militar, ocorridas há quase um mês.
Primeira: num surto psicótico, depois de ouvir alguns amigos falando que José Gomes não deveria ser eleito, Gilberto Ferreira do Amaral teria decidido matá-lo por conta própria. Nesta versão, ninguém teria mandado Béba matar o político. Se houve incentivo, teria sido indireto, o que não equivale a dizer que houve um mandante.
Segunda: outra corrente da polícia avalia que já há informações suficientes para considerar que o crime, notadamente o assassinato de José Gomes, mas não o do cabo, foi premeditado e que alguém, não se sabe quem exatamente, teria orientado Gilberto do Amaral a matar o político.
Uma fonte afirma que a polícia não quer revelar detalhes parciais da investigação. Porque, se o fizer, resultará em nada. Por isso, vai deixar para revelar tudo, à sociedade, quando tiver “fechado” o quadro. A polícia quer uma apuração rigorosa, puramente técnica, sem sensacionalismo e estardalhaço.

[caption id="attachment_79960" align="aligncenter" width="620"] Senador e ex-governador do Paraná, Álvaro Dias | Foto: Moreira Mariz/ Agência Senado[/caption]
Pesquisa do Instituto Paraná, encomendada pelo jornal “Gazeta do Povo”, revela que o senador Álvaro Dias, do Partido Verde, é o candidato a presidente da República preferido dos eleitores do Paraná. Ele lidera os dois cenários apresentados pela pesquisa, superando tanto o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves, de Minas Gerais. O ex-presidente Lula da Silva, investigado pela Lava Jato, aparece em terceiro lugar, com 11% das intenções de voto. Marina Silva, da Rede, é a quarta colocada, seguida de Jair Bolsonaro, do PSC.
No cenário 1, Álvaro Dias aparece com 32,4%, seguido de Aécio Neves, com 16,1%; Lula, com 11,6%; Marina Silva, com 10,5%; Jair Bolsonaro, com 8,6%; Ciro Gomes, com 3,1%; e Henrique Meirelles, com 1,2%.
No cenário 2, Álvaro Dias surge com 33,6%. Geraldo Alckmin, o segundo colocado, aparece com 14,7%. Lula tem 11,4%; Marina Silva, 10,3%; Jair Bolsonaro, 8,5%; Ciro Gomes, 2,9%; Henrique Meirelles, 1,1%.
O Instituto Paraná ouviu 1.418 eleitores entre os dias 1º e 3 de novembro deste ano, em 68 cidades do Estado. A margem de erro é de 2,5% e o grau de confiança é de 95,5%.
Álvaro Dias, sustenta um de seus aliados em Goiás, Edvard Júnior, é o político que “defende a ética na política. Ele “saiu do PSDB porque queria se filiar a um partido no qual teoria e prática caminhem juntas”.
Álvaro Dias marcou audiência com o ministro Zequinha Sarney, do PV, para o dia 7 de setembro. Ele vai anunciar sua candidatura a presidente da República. Vão acompanhá-lo, de Goiás, Edvard Júnior e o vereador eleito Dominguinhos, do PV de Anápolis.

O prefeito eleito de Goiânia, Iris Rezende terá de cortar um dobrado na Câmara Municipal. O vereador eleito Jorge Kajuru promete honrar o voto de seus eleitores, fiscalizando a gestão do peemedebista com lupa. O fato de ser aliado não significa que o político-radialista vai “alisar”. Não vai. Sempre que encontrar alguma errada, vai bater duro, sem contemplação.