Bastidores

Prisão de Lula pode provocar uma debandada nacional, inclusive em Goiás, de petistas rumo a partidos como PDT, PSB, PPS e Rede

[caption id="attachment_92461" align="aligncenter" width="620"] João Campos e Ronaldo Caiado | Foto: reprodução/ Câmara e Senado[/caption]
Um líder do PHS disse ao Jornal Opção que o deputado federal João Campos conversou com Ronaldo Caiado. “João Campos quer ser candidato a senador e, na base governista, como prova a crise entre os senadores Lúcia Vânia, do PSB, e Wilder Morais, do PP, não há espaço para ele. Na aliança com Ronaldo Caiado, que conta com o apoio do DEM, do PRP e do PHS, há espaço na chapa majoritária.”
O problema é que o PRB, partido de João Campos, deve compor com o virtual candidato do PSDB a governador de Goiás, José Eliton. Se quiser apoiar Ronaldo Caiado, o deputado federal terá de trocar de partido.

Tudo índica que o presidente do DEM está abandonando a esperança de compor com o PMDB no primeiro turno. Tanto que está buscando o apoio de outros partidos e de políticos que não são peemedebistas.

O senador Ronaldo Caiado (DEM) deve disputar o governo de Goiás, em 2018, porque, segundo aliados, será, possivelmente, sua última chance de ser candidato. “O cavalo está arreado na sua porta, neste momento”, afirma o presidente do PHS nacional, Eduardo Machado.
Caiado, na opinião de Eduardo Machado, tem experiência, é íntegro e seu discurso é afiado.

No dia 8 de maio, em Goiânia, o PHS apresenta seu novo presidente regional, Felipe Cortês, e sua nova presidente metropolitana, a jornalista Ângela Moreira. O senador Ronaldo Caiado, virtual candidato do DEM a governador de Goiás, estará presente. O PHS, que vai apoiá-lo, deve indicar seu vice ou um candidato a senador.

[caption id="attachment_42235" align="aligncenter" width="620"] Advogado Fernando Tibúrcio Peña | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
O presidente Michel Temer concedeu o título de Cavaleiro da Ordem Rio Branco ao advogado Fernando Tibúrcio pelos “relevantes serviços prestados em defesa dos direitos humanos na Venezuela e na Bolívia”.
Fernando Tibúrcio é filho do advogado Walquires Tibúrcio e irmão do presidente da Agência de Fomento do governo de Goiás, Henrique Tibúrcio. Ele escreve artigos no jornal “O Estado de S. Paulo”

[caption id="attachment_87624" align="aligncenter" width="620"] Lúcia Vânia e Wilder Morais [/caption]
Pesquisas mostram que, apesar de os senadores Lúcia Vânia, do PSB, e Wilder Morais, do PP, estarem brigando para serem candidatos em 2018, o governador Marconi Perillo, do PSDB, e Jorge Kajuru, do PRP, seriam eleitos senadores, se a disputa fosse realizada hoje.

O deputado federal Thiago Peixoto (PSD) encontrou-se com o deputado federal Daniel Vilela (PMDB) e não o achou “abalado” devido à denúncia de que recebeu dinheiro da Odebrecht por baixo dos panos. “Ele fez discurso e articulou em Brasília, na semana passada”, frisa.

[caption id="attachment_92451" align="aligncenter" width="620"] Fábio Sousa, Alexandre Baldy, Daniel Vilela, Jovair Arantes, Thiago Peixoto e João Campos | Fotos: Câmara Federal[/caption]
Alexandre Baldy (PTN), Daniel Vilela (PMDB), Thiago Peixoto (PSD), Fábio Sousa (PSDB) e João Campos (PRB) são apontados como alguns dos deputados mais atuantes na Câmara.
Baldy é apontado como articulador, como rei dos relacionamentos políticos. Thiago Peixoto é visto como atento às grandes discussões de interesse do país — como as reformas da Previdência e Trabalhista.
Daniel Vilela, de cara, se tornou presidente da Comissão da Reforma Trabalhista. Não é pouca coisa. Ele também discursa com frequência.
Fábio Sousa tem presença no plenário e nas comissões. É mais articulado do que se costuma imaginar.
João Campos é considerado influente, com articulação nacional, dadas as bancadas evangélica e da segurança pública.
Jovair Arantes, embora visto como uma das estrelas da Câmara dos Deputados, estaria “sumido” dos grandes debates. Mas é, de fato, um player. Conversa com todo mundo e é ouvido.
Rubens Otoni já foi mais atuante. Mas, no momento, comporta-se com extrema discrição. Faz mais política no interior de Goiás, tentando garantir sua reeleição em 2018. O PT, que já o ajudou, hoje atrapalha — e muito.

O governo de Goiás recebeu pesquisas a respeito dos reflexos das delações premiadas na imagem dos políticos. A imagem do governador Marconi Perillo e de Maguito Vilela sofreu arranhões, é certo, mas quem saiu mais desgastado foi o deputado federal Daniel Vilela, do PMDB.
Por que Daniel Vilela, do PMDB, ficou mais chamuscado? A pesquisa apurou que, por ser um político novo, o envolvimento na Lava Jato gerou mais decepção. Quem examinou e cruzou dados da pesquisa sugere que o abalo sofrido pode ser irrecuperável (se existe o termo em política).

[caption id="attachment_74978" align="aligncenter" width="620"] Léo Pinheiro | Foto: Agência Brasil[/caption]
As delações da OAS, especialmente do ex-mandachuva Leo Pinheiro, podem atingir o senador Ronaldo Caiado? Não se sabe. Até agora, não há nada consistente contra o presidente do DEM em Goiás.
O justo é esperar e não apontar suspeitas de maneira antecipada. Insinuações podem queimar as pessoas; portanto, não devem ser feitas. E, aliás, citações não significam “culpa” formalizada. Suspeitos e acusados têm o direito de se defender.
A expectativa, na Bahia, é que a delação da OAS, e não apenas a de Leo Pinheiro, chegue perto do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), aliado de Ronaldo Caiado. Ser aliado, por sinal, não quer dizer vinculação financeira.

De um aliado da deputada federal Magda Mofatto (PR): “O prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal, não tem coragem de disputar mandato de deputado federal. O líder do PP tem dinheiro, porque é muito rico, e o grupo Privê o financia, mas não tem o principal: voto. Já Magda tem voto, tanto que pode disputar a reeleição ou mandato de senadora”.

O prefeito de Caldas Novas, segundo um aliado de Magda Mofatto, governa mais para o Grupo Privê do que para o povo da cidade

O verdadeiro discípulo de Zé Gomes da Rocha é Gugu Nader, que é popular e acessível

O jornal do Grupo Jaime Câmara mal percebe que o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, é citado pela Lava Jato