Bastidores

Iris Araújo não estaria satisfeita com sua movimentação em Aparecida de Goiânia

Ao encontrar um tom para a campanha — pautada na responsabilidade fiscal e em preocupações sociais e municipalistas —, o governador de Goiás, José Eliton (PSDB), começa a pautar a campanha. A tendência é que o tucano, até por ter mais informações a respeito de Goiás, conduza o debate. Embora seja médico, Ronaldo Caiado não promove um debate amplo nem sobre saúde.

A campanha da reeleição do governador José Eliton (PSDB) saiu às ruas e, ao mesmo tempo, ocupou a internet na semana passada. A onda azul tucana ganhou as redes sociais com os criativos stories dos candidatos. Eleitores e militantes da base aliada surfaram na onda e passaram a dialogar diretamente com José Eliton e Marconi Perillo (candidato a senador pelo PSDB). A onda azul é articulada por frentes lideradas por José Eliton, Marconi Perillo, Lúcia Vânia, Raquel Teixeira, Fabrina Müller e Valéria Perillo.

[caption id="attachment_128604" align="alignright" width="620"] Vereador Jorge Kajuru (PRP) | Foto: Alberto Maia / Câmara Municipal de Goiânia[/caption]
Ao perceber que estava sendo usado pela equipe de Ronaldo Caiado — como uma espécie de franco-atirador para atingir os adversários —, o candidato do PRP a senador, Jorge Kajuru, decidiu mudar o foco de sua campanha. Será mais propositivo do que “atacante”.
Enquanto ele atacava, Vanderlan Cardoso passou a trabalhar, de maneira redobrada na Grande Goiânia, onde fica o maior eleitorado de Goiás.
De uma coisa não se pode acusar Kajuru: ele não tem nada de bobo. Pelo contrário, é inteligente e perspicaz. Na política, está aprendendo, cada um joga para si.
É mais ou menos como aquela frase (um suspanto) de Mário Andrade imortalizada pelo diretor de cinema alemão Werner Herzog, na abertura do belo e doloroso filme “O Enigma de Kaspar Hauser”: “Cidade grande é uma selva — é cada um por si e Deus contra todos”.
Pesquisa do instituto Real Time Big Data sobre a disputa para governador e senador em Goiás sai na quinta-feira, 30.
O Real Time Big Data está se consagrando como um instituto de pesquisa de alta qualidade. E faz pesquisas em praticamente todo o país. Pesquisa inclusive para a revista “Veja”.

O advogado Djalma Rezende, que está se tratando de câncer no Hospital de Amor, de Barretos, está na otimista. Na segunda-feira, 27, Djalma Rezende volta a Barretos. Mas o problema é mínimo — uma “pequena mancha” — e ele está bem. Workaholic assumido, Djalma Rezende já está no batente orientando sua equipe de trabalho.

[caption id="attachment_125485" align="alignright" width="620"] José Eliton em reunião na FIEG - Foto: Mantovani Fernandes[/caption]
Empresários que participam da Federação da Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e da Federação do Comércio de Goiás (Fecomércio) ficaram impressionados com o conhecimento, inclusive de economia, do governador José Eliton. Ele responde aos questionamentos sem titubear.
Advogado experimentado, José Eliton estuda os assuntos de Goiás detidamente e tem uma memória privilegiada. Ao final de suas palestras, os empresários dizem que se trata de um gestor responsável e sensato.


As últimas pesquisas eleitorais indicam tendência de segundo turno. Se o quadro não mudar, a possibilidade mais forte é de disputa entre Ronaldo Caiado, do DEM, e José Eliton, do PSDB. Os dois tendem a polarizar. Mas é cedo para descartar o candidato Daniel Vilela, do MDB

[caption id="attachment_121540" align="alignright" width="620"] Marconi Perillo | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção[/caption]
Articulado e pensando no coletivo, o candidato a senador pelo PSDB, Marconi Perillo, sempre menciona José Eliton, Raquel Teixeira (vice de José Eliton), a senadora Lúcia Vânia (PSDB) e o candidato tucano a presidente da República, Geraldo Alckmin.

Uma das prefeitas mais empolgadas com a candidatura do governador José Eliton é a da Cidade de Goiás, Selma Bastos, do PT. Assim como a petista — que liderou uma das frentes da coligação articulada pelos tucanos —, há um movimento suprapartidário de apoio à candidatura do tucano — considerado progressista. Selma Bastos é uma da referências positivas do PT — o ético — em Goiás.

Um ex-membro da base governista ligou para o candidato do PSDB a senador, Marconi Perillo, e revelou que arrependeu-se de ter trocado de lado — e logo no começo da carreira política. Candidato a um cargo majoritário numa das chapas de oposição, o jovem político admitiu que vai votar no tucano — por gratidão, respeito e, até, afeto — e que, concluída a campanha (torce para que termine logo), voltará à base governista. O político confidencia que mudou de lado, por acreditar que estava fazendo um grande negócio político, mas descobriu que a campanha do novo aliado é uma grande bagunça e que faltam recursos financeiros para as mínimas atividades. Ele sublinha que a campanha está se arrastando — de maneira inercial — e revela que o candidato a governador teme perder para (e debater com) José Eliton.

O voto útil pode beneficiar José Eliton já no primeiro turno. As forças progressistas tendem a concentrar apoio no tucano e, eventualmente, em Daniel Vilela. Pretende-se criar um movimento cívico contra a candidatura de Caiado, considerado reacionário por funcionários públicos e sindicalistas.
O candidato a governador pelo PSDB está cada vez mais próximo dos movimentos populares. O movimento dos sem-terra é um deles.

A dobradinha entre Jean Carlo, para deputado federal, e Gustavo Sebba, para deputado estadual, é chamada no interior de Super-Homem e Batman. O primeiro brinca que quer ser o Super-Homem — que seria mais forte. Ele frisa que Gustavo é um dos grandes parceiros e deve figurar na lista dos candidatos mais bem votados. Firme para deputado federal, Jean planeja obter cerca de 110 mil votos. “Nós dois vamos ser eleitos”, afirmam os tucanos.

No segundo turno, com o governador José Eliton ou com o deputado federal Daniel Vilela, será criado o Frentão Progressista — que vai incluir PSDB, MDB, PT, PSB e PC do B. Se Ronaldo Caiado for para o segundo turno, o Frentão Progressista vai se movimentar por todo o Estado com o objetivo de derrotá-lo. Petistas, tucanos e emedebistas sugerem “que tudo — menos Ronaldo Caiado para governador”. Políticos temem uma era obscurantismo, com perseguição a funcionários públicos, sobretudo aos segmentos organizados, como sindicatos, e aos integrantes do MST. O Frentão Progressista pretende evitar que a Era da Reação se instale em Goiás.