Bastidores

Um auxiliar do governador Ronaldo Caiado é cotado para ocupar o cargo. Borges, protegido de Iso Moreira, iria para outro cargo

O petista estaria “desmotivado” por causa de problemas de saúde e por temer isolamento político-administrativo
[caption id="attachment_104148" align="aligncenter" width="620"] Antônio Gomide: deputado estadual e pré-candidato do PT a prefeito de Anápolis | Foto: Renan Accioly/Jornal Opção[/caption]
Antes do que vai se ler, que se faça o registro: o deputado estadual Antônio Gomide, do PT, não disse que não será candidato a prefeito de Anápolis. Para todos os efeitos, permanece como pré-candidato — um dos favoritos, ao lado prefeito Roberto Naves, do partido Progressistas.
O que se lerá a seguir é o registro de conversas da equipe de repórteres do Jornal Opção com quatro petistas e dois emedebistas. (Um dos petistas chegou a dizer: o repórter Caio Salgado, de “O Popular”, me abordou a respeito do assunto.)
Comenta-se que o pré-candidato a prefeito de Anápolis pelo PT, Antônio Gomide, estaria disposto a “recuar”. O deputado teria duas preocupações. Primeiro, sua saúde. Ele fez uma cirurgia no rosto, e algo deu errado, e teve de se submeter a uma nova cirurgia, agora em São Paulo. Mas ficou com um problema, que talvez não possa ser resolvido.
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Professora Geli: cotada para disputar a Prefeitura de Anápolis pelo PT | Foto: Reprodução[/caption]
Segundo, há a questão de que, se for eleito, terá uma dificuldade imensa para governar. Quando geriu a prefeitura, por duas vezes, deu sorte de contar com os governos do PT na Presidência da República. As verbas eram fartas. O dinheiro sobrava. Agora, tudo mudou. Ele, caso eleito, terá pela frente dois opositores ideológicos no governo federal, o presidente Jair Bolsonaro, e no governo estadual, Ronaldo Caiado, do partido Democratas.
As duas coisas pesam. Mas o que mais parece incomodar Gomide, ao menos no momento, é o problema no rosto, que dificulta até conversas com as pessoas.
O que fazer? Uma das fontes disse que Gomide estaria estudando dois caminhos.
Primeiro, bancar um candidato do PT em Anápolis e permanecer na Assembleia Legislativa (há quem avalie que não é positivo perder um parlamentar de seu gabarito). Quem seria o candidato? Na verdade, seria uma candidata — será a Professora Geli (Maria Geli Sanches).
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Márcio Corrêa, pré-candidato a prefeito de Anápolis pelo MDB | Foto: Divulgação do MDB[/caption]
A Professora Geli quer disputar? O Jornal Opção publicou uma nota sugerindo que ela poderia ser a candidata do PT, mas, em seguida, a vereadora disse que não iria disputar e que o candidato seria Gomide. De fato, o candidato natural é o deputado. Mas, se ele não disputar, não há outra alternativa — a Professora Geli, que é respeitada na cidade, por ser uma vereadora qualitativa, posicionada.
Segundo, Gomide pode bancar, apesar da resistência do PT, um candidato do MDB. As relações do petista com o presidente do MDB em Anápolis, o dentista e empresário Márcio Corrêa, são consideradas “excelentes”. Gomide poderia apoiá-lo? Se estiver bem nas pesquisas, a resposta é sim. Mas, repetindo, é preciso considerar como será a reação do PT, que, onde tem força eleitoral, não aprecia aceitar a vice de ninguém.
Márcio Corrêa é cotado para vice de Gomide, mas disse a aliados, como o presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, que está decidido a disputar a eleição para prefeito. Ou seja, teria desistido da vice.
O fato é que a aparente “desmotivação” de Gomide criou novas expectativas de poder em Anápolis. Há quem aposte que, se o petista estiver mesmo saindo do páreo, o MDB de Márcio Corrêa passa a ser a segunda via e o PT, com a Professora Geli, cai da segunda para a terceira via — com Roberto Naves permanecendo como primeira via.
Com a pandemia do novo coronavírus, devido sua atuação intensa para salvar vidas, mostrando-se presente, enquanto outros políticos desapareceram, ainda que alegando problemas de saúde, como Gomide, o prefeito Roberto Naves ganhou pontos. Está no jogo e, dizem seus aliados, para ganhar.
Também estão no páreo: Valeriano Chaves, do PSL, Humberto Evangelista, do PSD, José de Lima, do Patriota, Candinho Filho, do Podemos, e João Gomes, do PSDB. O que se comenta é que, com tantos candidatos, o segundo turno está garantido em Anápolis.

O ex-prefeito afirma que o grupo teme enfrentá-lo mas garante que a Justiça o liberou para a disputa eleitoral

Ele tinha 46 anos e teve um infarto. Trabalhava na cidade de Anápolis

O médico Osvaldo Júnior pretende disputar numa composição com o PSD de Juraci Martins e vai buscar o apoio de outros partidos
[caption id="attachment_40792" align="aligncenter" width="620"] Juraci Martins: o ex-prefeito vai bancar candidato do MDB | Foto: Fernando Leite/ Jornal Opção[/caption]
Reviravolta na política de Rio Verde, o município mais próspero do Sudoeste goiano. O médico Juraci Martins (PSD) anunciou que não vai disputar a eleição para prefeito. Por isso, o MDB decidiu bancar a candidatura do médico Osvaldo Júnior para prefeito do município.
O presidente do MDB de Rio Verde, Manuel Cearense, disse ao Jornal Opção: “Juraci Martins comunicou a nós, líderes do MDB, que desistiu de disputar a prefeitura. Frisou que o MDB foi leal a ele e divulgou muito bem seu nome. Mas que, com problemas de saúde e com o veto da família, sobretudo por causa da pandemia do novo coronavírus, optou por sair da disputa. Juraci, que foi prefeito, frisou que já deu sua contribuição à cidade. Ele nos disse que marchará com o candidato do MDB. Juraci tem as mãos abençoadas e um olho clínico para a política, tanto que Lissauer Vieira, para citar um exemplo, surgiu no seu grupo político”.
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Osvaldo Fonseca: o pré-candidato do MDB a prefeito de Rio Verde | Foto: Reprodução[/caption]
O MDB, afirma Manuel Cearense, vai bancar a candidatura de Osvaldo Júnior. “Osvaldo seria o vice de Juraci Martins, agora será o nosso candidato, com o apoio de Juraci e do PSD. Tem vasta experiência em gestão, inclusive no maior hospital do Sudoeste, e é produtor rural. Ele é jovem, tem uma mente aberta e quer renovar a política e a administração de Rio Verde. Osvaldo é sobrinho de Nestor Fonseca, um baluarte da história de Rio Verde”.
O dirigente emedebista diz que Osvaldo Júnior, irmão do vereador Leonardo Fonseca, “conquistou dezenas de novos filiados para o MDB. Ele é uma pessoa agregadora e, por isso, além do PSD de Juraci Martins, vai trabalhar para obter o apoio de outros partidos". O PDT de Karlos Cabral está mira. "O deputado é um político respeitado", frisa Manuel Cearense.
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Manuel Cearense, presidente do MDB em Rio Verde | Foto: Divulgação do MDB[/caption]
Manuel Cearense frisa que dirigentes do MDB, como ele, Isaac Portilho, vice-presidente, Osvaldo Júnior, entre outros, estão conversando com as entidades classistas, com produtores rurais, médicos e políticos de Rio Verde. “Os vereadores também estão entusiasmados com Osvaldo, que representa a renovação, a mudança. Nós queremos montar uma frente que, além de política, seja representativa da sociedade de Rio Verde.”
“Maguito Vilela e Daniel Vilela, avisados pelo diretório de Rio Verde, ficaram empolgados com a notícia de que o MDB terá candidato a prefeito em Rio Verde”, afirma Manuel Cearense.

O empresário e ex-vereador havia se tornado conselheiro de políticos e empresários. Ouvia as pessoas e aconselhava-as

O médico era presidente do PSDB, mas decidiu deixar o partido para apoiar o postulante do emedebismo

Ele era um sonhador e não perdeu a capacidade de continuar sonhando. Ele foi advogado da Celg e foi dirigente do Goiânia Esporte Clube

Frederick Wassef era ligado a Valentina de Andrade, mentora do grupo Lineamento Universal Superior (Lus)

A pessoa tende a fazer delação premiada e seu depoimento incriminaria um político da cidade. O caso é mantido sob sigilo

Mas o grupo InBrands, que inclui também a Salinas, a VR e Alexandre Herchcovitch, nega que vai entrar em recuperação judicial

Se a data da eleição for 15 de novembro, os prazos finais de desincompatibilização seriam 15 de maio, 15 de julho e 15 de agosto, isto é, 6, 5 e 4 meses ante da eleição

O funcionário aposentado da Prefeitura de Goiânia tinha 81 anos e estava internado. Ele tinha câncer

Articulado e conciliador, o jornalista conhece como poucos o perfil do governador Ronaldo Caiado

O Senado, se consultado, pode bancar Izalci Lucas. Uma solução interna pode ser Benedito Aguiar