Bastidores

Candidato a prefeito de Goiânia, em 2004 e 2008, Iris Rezende disse que iria resolver o problema do transporte coletivo em seis meses. Dez anos depois, o problema permanece, e agravado. Por isso adversários dizem que, como candidato a prefeito em 2016, o peemedebista dirá: “Vou resolver o problema do transporte coletivo em seis dias. No sétimo dia, se Deus quiser, descansarei”.
O deputado José Nelto convidou o ex-prefeito Geraldo Messias (PP) para se filiar ao PMDB e disputar a Prefeitura de Águas Lindas em 2016. “Ele está estudando a proposta. Fui convidado para disputar, mas prefiro apoiar alguém da cidade.” O PMDB vai bancar candidato. “Se não for Messias, pode ser a ex-primeira-dama Maria Celeste ou o empresário Juraci da Tesoura de Ouro. O prefeito Hildo do Candango (PTB), desgastado, não vai ser reeleito. Vamos eleger o prefeito.”
Sérgio Cardoso deve ir para o Tribunal de Contas dos Municípios. E Olier Alves, especialista em organizar campanhas e na arte da articulação política, de ocupar o seu lugar no governo, na articulação política.

A teoria da conspiração sugere que a reportagem da “Folha de S. Paulo” que informa que o senador Ronaldo Caiado, do DEM, mantém funcionário em “desvio de função”, em Goiânia, teria sido plantada pelo ex-senador Demóstenes Torres. Ledo engano. Os detalhes sobre os funcionários indicados por Ronaldo Caiado — tudo organizado com extrema precisão — sugerem o óbvio: os dados saíram de um gabinete poderoso do Senado, onde, é claro, Demóstenes Torres não tem influência alguma. Nem acesso. Um senador amigo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que Ronaldo Caiado conhece muito bem, dias antes da reportagem ser publicada, na “Folha”, já comentava o assunto em Brasília. Uma teoria conspiratória, para ser crível, verossímil, precisa ter o mínimo de lógica.

Ronaldo Caiado é um dos poucos políticos brasileiros que confrontam o petismo no campo político-ideológico. Isto não agrada muitos setores. Articular sua “destruição” pode não ser nada positivo para a democracia. Na média, trata-se de um político de valor, de muita coragem, posicionado. Não são muitos assim.

Um dos mais gabaritados pesquisadores brasileiros, Gean Carvalho, dono do Instituto Fortiori, diz que Jayme Rincón tem o perfil pedido pelo eleitorado de Goiânia. “É gestor, ágil e tem discurso moderno. Se eleito, ninguém o ‘segura’ mais.” Gean Carvalho diz que, para o eleitorado, num primeiro momento, os políticos são apontados como “iguais”. Porém, aos poucos os eleitores vão identificando as diferenças. O que você recomendaria a um candidato a prefeito de Goiânia? “Que dissesse aos eleitores: vou cuidar de Goiânia como cuido da minha casa.”
Um experimentado advogado eleitoral disse ao Jornal Opção que os políticos não dizem toda a verdade quando discutem a fusão dos partidos. “A maioria dos partidos tem problemas graves com a Justiça Eleitoral — por causa da prestação de contas, malversação de fundos partidários, caixa 2 na campanha.” O resultado é que alguns partidos têm problemas com seu CNPJ. Com a fusão, o novo partido ganha um CNPJ novo. Limpinho.

Sobre José Eliton, o pesquisador Gean Carvalho, do Instituto Fortiori sublinha: “É um político sagaz, inteligente e entende muito bem de política e gestão. Deve ser o candidato a governador da base marconista em 2018. Forte, por sinal”.

O prefeito de Palmas (TO), o colombiano Carlos Amastha, não é dos mais criativos, mas seu estilo gerentão agrada o eleitorado. Ele é o favorito para a reeleição. Os eleitores apreciam a cidade limpa, ônibus com ar condicionado. Nem se importam de pagar um IPTU um pouco mais caro.
O tucano Naçoitan Leite, como não pôde ser candidato em 2012, bancou Danilo Gleic, que foi eleito. Porém, como não tinha nenhuma experiência administrativa, o prefeito de Iporá está fracassando e sua rejeição é altíssima. Gleic acabou por contaminar Naçoitan, que, para muitos, é o prefeito de fato. O empresário Amarildo Martins, mais conhecido como Amarildo do Posto, é o favorito para prefeito de Iporá.
O prefeito de Nerópolis, Fabiano da Saneago (PSDB), deslanchou e sua gestão já está sendo bem avaliada. Políticos elitistas criticam a administração, mas o povão a aprova.
A cúpula do PMDB avalia que vai sofrer duas derrotas eleitorais no Norte de Goiás: em Porangatu e em Uruaçu. O prefeito de Porangatu, Eronildo Valadares, assumiu com fama de gestor, mas decepcionou o eleitorado. O peemedebista perdeu o controle da prefeitura e, ao mesmo tempo, o apoio da maioria de seus aliados. “Para piorar, só falta Eronildo Valadares convocar o ex-prefeito José Osvaldo para ser o seu vice. Em termos de má gestão, os dois se tornaram irmãos siameses”, diz um ex-peemedebista. O problema é que Zero Osvaldo não quer ser vice. A população de Uruaçu conta os dias para retirar Solange Bertulino da prefeitura. Pode até votar em Valmir Pedro, do PSDB, desde que não se torne aliado de Lourenço Filho, o pior prefeito da história do município.

Alison Maia disse ao Jornal Opção que não pretende disputar a Prefeitura de Caldas Novas. Quem o conhece bem diz o contrário: o policial militar não pensa noutra coisa. Políticos de Caldas Novas admitem que Alison é simpático e tem discurso. O problema é como explicar o fato de que sua família prefere fazer seus investimentos em Rio Quente, esquecendo Caldas Novas.

Pesquisas mostram que o prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal, será reeleito com facilidade. O líder do PP é muito bem avaliado em todas as pesquisas. Num momento em que a maioria dos prefeitos está em baixa, Magal é um dos mais bem avaliados do Estado. Evandro Magal faz uma gestão eficiente e mantém as contas da prefeitura em dia. A população aprova sua qualidade de gestor eficiente.
O cabeleireiro e empresário Ruimar Ferreira, conhecido como “Reimar”, dono do Salão New Star, é peremptório: “Converso com Iris Rezende com frequência e posso assegurar: ele é candidato a prefeito. Até mais do que isto: é candidatíssimo”. “Reimar” frisa que quem fizer seu planejamento político colocando Iris Rezende fora do páreo “dará com os burros n’água”.