Foto: Rede Vida

A bolsa de apostas para presidente da República vive um bom momento. Mas, se a Lava Jato destruir uma geração de políticos — como a Operação Mãos Limpas fez na Itália —, se terá um vazio de homens públicos impressionante, com candidatos da estirpe de Ciro Gomes, Marina Silva e Jair Bolsonaro dominando o proscênio. Aí, no quadro de terra arrasada, pode surgir uma candidatura que pode abalar as demais candidaturas.

O prefeito de São Paulo, João Doria, está agradando o eleitorado de São Paulo e, aos poucos, começa a ser conhecido no país. Ele está se consagrando como gestor. Recentemente, esteve em Dubai, onde foi recebido por um príncipe que comanda um fundo de 900 bilhões de dólares. O aristocrata não recebe políticos, mas atendeu o tucano. Ao final das tratativas, o prefeito perguntou ao árabe porque o havia recebido, se é um político. Recebeu a seguinte resposta: “Recebi-o porque não é político, e sim gestor”.

O país, se se encantar com o gestor João Doria, pode sufragá-lo nas urnas, em 2018. É uma hipótese, no caso de debacle generalizada dos políticos tradicionais, como José Serra, Geraldo Alckmin, Lula da Silva, Michel Temer e Aécio Neves, possivelmente tragados pela Lava Lato.