PRB respeita o parlamentar, mas ele se sente um peixe fora d’água. Discreto, não reclama publicamente

Deputado federal João Campos, do PRB | Fernando Leite/Jornal Opção

Em política as coisas às vezes demoram a ser decididas, às vezes nem se decidem — ficando na especulação. Mas as conversas e os jogos políticos merecem registro. Há uma discussão nos bastidores que pode se tornar realidade ou não.

O deputado federal João Campos deixou o PSDB alegando falta de espaço para disputas mais amplas, como um mandato de senador. Filiou-se ao PRB e se tornou seu principal dirigente em Goiás e uma de suas estrelas na Câmara dos Deputados. Mas há um problema: o parlamentar pertence à Igreja Assembleia de Deus e o PRB é liderado por políticos ligados à Igreja Universal. Embora seja bem aceito no partido — que não quer ficar caraterizado como uma legenda da Igreja —, não priva da intimidade de seus líderes. Entre Campos e Gilvan Máximo, a prioridade, para a Universal, é eleger o 2º. A Iurd não quer eleger Campos? Quer eleger os dois, mas a prioridade é Gilvan. O discreto parlamentar não comenta, mas pode sair do PRB. Quer sair? Não. Mas pode.