Baixo clero do Centrão pressiona exoneração da ministra. Mas o presidente teria garantido a Valdemar Costa Neto que Arrudinha é intocável

Há um grupo de deputados, sob a liderança de Hugo Motta, do Republicanos, que trabalha pela demissão da ministra-chefe da Secretaria do Governo, Flávia Arruda, do PL. Eles alegam que não opera, de maneira qualitativa, suas reivindicações. A ministra replica que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é quem “segura” os pleitos.

O grupo estaria “plantando” notas na imprensa sugerindo que Jair Bolsonaro poderia exonerá-la a qualquer momento. No entanto, irritado com as articulações, o presidente disse, sem meias palavras: “Ela não será demitida, jamais, pela imprensa”. “Arrudinha” seria intocável.

Jair Bolsonaro e Flávia Arruda: “prestigiada” | Foto: Divulgação

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sustenta que Flávia Arruda só vai deixar o governo no final de março, mas não demitida. Deputada federal, licenciada, ela disputará mandato de senadora ou de governadora no Distrito Federal, por isso terá de desincompatibilizar-se.

Flávia Arruda também teria a proteção de Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, e do ministro-chefe da Casa Civil, senador licenciado Ciro Nogueira, do PP, artífices do Centrão? Tudo indica que sim. Um aliado dos Arruda (Flávia e José Roberto Arruda) sugere que o baixo clero do Centrão é que está atacando a ministra.

Há mesmo um baixo clero do Centrão? Há indícios de que sim.