Repórteres íntegras, com histórico positivo, as duas têm de explicar se estão fazendo jornalismo ou militância
Fabiana Pulcineli e Cileide Alves são jornalistas qualificadas, éticas e têm direito de apoiar para governador de Goiás Ronaldo Caiado ou qualquer outro — tanto nas redes sociais quanto nas urnas.
Entretanto, como são jornalistas, não deveriam explicitar, de cara, que são eleitoras de Ronaldo Caiado? Seus posts sugerem — e vale sublinhar: sugerem — que são militantes (o que não é crime) do candidato do Partido Democratas e adversárias do candidato do PSDB a governador, José Eliton, e do candidato a senador do PSDB, Marconi Perillo? Fica-se com a impressão de que há uma certa militância, uma certa torcida.
As duas repórteres não fazem críticas a Ronaldo Caiado — nem aos discursos nem à campanha, que parecem perfeitos. O senador do Democratas não cometeu erros até agora? Só a chapa tucana comete erros?
Pulcineli e Alves compraram o discurso de “mudança” de Ronaldo Caiado? Tudo indica que sim. Não é crime apoiá-lo — é absolutamente lícito. Mas é preciso explicar se estão tentando fazer jornalismo — a favor — ou militância disfarçada de jornalismo.
Jornalistas e jornais podem declarar o voto. Não há mal nenhum nisto. Mino Carta e Batista Custódio, dois jornalistas de longa história no país, declaram o voto. E não há nenhum problema.
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